Marilia Amaral*
Ainda estudando a organização da Câmara Municipal, já iniciamos a leitura dos dispositivos da Lei Orgânica do Município que dispõem sobre as Comissões.
Ainda estudando a organização da Câmara Municipal, já iniciamos a leitura dos dispositivos da Lei Orgânica do Município que dispõem sobre as Comissões.
Outras
competências, ainda não vistas, são:
V
- acompanhar, junto ao Executivo, os atos de regulamentação, velando por sua
completa adequação;
Esses
atos de regulamentação são decretos e regulamentos expedidos pelo poder
Executivo com a finalidade de regulamentar uma lei, complementar uma lei, possibilitando
sua efetiva aplicação.
VI
- acompanhar, junto ao Executivo, a elaboração da proposta orçamentária, bem
como a sua posterior execução;
VII
- discutir e votar projeto de lei que dispensar a competência do Plenário, isto
é que pode ser votada por maioria simples, salvo com recurso de 1/10 (um
décimo) dos membros da Casa;
VIII
- realizar audiências públicas;
Eis
aqui um ponto importantíssimo para discutirmos.
O
parágrafo 3º do artigo 32, seção V, especifica: “As Comissões permanentes
deverão reunir-se em audiência pública ESPECIALMENTE PARA OUVIR REPRESENTANTES
DE ENTIDADES LEGALMENTE CONSTITUÍDAS, ou REPRESENTANTES DE NO MÍNIMO 1.500 (UM
MIL E QUINHENTOS) ELEITORES DO MUNICÍPIO que subscrevam requerimento sobre
assunto de interesse público, sempre que essas entidades ou eleitores o
requererem.
Vejam
a necessidade que temos de nos organizar SEMPRE! E aqui eu retomaria uma
necessidade pastoral, de fortificarmos a Pastoral Fé e Política. Atualmente
contamos com representantes de diversas regiões nas reuniões mensais, mas esse
trabalho tem que se multiplicar nas paróquias e se a sua paróquia já conta com
uma Pastoral de Fé e Política, entre em contato conosco no caso de seus
coordenadores ainda não participarem dessas reuniões mensais.
Digo
isso porque não só as entidades legalmente constituídas, como também
representantes de no mínimo 1.500 eleitores do município poderem requerer
audiências públicas sobre assuntos relevantes aos munícipes.
Uma
vez ligados, participando da Pastoral de Fé e Política, conseguiríamos fazer
muito mais, agir em prol de nossas demandas, de tudo aquilo que aflige
principalmente as pessoas mais carentes.
Acredito
que com a eleição do Papa Francisco, a Igreja possa voltar seus olhos para
aqueles a quem ela nunca deveria ter
desviado: os pobres. E assim, possamos comungar da opção preferencial pelos
pobres, tornando o mundo mais humano.
*Membro da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo.
Programa exibido da Rádio 9 de julho em 19/03/2013.
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