sexta-feira, 29 de novembro de 2013

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Fraternidade e os usuários de drogas

Filipe Thomaz*

Atualmente, é muito preocupante o aumento cada vez maior do tráfico e consumo de drogas em todo o Brasil. Elas vêm destruindo muitas vidas e causam muitos problemas à sociedade. A Igreja católica, tem como um de seus principais objetivos  desenvolver sua missão profética no mundo, ajudando a entender e buscar soluções para problemas que afetam a todos nós. Com esse propósito, promove todos os anos a Campanha da Fraternidade, que por diversas vezes tratou de assuntos direta ou indiretamente relacionados ao uso de drogas, Alguns exemplos são:


1992
Fraternidade e Juventude
Juventude - caminho aberto
1995
A Fraternidade e os Excluídos
Eras tu, Senhor?!
2000
Dignidade Humana e Paz (ecumênica)
Novo Milênio sem Exclusões
2001
Fraternidade e as Drogas
Vida sim, Drogas não
2012
Que a saúde se difunda sobre a terra!
2013
Eis-me aqui, envia-me!

Muitas das curas que Jesus Cristo realizou envolvem a recuperação da dignidade dos excluídos. É fundamental nos dias de hoje recuperar a dignidade dos usuários de Crack, e para isso, é indispensável o contato humano. 
Na época atual, o jovem é extremamente vulnerável a diversos problemas, e um dos mais graves é envolvimento com as drogas . 
Os usuários de drogas não podem ser esquecidos e excluídos, mas precisam ter sua dignidade recuperada e ter oportunidade de participar da construção de um mundo mais humano. 

Podemos ver no artigo seguinte, uma excelente iniciativa para ajudar a resolver esses problemas:

Aposentada leva terapia do abraço à Cracolândia (Fernanda Aranda)
Albertina França, 70 anos, caminha uma vez por semana à noite pelo Centro para levar afeto aos usuários de crack e incentivá-los a buscar tratamento

