quinta-feira, 31 de maio de 2012

Fé e Política na América Latina de Hoje foi tema do Seminário Nacional de Fé e Política

Reinaldo Oliveira / Dolaine Coimbra

A cidade de Curitiba/PR sediou de 25 a 27 de maio, o Seminário Nacional de Fé e Política com a temática Organizado pela Escola de Fé e Política da Diocese de Guarapuava (PR), em parceria com o Centro Nacional de Fé e Política “Dom Helder Câmara” (CEFEP), Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), Movimento Nacional de Fé e Política, Rede Jubileu Sul Brasil, Comissão de Justiça e Paz da CNBB e Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores (CEPAT), o evento teve assessoria do filósofo e teólogo argentino Enrique Dussel
Ele é um dos maiores historiadores da Igreja na América Latina, autor de livros de teologia e filosofia, além de publicações sobre história da Igreja.  Exilado durante a ditadura argentina, atualmente vive no México, de onde segue contribuindo com o pensamento filosófico e teológico latino americano. Durante os três dias, os participantes antes do encontro leram as 20 Teses de Política, da autoria de Dussel, tiveram  oportunidade de enriquecer seus conhecimentos com as colocações desse grande pensador.
A proposta de repensar a Política a partir da historia latino americana, trazendo ao centro a filosofia e teologia dos pensadores latinos, permitiu não somente aos participantes adquirirem novos conhecimentos, mas com muito maior profundidade, repensar misticamente a caminhada da Teologia e da Filosofia da Libertação, de todos os que buscam a realização do projeto salvífico dos que se encontram em situação de opressão. Tendo como fundamento o Evangelho de Mateus 25 e com um clamor de renovação da esperança, de não se deixar abater pelas derrotas aparentes, Dussel insiste no convite de envolvimento, de construção de uma democracia participativa conjuntamente com a democracia representativa, de acreditar naquilo que ainda não se concretizou, mas é possível, a partir da interação dos diversos campos, que representam o ser humano, físico, psíquico, cognitivo, social, político etc.  
Segundo Dussel na proposta de Jesus Cristo, a concretização do ser humano em sua plenitude ocorrerá quando o pobre também crescer e for reconhecido em sua dignidade. Quando o pobre cresce e a pobreza diminui, o Estado também evolui e se fortalece, e assim realiza-se o Reino de Deus.
Para integração de Fé e Política,  Dussel propõe seis princípios éticos:
  1. Princípio da Afirmação da Vida do Ser Humano (Homem/Mulher), saindo do abstrato para a prática;
  2. Princípio da validade, este princípio formal de que toda ação deve ter uma resposta afirmativa daqueles a quem se dirige;
  3. Princípio da factibilidade, aquilo que se propõem é realizável;
  4. Princípio da Afirmação das vítimas do Sistema – todo sistema independentemente de ideologia produz vítimas, erra-se mesmo tentando acertar;
  5. Princípio da Participação da vítima na decisão – pensar ações em favor das vítimas, a partir de suas escutas e
  6. Princípio da Libertação do Pobre, dentro da factibilidade, o pobre necessita ser liberto, integrado ao todo.
A estes princípios também se integram a responsabilidade por aqueles que ainda não existem, pois um dia habitarão essa terra, e serão sujeitos de direitos. De acordo com o presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Laudelino Augusto dos Santos Azevedo, Dussel mostrou uma nova forma de ver a política na América Latina mostrando um novo paradigma e a Comissão de Fé e Política, diante do exposto, fará reunião para alguns encaminhamentos.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

A agenda política do Congresso e a importância de uma reforma política por iniciativa popular

Pedro Aguerre*
As questões políticas internas têm ocupado crescentemente a atenção da opinião pública. Há semanas vêm à tona um enorme volume de informações das investigações que suscitaram a prisão do Sr. Cachoeira e outras pessoas envolvidas num extenso e intrincado conjunto de crimes. Muitos desses crimes, apurados em escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal com autorização da Justiça, envolvem tráfico de influência junto a políticos, busca de favorecimento nos mais diversos ramos de negócios e interferências políticas, envolvendo não só o Legislativo mas também os demais poderes. Sob investigação já faz alguns anos, em mais de uma operação da Polícia Federal, há indícios de que essa situação poderia ter sido alvo de ações judiciais há muito tempo, o que poderia ter diminuído o prejuízo para a sociedade brasileira, impedindo a expansão dos negócios ilegais. Todo este processo acabou envolvendo, diretamente, um Senador da República, o Sr. Demóstenes Torres, o que levou à instalação de uma Comissão de Ética que analisa a possível quebra de decoro parlamentar, o que poderá levar à cassação de seu mandato político. Também houve a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, assinada por mais da metade do Parlamento brasileiro.
Enquanto prosseguem as investigações, que em casos tão graves como este sempre envolvem disputas e um certo stress político, observa-se que o Congresso continua trabalhando, mas que, alguns assuntos, perderam o momento de discussão. É o caso da Reforma Política, que já tinha perdido o interesse da mídia, não tendo seguimento na pauta de votações previstas para o mês de maio.
Diante disso, nosso tema central de hoje traz o recém publicado manifesto desenvolvido pela Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, organização composta de dezenas de entidades que há sete anos vem procurando ampliar o debate visando viabilizar uma mudança da política para que atenda aos anseios da cidadania, melhorando a qualidade da representação política e a participação direta da sociedade em seus destinos. Esse manifesto expressa “a insatisfação com o comportamento do Parlamento Brasileiro que insiste em não buscar a realização da Reforma Política tão almejada pela sociedade”.
O repudio se dirige ao comportamento de parlamentares da Câmara dos Deputados, na Comissão Especial da Reforma Política, que têm obstruído sistematicamente as reuniões da Comissão, impedindo que seja votado o relatório apresentado, em um processo que se arrasta há mais de um ano. Não deve ser um mero acaso, uma vez que a reforma propõe mudanças no sistema eleitoral brasileiro, e em outros temas importantes da reforma do sistema político, como por exemplo uma nova regulamentação dos instrumentos de democracia direta. 
Embora haja alguns parlamentares empenhados no avanço da viabilização de uma Reforma Política, fica evidente que o atual parlamento, eleito como foi com recursos privados, dificilmente aprovaria uma reforma política que atenda aos interesses da maioria do povo brasileiro, e que propõe mudar, inclusive, a forma de financiamento de campanhas.