Os passos curtos conduzem Maria Albertina França, 70 anos, pela rua Gusmões, um dos epicentros da zona paulistana conhecida como Cracolândia. O caminhar lento da senhora pela via coincide com o apagar dos cachimbos recheados com crack, em sinal de respeito. A área que o governo municipal quer chamar de Nova Luz fica em plena escuridão.
“Dona Tina vem aí”, anuncia um dos meninos sentado na calçada, droga recém-apagada em punho e cobertor enrolado no pescoço. Alguns levantam e cercam a mulher, prontos para receber a terapia idealizada pela assistente social aposentada.
“Uma vez por semana, venho até aqui (sozinha e à noite) trazer abraços”, explica sobre o método, empregado há um mês e de forma voluntária, para contribuir com o resgate da dependência química no local.
A terapia do afeto de dona Tina compõe e contrasta com o mosaico de iniciativas governamentais e de entidades do terceiro setor para brigar contra o uso compulsivo de crack em uma das regiões mais endêmicas do País.
O primeiro censo realizado pela Universidade Federal de São Paulo, divulgado este ano, apontou 1 milhão de usuários da droga no Brasil. A Cracolândia paulistana reúne parte deles, a céu aberto, em uma mistura de sotaques nacionais e até internacionais.
“Me faz lembrar da minha ‘abuela’ ( avó em espanhol )”, diz Cristina Isabel, argentina, trinta e “alguns” anos de idade, em referência à dona Tina. São dez anos em São Paulo, cinco anos de crack e “cinco anos sem abraçar ninguém, trocando qualquer gesto por pedra, vivendo sozinha e cercada por interesseiros”, contabiliza Cristina, em um choro compulsivo, ao soltar o abraço e partir pela Gusmões dizendo que o encontro com a aposentada a fez “ganhar a noite, ganhar o mês, na verdade, ganhar o ano”.
A atuação ao estilo ‘carinho de vó’ foi desenhada com base em dois ingredientes nas políticas públicas contra o crack que a aposentada considera fundamentais, porém inexistentes “em tudo que já viu”.
“Em tudo que li, ouvi e participei sempre senti falta de duas coisas: afeto e a voz dos próprios usuários de droga”, avalia Dona Tina, enquanto caminha com os dois braços para trás, do alto de seus 1,50 metro, batom nos lábios e casaco de lã para proteger do frio de 16 graus que marcava a sexta-feira em que a reportagem caminhou com a aposentada pelas ruas do crack.
“Acompanho de perto tudo que já foi pensado para a cracolândia paulistana, desde a revitalização imobiliária, o uso da força policial, a internação à força (chamada de internação involuntária) , além da idealização de tratamentos médicos”, afirma.
“Nada funcionou, as coisas só pioraram. Então resolvi botar o meu bloco na rua”, diz ela, que se aposentou do serviço social, mas não “das causas sociais”.
Dona Tina, então, vai às ruas semanalmente, abraça os usuários de crack e aproveita o ensejo para ouvir o que eles acreditam ser importante para a área e para a recuperação.
“Quem pita é quem apita” diz ela sobre o slogan do projeto “Aquele Abraço”, idealizado em parceria com o amigo e militante das ruas, o arquiteto Arnaldo de Melo.
“Já marcamos reuniões e a proposta é levar as contribuições dos moradores da cracolândia à Secretaria Municipal de Saúde e à Defensoria Pública.”
A oferta de um espaço com chuveiros para uso gratuito dos usuários de droga estampa uma das primeiras anotações de Maria Albertina sobre as demandas locais. Um banho chega a custar até R$ 10 nas pensões que enquadram a cracolândia. O preço pode ser dobro para as mulheres, não raro aliciadas a trocar o corpo por uma chuveirada.
Por vezes, estar limpo é o passaporte para um prato de comida e para a proteção. As mais jovens e mais bonitas, ocupam o posto de vendedoras de pequenas quantidades de crack no local. Acabam protegidas pelo status, em uma condição instável e perigosa, mostrou o relato de uma garota com aparência de 15 anos, em meio ao abraço em Dona Tina.
Na última sexta-feira friorenta, a menina vestindo blusa com o umbigo à mostra, cabelos encaracolados até a cintura e piercing no nariz, confessou estar "cabreira" por ter tomado calote e não saber como prestar contas sobre a dívida.
Oferecer o banho, acredita dona Tina, pode ser uma maneira de deixá-los menos vulneráveis ao escambo típico do local, que troca pedras por qualquer coisa, até por uma rápida passagem pelo chuveiro.
"Descobri com eles a mágica de um abraço", diz Dona Tina
“As pessoas pensam que quem usa crack não tem dignidade, não quer estar limpo, cheiroso, como se isso não fosse importante”, diz.
“Todo mundo gosta também de falar que eles não passam fome aqui no Centro, por receberem comida toda hora. Eu me pergunto: imagina o que é passar a vida sem nunca escolher o que vai comer. Quem se satisfaz com restos?”
Foi este questionamento que fez Maria Albertina França deixar a casa em Jaú, interior paulista, onde nasceu e viveu confortavelmente até os 20 anos.
“Escolhi o serviço social como carreira pois sabia que a vida era mais complexa do que a fazenda do meu pai”, diz ela, que logo se instalou no centro paulistano, local da residência e do trabalho.
Ela já atuou com todas as populações consideradas excluídas: menores em conflito com a lei, prostitutas, travestis e moradores de rua. Uma jornada que não deixou tempo para filhos, apesar dos amores vivenciados.
Toda experiência profissional serviu de base para o “Aquele Abraço”, em curso agora. Mas é na roda de samba, no Largo Santa Cecília  onde Dona Tina termina o dia de ‘abraçasso’ na Cracolândia, às 22h  que ela confessa o gatilho da inspiração.
“Sou de uma geração em que a demonstração do afeto pelos pais era rara. Aprendi a abraçar com a população com que atuei. Tinha dificuldade de entrega no início e só então percebi como é mágico abraçar”, lembra, cantarolando as músicas, bebericando o suco de maracujá e comendo a porção de frango à passarinho, dividida com todos que passam pelo local.
São estudantes, donos do comércio, moradores de rua, usuários de droga, policiais, camelôs, taxistas. Ninguém perde a oportunidade de dar um abraço em Dona Tina.



*Membro da Pastoral Fé e Política

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

7 passos para a Cultura do Bem Viver: Partilha e Poder

No feriado da República (dias 15 a 17 de novembro) aconteceu na Universidade Católica de Brasília (UCB), campus de Taguatinga Sul (DF)  o 9º Encontro Nacional Fé e Política que reuniu quase três mil lideranças de todo o país para refletirem o tema “Cultura do Bem Viver: Partilha e Poder” (http://www.fepolitica.org.br). A Pastoral Fé e Política da ASP esteve presente no encontro, bem como participantes da Escola de Fé e Política Waldemar Rossi.
            