Por essa razão está sendo iniciado um processo de coleta assinaturas para apresentar Projeto de Lei por Iniciativa Popular e colocar definitivamente o assunto em pauta para que possa tramitar no Congresso com a urgência necessária.
Em outros comentários abordaremos o andamento desta importante iniciativa. Depois da aprovação da Ficha Limpa e de alguns outros avanços significativos, faz-se fundamental atuar nas causas desses problemas e distorções encontrados, para que parem de se repetir situações como a relatada acima com tão assustadora frequência. Uma verdadeira reforma política, tal como a que vem sendo debatida no âmbito da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma Política abrange o fortalecimento da democracia participativa, o aprimoramento da democracia representativa, englobando o aspecto eleitoral e o dos partidos políticos, a democratização da informação e da comunicação e a democratização e maior transparência no poder judiciário.
Assim, no comentário de hoje, nos somamos ao Manifesto, convidando a todas e todos, cidadãs e cidadãos, a, oportunamente, conhecerem e, caso estejam de acordo, assinarem a Iniciativa Popular, e continuarem acompanhando os trabalhos na Comissão Especial da Câmara que trata desse assunto. Também cabe continuar pressionando os políticos e estimulando os meios de comunicação a aprofundar estes assuntos, esclarecendo a população e lhe dando mais elementos para o exercício de sua soberania política. Estas reivindicações, aliás, são bastante semelhantes àquelas eleitas como prioritárias na Primeira Conferência Nacional de Transparência e Controle Social!

Professor da PUC-SP, colaborador da Pastoral Fé e Política e da Escola de Governo de São Paulo




terça-feira, 29 de maio de 2012

O Abraço à Guarapiranga 2012 estará na Virada Sustentável

A 7ª Edição do Abraço à Guarapiranga integra a programação oficial da Virada Sustentável 2012. O Abraço será no domingo, 03 de junho, simultaneamente em 3 pontos às margens da represa:

-Parque da Barragem na Av. Atlântica, altura do nº 1.200, em frente ao 102º DP, Capela do Socorro;

-Solo Sagrado na Estrada do Jaceguai, em Parelheiros e

-Parque Ecológico do Guarapiranga, Estrada da Riviera, nº 3.286 - Bairro da Riviera Paulista, região do Jardim Ângela.

O evento é uma iniciativa da Rede de Olho nos Mananciais (www.mananciais.org.br), um canal aberto para informar, debater, acompanhar e propor ações para proteger as fontes de água que abastecem as grandes cidades, começando por São Paulo. Por meio da página é possível descobrir de onde vem a água que cada morador de São Paulo bebe. Além disso, o internauta pode propor ações, fazer denúncias, acessar uma ampla gama de informações, baixar conteúdos e conhecer quem está envolvido com a defesa dos mananciais.
O Abraço à Guarapiranga pretende novamente chamar a atenção da população e dos órgãos públicos para a degradação dos mananciais e o risco de colapso no sistema de abastecimento de São Paulo. Como sempre, será uma demonstração de carinho para com a represa e também uma manifestação de indignação, já que o crescimento desordenado das cidades da Região Metropolitana de São Paulo, as ocupações irregulares, os desmatamentos e o despejo de esgotos e resíduos, comprometem a capacidade de produção, armazenamento, tratamento e distribuição da água, colocando em risco toda a população da Região Metropolitana de São Paulo. Os mananciais de São Paulo também sofrem ameaças com a implantação de obras como o Rodoanel, que, entre outros problemas, provocou desmatamento e induziu à ocupação irregular, além de não ter implantado as compensações previstas no processo de licenciamento ambiental.


RIO+20: O nosso rio é aqui!
O Abraço à Guarapiranga estabelece uma relação entre os temas que estarão em debate na Rio+20 e convida a população a uma reflexão sobre a responsabilidade coletiva e individual na preservação dos recursos naturais. Nesse sentido, adotou como lema Rio+20: O nosso rio é aqui! procurando fazer a síntese da ideia de que se deve pensar o global e agir no local. Ou seja, os ideais de preservação ambiental e sustentabilidade devem ser convertidos em ações concretas do dia-a-dia onde as pessoas vivenciam problemas como direito à cidade e à cidadania, segurança, mobilidade, habitação, saúde, educação e, evidentemente, o direito à água boa para todos. Enfim, é a maneira de dizer que queremos um desenvolvimento que seja sustentável, que elimine a pobreza, reduza a desigualdade e promova a justiça e os direitos humanos, sempre respeitando os limites finitos dos recursos naturais da Terra.

O Abraço à Guarapiranga 2012

Direito à cidade, habitação, mobilidade, educação, saúde, segurança e água boa para todos

DATA 03 DE JUNHO

Programação:

Parque da Barragem - Capela do Socorro

A partir das 9h30

Av. Atlântica, altura do nº. 1.200 - Esquina com Av. João de Barros

Oficinas ambientais, atividades culturais, plantio e distribuição de mudas

12h00 - Abraço Simbólico à Guarapiranga

Jardim Ângela - M'Boi Mirim

8h00 - Saída de caminhadas das Paróquias da Região em direção ao Parque Ecológico do Guarapiranga

10h00 - Celebração de Missa Campal no Parque Ecológico do Guarapiranga e Plantio de mudas

12h00 - Abraço simbólico à Guarapiranga

Solo Sagrado - Parelheiros

9h00

- Oficinas e atividades ambientais;

-Limpeza da orla

-Filmes ambientais (Ecomovie)

12h00 - Abraço Simbólico à Guarapiranga
Acesse: www.mananciais.org.b --
Rede de Olho nos Mananciais

Abraço à Guarapiranga 2012, será dia 03 de junho 2012


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Fé e Política na América Latina Hoje” - Seminário será transmitido ao vivo!

Acontecerá nos dias 25, 26 e 27 de maio de 2012, em Curitiba – PR, o Seminário Nacional de Fé e Política, com a temática: “Fé e Política na América Latina hoje”.


Basta acessar a página do CNLB, www.cnlb.org.br, às 8h00 da noite de sexta feria, e às 9h00 da manhã do sábado.

Organizado pela Escola de Fé e Política da Diocese de Guarapuava – PR, em parceria com o Centro Nacional de Fé e Política “Dom Helder Câmara” (CEFEP), Conselho Nacional do Laicato do Brasil(CNLB) e Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores (CEPAT), o evento contará com a presença do filósofo e teólogo argentino Enrique Dussel.

Dussel é um dos maiores historiadores da Igreja na América Latina, autor de muitos livros de teologia e filosofia, além de várias publicações sobre história da Igreja.
Exilado durante a ditadura argentina, atualmente vive no México, de onde segue contribuindo com o pensamento filosófico e teológico latino americano.
Para obter o folder do seminário, clique aqui.

SOS AMAZONAS

Aos Dirigentes dos Conselho de Leigos, Movimentos, Associações, Serviços Eclesiais, Novas Comunidades e Associações/Congregações,

Paz e Bem!
SOS AMAZONAS
Estamos repassando apelo CNBB/Arquidiocese de Manaus para que colaboremos com as pessoas atingidas pelas enchentes. Favor divulgar.
Que a nossa fraternidade mais uma vez se expresse num momento em os ribeirinhos, suas famílias e comunidades passam por necessidades básicas de sobrevivência.
As dificuldades do povo atingido pelas enchentes devem ser insuportáveis, qualquer ajuda e gesto solidário pode aliviar a dor e o desespero de muitos. Que Deus fortaleça os atingidos com a força da solidariedade e da esperança
Fraternalmente,
Dom Severino Clasen
Bispo de Caçador e Presidente da Comissão para o Laicato
Geraldo Aguiar
Assessor do Setor Leigos
Qua, 16 de Maio de 2012 16:37
por: CNBB / Arquidiocese de Manaus
Em 2009, o rio Negro atingiu a marca de 29,77m acima do nível normal. Nesta quarta-feira, 19/05, o rio ultrapassou em um centímetro a sua marca histórica. Apesar das estimativas de que o ritmo de cheia comece a diminuir nos próximos dias, a situação é preocupante nas 52 cidades do Amazonas que decretaram estado de emergência, inclusive em Manaus.

A capital possui pelo menos 20 mil famílias afetadas pelas inundações. Em muitos bairros, casas foram completamente submersas, inclusive na área central da cidade. Pontes de tábua são improvisadas na periferia e no Centro de Manaus. A Avenida Eduardo Ribeiro, uma principais da capital, está alagada, com o tráfego de veículos interditado desde segunda-feira (14).

Tal cenário levou a Arquidiocese de Manaus e a Cáritas Arquidiocesana a lançar no início do mês a Campanha “S.O.S. RIBEIRINHOS”, com o objetivo de atender às famílias, atingidas pela enchente nos municípios localizados em área de várzea, que ainda não receberam auxílio e que estão em situação de difícil acesso.

Na mobilização, cada paróquia da região está disponibilizando um espaço para receber doações que serão depois recolhidas e enviadas aos municípios atingidos. A Campanha aceita doações em dinheiro e em materiais, especialmente alimentos não perecíveis, materiais de higiene pessoal e limpeza, material de construção, redes de dormir, roupas de cama e de banho, filtros de barro e água mineral.

As doações em materiais diversos podem ser entregues em todas as paróquias da Arquidiocese de Manaus, ou na sede da Cáritas Arquidiocesana. Doações em dinheiro podem ser depositadas nas contas a seguir:

Banco do Brasil
Agência 1862-7
Conta Corrente 7570-1


BRADESCO
Agência 3739
Conta Corrente 15.956-5

Educação, Conflitos e Democracia

Memorial da América Latina convida para a Mesa-Redonda

Educação, Conflitos e Democracia

29 de maio de 2012, terça-feira, 9h


Principais temas em debate: liberdade e igualdade social, econômica, cultural e política como parâmetros para a construção de uma sociedade justa; educação e direitos humanos; mediação de conflitos e dignidade humana.

 

Debatedoras:

Evelin Lindner - Doutora em Medicina e Psicologia e transdisciplinarista em Ciências Sociais e Humanidades; fundadora e presidente da Human Dignity and Humiliation Studies.
Annie Dymetman - Doutora em Sociologia pela Universidade de São Paulo; mestre em Ciências Sociais pela University of Haifa, Israel.
Helena Singer - Doutora pela USP em Sociologia, especialista em Sociologia dos Conflitos pela Universidade da Pensilvânia e pós-doutora pela Universidade Estadual de Campinas.
Coordenação Acadêmica: Helena Singer, Murilo Jardelino e Gabriela Saab.
Local: Biblioteca Latino-Americana / Memorial da América Latina
Entrada franca – sem inscrições prévias (serão concedidos atestados de presença)
Tel.: (11) 3823-4780

Fundação Memorial da América Latina
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Metrô Barra Funda – São Paulo, SP

Atenciosamente,
Divisão Produção de Eventos / Divisão de Cursos e Seminários
Centro Brasileiro de Estudos da América Latina - CBEAL
Fundação Memorial da América Latina

 

Rodoanel Norte

Veja duas novas postagens no BLOG DO RODOANEL:

- A questão Rodoanel Norte é seríssima!
- Comunidades em alerta pelos reassentamentos!

Estão em http://rodoanelnorte.wordpress.com Confira as mais de 200 postagens!

ET.: dia 09/06 (Sáb.), das 14 às 16h, ato cívico sobre o Rodoanel Norte, na área livre ao lado da Biblioteca de São Paulo, junto à estação de metrô Carandiru. 
Coloque na sua agenda!

OS DESAFIOS DA COMISSÂO DA VERDADE FRENTE ÀS NOVAS REVELAÇÕES DO LIVRO "MEMÓRIAS DE UMA GUERRA SUJA"

Nucleo Memoria
Governo do Estado São Paulo
Secretaria da Cultura
apresentam

no Memorial da Resistência de São Paulo

Largo General Osório, 66 – Luz
Auditório Vitae – 5º andar


SÁBADO RESISTENTE
Dia 26 de maio, das 14h às 17h30


OS DESAFIOS DA COMISSÂO DA VERDADE FRENTE ÀS NOVAS REVELAÇÕES DO LIVRO "MEMÓRIAS DE UMA GUERRA SUJA"


Os crimes cometidos pela ditadura são denunciados há décadas e o País espera que a Comissão da Verdade seja capaz de construir um relato definitivo, encerrando essa fase violenta do Estado contra sua população. Periodicamente, surgem agentes da repressão policial militar para contar o que fizeram com os presos e com os desaparecidos, em particular. Essa história sem fim precisa de ações concretas e respostas contundentes contra as torturas e os torturadores, para que se possa virar a página deste triste capítulo de nossa história e para que nunca mais aconteça.
A última confissão desses crimes foi feita pelo policial Cláudio Guerra em depoimento a Marcelo Netto e Rogério Medeiros no livro “Memórias de uma guerra suja”. Sem rodeios, ele conta as muitas barbaridades cometidas pela repressão militar, inclusive com a incineração dos corpos de desaparecidos políticos, ao estilo dos nazistas de Hitler.
No Encontro do dia 26 de maio, o Sábado Resistente traz para o debate o jornalista Marcelo Netto, que por três anos investigou os fatos revelados, o deputado estadual e presidente da Comissão da Verdade Estadual Adriano Diogo e o procurador federal Sérgio Suiama para discutir o papel da Comissão da Verdade frente a episódios como estes e para buscar respostas a muitas das questões que inquietam familiares de desaparecidos políticos, militantes de direitos humanos e todos os interessados na construção de um futuro melhor para o País.
Nesse mesmo ato, será lançado em São Paulo o livro “Memórias de uma guerra suja”.

PROGRAMAÇÃO

14h: Boas vindas – Caroline Grassi Franco de Menezes (Memorial da Resistência de São Paulo)
Coordenação – Ivan Seixas (Presidente do Núcleo de Preservação da Memória Política)


14h15 - 14h45: Cláudio Guerra - fantasia ou realidade?
Marcelo Netto (autor do livro)


14h45 -15h15: Comissão da Verdade, um trabalho fundamental para o país
Adriano Diogo – Deputado Estadual e Presidente da Comissão Estadual da Verdade (SP)

15h15 - 15h45: O que se deve fazer com os fatos apurados pela Comissão da Verdade?
Dr. Sérgio Suiama – Procurador Federal de Justiça - Ministério Público Federal

16h00: Debate aberto com o público

16h45: LANÇAMENTO do livro “Memórias de uma guerra suja”



Os Sábados Resistentes, promovidos pelo Memorial da Resistência de São Paulo e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política, são um espaço de discussão entre militantes das causas libertárias, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e todos os interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados Resistentes têm como objetivo maior o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano.
nucleo memoria
av. brigadeiro luiz antonio
Sao Paulo, São Paulo 01402000
Brazil

Nota de Repúdio do MCCE ao Projeto de Lei nº3839/2012

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral - MCCE, rede de organizações sociais responsável pela conquista da Lei da Ficha Limpa, vem a público repudiar veementemente a atitude da Câmara dos Deputados, que sem qualquer debate popular aprovou lei que anistia os políticos que fraudaram suas prestações de contas de campanha.

O Projeto de Lei nº 3839/2012 atenta contra tudo o que deseja a sociedade brasileira, que se encontra mobilizada em favor dos valores da ética e da moral, que devem presidir as declarações do Parlamento.

Esperamos do Senado Federal a rejeição sumária dessa matéria, enquanto convidamos toda a sociedade a se manifestar contra esse ato atentatório à própria imagem do Congresso Nacional.

Brasília, 23 de maio de 2012.

COMITÊ NACIONAL DO MOVIMENTO DE COMBATE À CORRUPÇÃO ELEITORAL MCCE – 10 ANOS – VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEQUÊNCIAS.
www.mcce.org,br

Carta de D. Milton - conselheiros tutelares

Para conhecimento e divulgação nas paróquias.
Apoiadores e amigos dos Conselhos Tutelares poderão ser convidados paa a reunião do dia 30/05 com Dom Milton e os Conselheiros Tutelares (Início da reunião: 9h00).
NÃO BASTA ELEGER...!!!
Em 2010, na Arquidiocese de São Paulo, foi realizado o 1º Congresso de Leigos. Das muitas iniciativas que surgiram realizou-se, em 2011, um grande esforço, nas paróquias, comunidades e organismos, para o envolvimento e a participação da eleição dos Conselheiros Tutelares, para os quarenta e quatro Conselhos da Cidade de São Paulo, que ocorreu aos dezesseis de outubro de dois mil e onze.
Numa demonstração de grande sensibilidade pela causa das crianças e adolescentes, que muitas vezes são vítimas de violência, maus tratos e abusos; os cristãos, leigos e leigas, da Igreja Católica da Arquidiocese de São Paulo, conscientes da importância da sua vocação de ser “fermento”, “sal” e “luz” no mundo, na defesa da justiça e na promoção da paz; elegem vinte e nove Conselheiros Tutelares, das duzentas e vinte vagas na Cidade de São Paulo, sendo quatorze deles na Região Metropolitana.
Nos encontros ocorridos, com os Conselheiros, neste primeiro semestre de atuação, vamos nos dando conta que se trata de uma tarefa difícil e exigente. Difícil em razão da falta de políticas públicas no atendimento a criança e o adolescente: ausência de vagas em creches; falta de profissionais na área da saúde para atendimento imediato; a drogadição; a prostituição... A fragilidade para o enfrentamento desta realidade vem de encontro à precariedade das estruturas de muitos Conselhos Tutelares; seja pela falta de funcionários administrativos, pela extensão da área de atendimento, falta de equipamentos como computadores e Internet e, ainda, a omissão de órgãos responsáveis que deveriam garantir a ação dos Conselheiros no Município.
Embora para muitos dos Conselheiros Tutelares eleitos a presença e apoio da Igreja tenham sido fundamentais, ainda sentem a ausência e distância de suas comunidades como, também, a falta de apoio das comunidades com a exceção, de um ou outro Conselho.
Não são poucas as situações que, hoje, causam-nos perplexidade, como foi o caso ocorrido há poucas semanas, em que o Conselheiro, Jackson Douglas de Castro, do Conselho Tutelar da Sé foi algemado por policiais militares, por tentar impedir que algemassem duas crianças, uma de 10 anos e outra de 12 anos, acusadas de furto num estabelecimento comercial. Tal ação infringiu os artigos 17 e 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente que garantem a integridade física, psíquica e moral das crianças além de proibir que elas sejam colocadas em situação desumana, aterrorizante ou vexatória.
À nossa perplexidade une-se, também, a indignação, diante daqueles e daquelas que, deveriam ser os primeiros a defender a integridade das pessoas, mas que na atuação usam práticas arbitrárias.
Muitos conselheiros, hoje, sentem-se sós diante da difícil tarefa que assumiram. Daí a importância de manifestarmos-lhes nossa solidariedade e oferecermos-lhes nosso apoio.
A Equipe de Articulação em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente convida todos os Conselheiros Tutelares do Município de São Paulo, ligados às comunidades católicas da Arquidiocese, para participar de uma Roda de Conversa no próximo dia 30 de maio, na Mitra Arquidiocesana de São Paulo, para poderem neste espaço de diálogo e comunhão solidária, partilharem suas apreensões e encontrarem respostas às suas indagações.
Diante de tantos desafios e da perplexidade que os fatos relatados despertam entre aqueles que se devotam à causa dos “mais pequeninos”, é preciso convencer-nos de que não bastou eleger os Conselheiros Tutelares, mas cabe agora apoia-los, acompanha-los, e, acima de tudo, anima-los, para que possam ser na sociedade amparo e proteção para crianças e adolescentes, vítimas de um modelo social e econômico que fica indiferente diante da vida e da dignidade das pessoas.
Dom Milton Kenan Júnior


Bispo Auxiliar da Região Brasilandia

Arquidiocese de São Paulo

Curso para conselheiros municipais e participantes dos movimentos populares de saúde

SAÚDE E CIDADANIA NA CIDADE DE SÃO PAULO
Curso para conselheiros municipais e participantes dos movimentos populares de saúde
PROGRAMA

Aula 1 - Direito à saúde e outros direitos
Dia: 26 de maio - Horário: 10h-12h30
Local: UNIFESP - Anfiteatro Flavio da Fonseca, Rua Botucatu N° 862 (próximo à estação Santa Cruz do metro)

Aula 2 - História da saúde no Brasil
Dia: 2 de junho - Horário: 10h-12h30
Local: UNIFESP - Álvaro Guimarães, Rua Botucatu N° 862 (próximo à estação Santa Cruz do metro)

Aula 3 - Questões de assistência à saúde - saúde do trabalhador, da família, da mulher e do homem
Dia: 16 de junho - Horário: 10h-12h30
Local: Museu de Medicina da USP (próximo à estação Clínicas do metro)

Aula 4 - Democracia e participação: a importância dos movimentos populares de saúde
Dia 23 de junho - Horário: 10h-12h30
Local: UNIFESP - Anfiteatro Álvaro Guimarães, Rua Botucatu N° 862 (próximo à estação Santa Cruz do metro)

Aula 5 - Avaliação do curso pelos participantes e planejamento de novas atividades
Dia: 30 de junho - Horário: 10h-12h30
Local: UNIFESP - Anfiteatro Álvaro Guimarães– Rua Botucatu N° 862 (próximo à estação Santa Cruz do metro)

EQUIPE
Andre Mota                        Marco Aurélio Vannucchi
Andres Reyes Pincheira     Maria Adenilda Mastelaro
Frederico Soares de Lima  Maria Macedo
Aracy Custódio Borges      Marisilda Silva
Janes Jorge                         Priscila V. Severo Pais
Lucas Florêncio Costa       Walter Cruz S. Junior

APOIO
UMPS - União dos Movimentos Populares de Saúde
Universidade Federal de São Paulo - Pró-Reitoria de Extensão Universitária - Departamento de História
Museu de Medicina da Universidade de São Paulo

CONTATOS
Frederico Soares de Lima - Email: fred_slima@yahoo.com.br - Telefone: 82219384
Janes Jorge - Email: jjunifesp@gmail.com - Telefone: 71648688

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ficha limpa da câmara municipal de São Paulo

A Igreja, para ser fiel à proposta de Jesus Cristo, tem a responsabilidade de agir concretamente de maneira a denunciar injustiças graves do nosso mundo. Um importante trabalho nesse sentido é a Campanha da Fraternidade. Em 1996 seu tema foi Fraternidade e Política e o lema “Justiça e Paz se abraçarão
Recentemente, houve uma grande conquista referente a esse assunto, a “lei da ficha limpa”, que foi uma lei de iniciativa popular que muitos acreditavam que jamais entraria em vigor. Seguindo o exemplo, a Câmara municipal de São Paulo aprovou a “ficha limpa da câmara municipal” que exige ficha limpa de servidores em muitos cargos tanto efetivos quanto em comissão.
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Câmara Municipal de São Paulo aprova Ficha Limpa

 

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, nesta quarta-feira (7/3), em segunda votação o Projeto de Emenda à Lei Orgânica 12/2011, que estende as regras da Lei da Ficha Limpa aos integrantes da administração pública municipal, sejam eles agentes ou servidores públicos, em cargos de comissão ou efetivos.
O texto — que foi aprovado por 53 vereadores — também inclui conselheiros tutelares e municipais, dirigentes de Ongs, secretários e subprefeitos, servidores da Câmara Municipal e do Tribunal de Contas do Município.
O substitutivo, elaborado por todos os parlamentares, recebeu apoio de todas as lideranças da Casa. Para entrar em vigor a matéria depende da promulgação do presidente da Câmara Municipal, vereador José Police Neto (PSD). "Pretendemos que isso seja feito até sexta-feira", afirmou.
Ficha Limpa
O texto aprovado considera ainda a distinção entre os servidores ocupantes de cargos em comissão e de cargos efetivos, já que esses, após passarem por estágio probatório, só podem ser exonerados mediante processo administrativo.
Outra inovação é a obrigação de que no início de cada mandato de prefeito, os nomeados para o exercício dos cargos e funções públicas deverão comprovar que detêm as condições de exercício da atividade, ou seja, que não pesa sobre eles nenhuma das causas de inelegibilidade. Essa condição deverá ser renovada a cada início de mandato na Prefeitura.
As disposições constantes do substitutivo aplicam-se também aos subprefeitos, secretários e servidores que se encontrarem em exercício na data de sua publicação. Assim, o projeto alcança não somente situações futuras como também os servidores e agentes públicos e políticos que já se encontram em exercício.
Servidores da Justiça
Há também uma proposta resolução apresentada na segunda-feira (5/3) à presidência do Conselho Nacional de Justiça pretendendo estender ao Judiciário, ainda que em outra proporção e caráter, o espírito da chamada Lei da Ficha Limpa. A Lei Complementar 135/2010, que teve sua constitucionalidade confirmada recentemente pelo Supremo Tribunal Federal, torna inelegíveis cidadãos que tiveram o mandato de cargo político eletivo cassado, que tenham renunciado para evitar a cassação ou ainda se condenados por decisão de órgão colegiado mesmo diante da possibilidade de recursos.
Batizada de "Ficha Limpa no Judiciário", a proposta de resolução é de autoria do conselheiro Bruno Dantas e prevê a proibição de designar para função de confiança ou nomear para cargo em comissão quem "tenha praticado ato tipificado como causa de inegibilidade prevista na legislação eleitoral".Com informações do portal da Câmara Municipal de São Paulo.
 Sem dúvidas, seria ilusão pensar que isso resolve todos os problemas, mas é um passo fundamental. Os agentes políticos são representantes do povo, e por esse motivo, é imprescindível que eles tenham idoneidade compatível com essa grande responsabilidade.
Rosimar e Filipe Thomaz
Membros da Pastoral Fé e Política 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A Lei de acesso à informação e a Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social (Consocial): primeiras informações

Pedro Aguerre*
No comentário de hoje não poderíamos deixar de abordar e levar até nossos ouvintes dois fatos muito importantes para o aprimoramento da democracia e da cidadania ocorridos na última semana. Nos referimos a duas iniciativas já tratadas em outros comentários e que, apesar de serem muito diferentes uma da outra, tem muita relação entre si, cada qual fortalecendo e ajudando a outra na viabilização de seus objetivos. Nos referimos à 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social (Consocial), que se encerrou no último domingo, 20 de maio. E a outra iniciativa é a Lei nº 12.527/2011 - Lei de Acesso a Informações Públicas, que entrou em vigor no ultimo dia 16 de maio.
Falemos primeiro da Consocial. Resultado de um grande movimento iniciado pelas Conferências municipais, estaduais e conferências livres, para o titular da Controladoria Geral da União, Ministro Jorge Hage, a Conferência constitui-se em “um marco histórico na vida pública nacional que muito contribuirá para o processo de consolidação da democracia brasileira”.
Tendo envolvido mais de 150 mil pessoas que participaram diretamente das conferências preparatórias em mais de dois mil municípios brasileiros, a etapa final, em Brasília, reuniu mais de 1,2 mil delegados de todos os estados brasileiros.
Todo o processo da Conferência foi organizado a partir de quatro eixos temáticos: “Diretrizes para prevenção e combate à corrupção”; “Mecanismos de controle social, engajamento e capacitação da sociedade para o controle da gestão pública”; “Promoção da transparência pública, acesso à informação e dados públicos”; e “Atuação dos conselhos de políticas públicas como instâncias de controle”. Dentro desses temas tão fundamentais, a Conferência Nacional consolidou 80 diretrizes discutidas exaustivamente pela população, sociedade civil e setor governamental, que serão organizadas e posteriormente serão devolvidas para a sociedade e para os órgãos governamentais, para serem assimiladas. Vai ser muito importante a sociedade conhecer e discutir o resultado desse intenso processo de participação!
Mas não poderíamos encerrar este tópico sem registrar que a diretriz colocada em primeiro lugar, que recebeu mais votos dos delegados presentes foi o financiamento exclusivamente público de campanhas eleitorais. Esta idéia vem se fortalecendo no âmbito da sociedade civil, devido à convicção de que as regras atuais favorecem formas ilícitas de captação de recursos para o financiamento eleitoral, além de proporcionar uma enorme desigualdade de oportunidades para os candidatos. Dessa forma, muitas vezes são eleitos não os melhores, mas os políticos com as campanhas mais endinheiradas. E este dinheiro gasto na campanha muitas vezes significa compromissos com os financiadores, como no ditado popular, de triste lembrança, que diz que “uma mão lava a outra”.
Com relação à Lei de acesso à informação, que regulamenta o direito constitucional dos cidadãos às informações públicas, festejamos sua entrada em vigor. Ela será valida para os três poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. De acordo com Antonio Moroni, assessor do Inesc, a “lei vai mudar a relação do cidadão comum com o poder público”. A Lei regulamenta o direito constitucional dos cidadãos às informações públicas, indo além da possibilidade de solicitar informações que digam respeito ao cidadão e se ampliando, consolidando o direito de cada cidadão saber o que o Estado está fazendo em seu nome. Assim, as informações públicas tornam-se mais abertas, o que constitui um poderoso mecanismo de transparência.
Depois de entrar em vigor, a implementação efetiva da Lei constitui um grande desafio, pois, segundo  Lucídio Bicalho, também do Inesc, "os governos de todas as esferas da Federação terão que treinar seus servidores e criar estruturas na administração para fazer cumprir esse direito e atender pedidos dos cidadãos".
Aqui não podemos deixar de registrar que o momento em que entra em vigor a Lei de Acesso à Informação não poderia ser mais oportuno. De fato, ela será um ingrediente importante a mais para o período eleitoral, das eleições municipais que se aproximam. Em todas as cidades do País, será possível engendrar questionamentos a serem respondidos pelo poder público, tirar dúvidas e levantar informações. E estas terão que ter linguagem clara e acessível!
Sendo assim, vemos que as duas iniciativas têm muito em comum, uma expressa a participação da população desenvolvendo um conjunto de diretrizes que esta deseja ver introduzidas na gestão pública; o outro traz um mecanismo, inovador em nível global, que faz o Brasil ser mais respeitado mundo afora. Voltaremos a estas questões em outros comentários! Parabéns à cidadania, parabéns ao povo brasileiro!
*Professor da PUC-SP, colaborador da Pastoral Fé e Política e da Escola de Governo de São Paulo.

Programa Igreja em notícia veiculado em 23/05/2012, um espaço da Pastoral Fé e Política na Rádio 9 de julho. 

terça-feira, 22 de maio de 2012

Celebrações do Grupo Ecumênico da Zona Leste - SP

Celebrações da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

"Todos seremos tranformados pela vitória de Nosso Senhor Jesus Cristo" (1Cor 15,51.58)

Sempre as 20:00h

Dia 22 - Igreja Metodista Santo Estevão

Rua Antonio de barros, 2506 – Tatuapé



Dia 23 – Paróquia São Francisco de Assis

Rua Prof. Cosme Deodato Tadeu, 663 - Vila Ferreira - Guaianazes



Dia 25 – Igreja Metodista na Penha

Rua Cap. Avelino Carneiro, 431 – Penha

Celebrações do Grupo Ecumênico da Zona Leste - SP
Horário: 20hs

Dia 22 - Igreja Metodista Santo Estevão
Rua Antonio de barros, 2506 – Tatuapé

Dia 23 – Paróquia São Francisco de Assis
Rua Prof. Cosme Deodato Tadeu, 663 - Vila Ferreira - Guaianazes

Dia 25 – Igreja Metodista na Penha
Rua Cap. Avelino Carneiro, 431 – Penha

Organizações realizam debate na Câmara para cobrar Plano Municipal de Educação



Diocese de Jundiaí promove encontro com políticos da região

Reinaldo Oliveira

A Diocese de Jundiaí, dando continuidade aos encontros iniciados em 2011, com deputados, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores das 11 cidades de sua área de atuação, realiza na próxima quinta-feira, dia 24, mais um encontro, o primeiro de 2012, cujo tema será sobre o bullying – violência nas escolas. Para falar sobre o assunto estará presente a pedagoga Taísa Gasparini, da cidade de Salto/SP. Ainda na pauta outros assuntos que serão comunicados pela Pastoral Fé e Política Diocesana. O encontro será das 8h30 às 11h, no anfiteatro da Cúria Diocesana, situada à Rua Engº Roberto Mange, 400 – Bairro do Anhangabaú.  No convite enviado aos políticos a Diocese ressalta a importância de encontros regulares entre a Igreja e autoridades políticas, conforme expressa a V Conferência do CELAM, realizada em 2007, onde no Documento de Aparecida, n 508, diz que... “a Igreja acompanhe os construtores da sociedade a formar consciências, ser advogada da justiça e da verdade e educar nas virtudes individuais e políticas”.

O segundo encontro está agendado para o dia 22 de novembro. Outra atividade promovida pela Pastoral Fé e Política Diocesana, com os pré-candidatos a vereador para a próxima legislatura, acontece nos dias 15 e 22 de junho, quando serão ministradas palestras sobre a lei do Ficha Limpa e sobre a Lei 9840. (Contatos: Claudio Nascimento 7367.1584     Reinaldo Oliveira 8791.9217)

domingo, 20 de maio de 2012

Presidenta Dilma visita e homenageia Cardeal Arns
A presidente Dilma Rousseff visitou, no final da tarde de hoje (18), o cardeal Paulo Evaristo Arns. Foi um encontro rápido, reservado e, sobretudo, simbólico. Dois dias após ter instalado a Comissão da Verdade, o objetivo da chefe de Estado era homenagear o arcebispo emérito de São Paulo por seu trabalho à frente da histórica pesquisa Brasil Nunca Mais.





Realizada entre 1979 e 1985, a pesquisa reuniu e organizou 707 processos do Tribunal Superior Militar. O resultado, um extenso documento sobre torturas e outras violações de direitos humanos ocorridas no período do regime militar, é apontado por especialistas como precursor da Comissão da Verdade.O cardeal Arns pertence à Ordem dos Frades Menores, fundada por São Francisco de Assis. Tem 90 anos e, com saúde debilitada, vive praticamente recluso em uma residência mantida pelas irmãs franciscanas na periferia de Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo.


O encontro estava marcado para as 16h15, mas Dilma chegou com quase uma hora de atraso. Os dois conversaram no andar térreo da casa das irmãs, acompanhados pelo secretário geral da Presidência, o ex-seminarista Gilberto Carvalho. Passados pouco mais de 40 minutos, Dilma deixou a residência.


Na saída, desceu o vidro do automóvel e, sorridente, acenou para um pequeno grupo de moradores do Parque Monte Alegre que a aguardava na rua. D. Paulo se manteve no interior da casa. Segundo uma das irmãs que o assistem, ficou cansado e se retirou logo para seus aposentos. O Planalto não divulgou detalhes da conversa. Em comentário não oficial, um assessor da Presidência qualificou o encontro como “histórico”.

Guerreiro incansável na luta pela justiça.

Dedicação do cardeal dos trabalhadores transcendeu a Igreja, salvou vidas e mexeu com a história do país. Dom Paulo simboliza o valor da resistência e da esperança
Por: João Peres e Virginia Toledo
Guerreiro de batina 
Dom Paulo Arns abrindo caminho para o corpo do operário Santo Dias da Silva, morto pela polícia em 1979, e que a ditadura queria esconder (foto: Eduardo Simões) De esperança em esperança, Dom Paulo Evaristo Arns completa 90 anos com a mesma certeza que tinha aos 20: a solidariedade e a busca da justiça e da paz como razão de viver. Os arredores da morada de dom Paulo emanam serenidade. A mesma com que enfrentou tiranos de plantão no poder e lutou pelas causas dos desfavorecidos.

Desde 2007, o franciscano vive numa pequena congregação na região metropolitana de São Paulo. Irmã Devanir de Jesus, amiga de convivência diária, conta que o cardeal optou por descansar com a sensação de dever cumprido. “É uma pessoa iluminada. De fácil cuidado e muito gentil. Eu cresço a cada momento que convivo com ele.” O aposentado cardeal não concede mais entrevistas, não vai a debates nem eventos – o que inclui celebrações de seus 90 anos, completados em 14 de setembro. A imagem de São Francisco de Assis à entrada dá as boas-vindas e parece explicar que a opção de seu mais famoso e fiel devoto é merecida e necessária. “Dom Paulo, como frei franciscano, teve espírito de despojamento, de simplicidade de vida e de uma inteligência privilegiada”, conta o amigo dom Pedro Stringhini, bispo de Franca.


A infância em Forquilhinha (SC) forjou o homem que mais tarde se transformaria em pedra no sapato da ditadura. A fé da mãe, Helena, e o espírito conciliador do pai, Gabriel, são vistos pelo cardeal como pilares de sua formação. Quando estava para ingressar no seminário, o menino recebeu do pai o pedido: “Papai é colono, e você, mesmo depois de estudar muito, sempre será filho de colono e de seu povo”. Dom Paulo levou isso na cabeça nos 12 anos de estudos, após a ordenação, em 1945, e na pós-graduação na Universidade de Sorbonne, na França. Na Europa pós-guerra, a desigualdade social se alastrava. Dom Paulo deparou com a realidade dos que lutaram e com as cicatrizes da intolerância nazista. As marcas do conflito arraigaram ainda mais em Paulo Evaristo a conduta humanista que o guiaria pela vida.


No retorno ao Brasil, antes da chegada a São Paulo, trabalhou em comunidades carentes de Petrópolis (RJ) durante dez anos. Em julho de 1966, se apresentava à metrópole acinzentada, que crescia e empurrava para as bordas a massa de migrantes. A Igreja Católica, com o Concílio Vaticano II, reinseria a realidade das mazelas do mundo na vida clerical. Emergia a Teologia da Libertação, que preconiza uma opção preferencial pelos pobres e a consciência das massas – ensinar a pescar – como meio de reagir à opressão. Ao mesmo tempo, a força das armas produzia as ditaduras no Cone Sul.
Quando assumiu a Arquidiocese de São Paulo, em 1970, o franciscano de cara deu recados. Vendeu o Palácio Pio XII, residência oficial do arcebispo, para financiar terrenos e construir casas na periferia. Fortaleceu as Comunidades Eclesiais de Base, que até hoje disseminam pelos bairros as discussões sobre política, cidadania e, claro, religião. E incentivou as pastorais. “O papa Paulo VI disse a dom Paulo que tivesse uma bela equipe de bispos auxiliares que deveriam estar perto do povo”, conta um desses bispos, dom Angélico Sândalo Bernardino, chamado em 1974.


Eram quatro bispos auxiliares, um para cada região da cidade. Dom Angélico recebeu a incumbência de cuidar da Pastoral Operária, criada quatro anos antes. E se tornaria mais tarde o “bispo dos operários”.

A amizade com Paulo VI renderia ao Brasil algo mais que recomendações episcopais: toda vez que algum religioso estivesse em risco, dom Paulo ia ao Vaticano. “Todo mundo municiava dom Paulo com informações sobre o que estava acontecendo porque sabia que ele era ouvido aqui e fora”, diz o amigo Paulo Cesar Pedrini, da Pastoral Operária.
No fim da década de 1970, bispos ligados à conservadora corrente Tradição, Família e Propriedade (TFP) pediram ao governo que expulsasse do Brasil dom Pedro Casaldáliga, bispo espanhol da Prelazia de São Félix do Araguaia, “acusado” de ser comunista. O cardeal viajou a Roma, e Paulo VI mandou o recado: “Mexer com Pedro é mexer com o papa”, versão da história confirmada pelo próprio Casaldáliga.
Abra-se o caminho
Discurso cortadoNa noite de 3 de julho de 1980, Waldemar Rossi havia sido encarregado por dom Paulo de ler ao papa João Paulo II uma carta com denúncias de trabalhadores sobre violações a seus direitos. O Exército, responsável pelas credenciais, levantou a ficha do fundador da Pastoral Operária e decretou que “contumaz comunista” não participaria da celebração. Dom Paulo o pôs para dentro e, como chovia e o papa estava atrasado, pediu a Rossi que encurtasse o discurso – lesse apenas o primeiro e o último parágrafo. Ainda assim, foi adiante a denúncia da morte de Santo Dias e de Raimundo Ferreira Lima, o Gringo – trabalhador rural também assassinado pela repressão, dois meses antes, no sul do Pará. Quando 130 mil pessoas bradavam “liberdade!”, o papa precisou da ajuda do cardeal para entender o que se passava. “Foi o momento mais forte do encontro”, lembra Rossi.
Waldemar Rossi lembra quando foi chamado por dom Paulo. Meses após a criação da Pastoral Operária, o franciscano queria saber do metalúrgico: os integrantes eram a favor da luta armada? “Nós temos o direito de nos organizar para defender nossos direitos?”, perguntou-lhe Rossi. “É um dever”, ouviu. “Estamos fazendo. Na hora em que a gente estava ganhando força, vem a ditadura e mata...”, prosseguiu. E o cardeal encerra a conversa: “Aí, vocês têm o direito da legítima defesa”. Rossi passaria a ser um amigo fiel do arcebispo.
Três anos mais tarde, foi preso. Sua mulher procurou dom Paulo, o crime foi denunciado nas paróquias de São Paulo e no exterior. “Os militares queriam parecer bonzinhos, então ficavam furiosos quando alguma coisa transpirava para o exterior”, lembra Margarida Genevois. “Essa arma a gente utilizou bastante.” Rossi, um dos fundadores da Pastoral Operária, ficou na sede do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), em São Paulo. Dom Paulo promovia caminhadas ao redor do Dops, até que, no 25º dia da prisão, entrou no prédio, não tomou conhecimento dos protestos em contrário e foi à sala do delegado. “Vocês torturaram esse homem. Ele não consegue andar direito”, acusou, logo que foi autorizado a ver o prisioneiro, que tinha também o “defeito” de liderar a oposição ao comando do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, há anos submisso a militares e patrões.
Não era a primeira vez que ele batia de frente com o inimigo. Não seria a última. “Dom Paulo foi abrindo caminho”, conta dom Angélico, ao lembrar da chegada ao Instituto Médico Legal (IML) em 30 de outubro de 1979. Lá estava o corpo do operário Santo Dias da Silva – cujo desaparecimento só não aconteceu porque sua mulher, Ana Dias, entrou à força no carro dos policiais que o transportaram. Depois de discutir com a PM para que libertasse os militantes presos por organizar uma greve não apoiada pelo sindicato, o metalúrgico foi baleado nas costas diante de uma fábrica na zona sul paulistana. “Dom Paulo saiu de casa com todos os trajes episcopais e chegou dizendo: ‘Abram a porta. É o arcebispo de São Paulo’. Foi aonde estava o corpo e pôs o dedo na bala, indicando o ferimento feito por um policial”, relembra o padre Júlio Lancelotti.
Da Rua da Consolação até a Catedral da Sé, milhares de pessoas se reuniram em protesto. “Foi um grito de dor, de denúncia”, lembra Ana, que anos mais tarde soube que o cardeal encomendara um caixão mais resistente para que os companheiros pudessem cumprir o desejo de transportar o corpo de Santo pelas ruas de São Paulo. Como sua família não aceitava sua opção pela militância, Ana contou muito com o auxílio do amigo. “Dom Paulo foi meu pai. Pai de verdade, e não um pai ausente.”

O bico do condor

A Cúria Metropolitana, localizada no Bairro Higienópolis, já era uma referência no enfrentamento à repressão. O arcebispo articulara a criação da Comissão Justiça e Paz, que denunciava as prisões ilegais e as torturas, dava suporte aos familiares e pressionava os militares. “Comecei atendendo um dia por semana. Depois, dois, três. No fim, atendia todos os dias, de manhã e de tarde”, conta Margarida Genevois, que integrou a comissão durante 25 anos e chegou a presidi-la. A fama do arcabouço protetor criado na arquidiocese cresceu e já atraía perseguidos da Argentina, do Chile, Paraguai e Uruguai. Os militares reclamavam da intromissão da Igreja brasileira, e dom Paulo rebatia: “A solidariedade não tem fronteiras”.
Santiago, Chile, 1979. O Clamor, grupo de defesa dos direitos humanos criado em São Paulo com olhos na América Latina, atingia um de seus pontos altos. Sob a proteção do cardeal, a jornalista inglesa Jan Rocha, o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh­ e o pastor presbiteriano Jaime Wright arquitetaram a primeira missão de resgate de crianças sequestradas pela ditadura argentina (1976-1983). Anatole e Vicky, cujos pais, uruguaios, foram mortos em Buenos Aires, viviam na capital chilena quando foram localizados pelo grupo. Até hoje, as Avós da Praça de Maio recuperaram o destino de mais de cem netos raptados, história que teve início sob influência e guarida de dom Paulo e do Conselho Mundial de Igrejas.
A aproximação entre o cardeal e o CMI, que reúne igrejas protestantes, foi realizada por Wright. O pastor despertou para a luta contra a ditadura após a morte do irmão, Paulo, em 1973, e logo se transformou em grande amigo de Arns. “Sempre brincavam que um parecia um presbiteriano disfarçado de católico e o outro parecia um católico disfarçado de presbiteriano”, lembra Anita Wright, acostumada a ver o pai viajar intensamente e hospedar em casa refugiados que batiam à porta do Clamor. O CMI passou a custear as operações de salvação de pessoas e, mais tarde, seria fundamental para o projeto Brasil Nunca Mais.


A ditadura caminhava para o final, e o sinal de alerta acendeu. “Consegui que o Conselho Mundial de Igrejas financiasse o projeto, desde que eu obtivesse o aval de dom Paulo”, conta a advogada Eni Moreira, idealizadora do Brasil Nunca Mais, para que episódios de destruição de arquivos, como vistos em outros períodos autoritários, não se repetissem. Entre 1979 e 1985, um grupo restrito de advogados valeu-se do direito de retirar processos arquivados no Superior Tribunal Militar, em Brasília, e montou um quadro sistemático da repressão promovida nos 15 anos anteriores. “O ‘guarda-chuva’ de dom Paulo nos dava certa tranquilidade”, admite Eni. Seis anos depois, vinha à tona o livro Brasil Nunca Mais, com relatos dos métodos­ de tortura, as acusações ilegais e os crimes promovidos pelo regime – informação que, saída de seus arquivos, nunca pôde ser contestada pelos repressores.

Dom Paulo jamais acreditou na versão de que o jornalista Vladimir Herzog, o Vlado, houvesse cometido suicídio na cela em que estava detido, no DOI-Codi, outro aparelho da ditadura. A missa de sétimo dia da morte de Vlado, em 1975, ato ecumênico que atraiu milhares de pessoas até a Catedral da Sé, transformou-se em um momento simbólico, possivelmente o início do fim dos anos de chumbo. “Lembro do meu pai relatando a agonia de tentar chegar na catedral, porque havia bloqueios policiais nas vias de acesso”, conta Anita sobre a saga de Wright, representante presbiteriano na celebração.



Debaixo do viaduto

Padre Júlio, da Pastoral do Povo da Rua, relembra um episódio em que um grupo de moradores de rua estava na iminência de passar mais uma noite fria do inverno paulistano debaixo de um viaduto. A Prefeitura de São Paulo, então administrada por Paulo Maluf, havia fechado um abrigo e, naquela noite, dom Paulo disse que dormiria no local enquanto não fosse reaberto. “Eu o convidei e ele foi até o Viaduto do Glicério, no centro de São Paulo, onde os moradores de rua estavam. E aí foi um esparramo. Imagine só, o arcebispo embaixo de um viaduto.”



Depois de 28 anos à frente da Arquidiocese de São Paulo, dom Paulo renunciou por questão de idade em 1998, aos 77. Recebeu da Igreja o título de arcebispo emérito e, dos operários, o de cardeal dos trabalhadores. Após alguns anos vivendo no Jaçanã, zona norte, retirou-se para a congregação em Taboão da Serra. Hoje, ao acordar, lê jornais e em seguida faz uma celebração diária aos moradores da comunidade religiosa onde vive. Com apoio de uma bengala, faz uma leve caminhada pelo jardim e segue para o almoço. Nos últimos anos, optou por não assistir à televisão, mas dizem as boas línguas que a carne é fraca para uma única paixão: dar uma espiadela de nada na TV quando joga o Corinthians. Obviamente, não assume e atribui o “vacilo” às freiras – corintianas por obra e graça do próprio.
No começo deste ano, quando esteve internado, dom Paulo convocou ao hospital dom Angélico: queria que o amigo rezasse a missa. Ao final da celebração, na cama da Unidade de Terapia Intensiva, aproveitou a hora do abraço para sussurrar: “Confiança. Vamos avante. De esperança em esperança. Na esperança sempre”. Para o cardeal dos trabalhadores, pode-se desanimar, sofrer, esmorecer, mas desistir jamais. “A esperança não é o ópio do povo, mas o motor que modifica o mundo.”

 

Fonte: Pascom Região Lapa/ Site do Governo Federal

Pastoral Fé e Política

A partir de Jesus Cristo, em busca do bem comum
Arquidiocese de São Paulo