A Cultura do Bem Viver foi refletida pelo teólogo e biblista Frei Carlos Mesters e registrada pelo Pe. Jaime Patias (Pontífícias Obras Missionárias http://www.pom.org.br). Ele destacou a centralidade da palavra de Deus para a leitura da realidade e  enumerou sete passos da cultura do Bem Viver cultivada pelos povos indígenas. São eles:
1. Uma nova visão sobre a natureza. Embora sejamos muito desobedientes a Deus, ele se mantém fiel a nós e ao ciclo da natureza, esse respeito devemos aprender com os indígenas.
2. Redescobrir a força da palavra. Os indígenas veneram muito a palavra. E Isaías diz: ‘A única coisa que permanece é a palavra de Deus’. A pior coisa que pode acontecer é um povo perder a memória. Os meios de comunicação hoje, pela maneira de apresentar a história muitas vezes apagam em nós a memória. Mesters recordou que 50 anos atrás, quase ninguém tinha a Bíblia em casa e hoje todos têm. “Estamos recuperando a palavra de Deus. A palavra é para conversar e quando estamos nos círculos bíblicos estamos nos confrontando com a palavra de Deus. Isso é conversão, uma conversa grande”, pois brincou com as palavras: “conversa = conversão”.
3. Redescobrir o amor eterno de Deus. Por detrás da natureza está o amor eterno de Deus por nós. ‘Eu amei você com amor eterno. Por isso conservei o meu amor por você’ (Jr 31,3). "O amor é a melhor coisa que o nosso coração pode sentir. E quando somos amados, Deus faz nascer coisas novas no coração da gente”.
4. Uma nova experiência de Deus, uma nova imagem de Deus. Somente em Isaías Deus é chamado de Mãe, Pai, Marido e nós somos sua esposa. Ele é também o Irmão maior. É um Deus de família. Nas experiências da vida formamos a imagem de Deus. Depois de tantos anos de caminhada de Fé e Política, a nossa ideia de Deus melhorou ou não?”, perguntou Mesters.
5. Deus não escreveu um livro, mas escreveu dois livros. Santo Agostinho afirma que Deus escreveu dois livros e o primeiro não é a Bíblia, mas a vida, os fatos, os acontecimentos. E por causa da nossa mania de querer dominar tudo, as letras desse livro se atrapalharam, a gente não consegue descobrir Deus dentro da vida. Então para nos ajudar a ler a vida, Deus escreveu mais um livro que é a Bíblia que não foi escrito para ocupar o lugar da vida, mas para nos ajudar a ler a vida, descobrir Deus na vida. Santo Agostinho nos diz, a leitura da Bíblia todos os dias, é como um colírio que você coloca no olho. Colírio melhora a visão e com esse novo olhar de contemplação, somos capazes de decifrar o mundo.
Conversando, lendo a Bíblia a gente vai descobrir e aí fazemos do mundo uma ‘teofania’(manifestação de Deus) e o mundo se torna de novo transparente para nos falar de Deus. Nesse ponto também podemos aprender muito dos povos indígenas”.
6. Redescobrir a missão. Em Isaías encontramos o Servo sofredor de Javé. Provavelmente Jesus leu muito estes textos do profeta sobre o serviço. ‘O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir’ (Mc 10, 45). Esta é nossa missão principal. Não estamos aqui para dominar, mas para servir.
7. Descobrir uma nova pastoral, uma nova maneira de anunciar a Boa Nova. Carlos Mesters entende isso como “uma nova ação política, uma nova ação de convivência entre nós”. O Frei destacou as palavras: ternura, diálogo, reunião, consciência crítica e alegria. Ternura significa acolher as pessoas, respeitar. Para quem está sofrendo muito não adianta chegar com imposição, tem que acolher, cuidar da ferida do coração. Não se impor, mas conversar para produzir o conhecimento, ser aprendiz.
“O ponto de chegada é Jesus” que gostava de usar para Ele mesmo o termo ‘Filho do Homem’ (83 vezes). “Esse título vem do profeta Daniel (Dn 7) que descreve os impérios do mundo sob a figura de animais. Por que o império é animalesco, desumaniza. Basta ver o império neoliberal, não desumaniza a vida das pessoas? Os meios de comunicação continuam a colocar valores na cabeça da gente que desumanizam a vida. Na visão de Daniel, depois dos quatro impérios aparece o Reino de Deus apresentado com a figura de gente: ‘Filho do Homem’ que não é uma pessoa, mas o Povo de Deus, um povo humano. Esta é a missão mais importante que Deus nos dá. E Jesus assume esta missão. Ele quer humanizar a vida. Isso aparece o tempo todo nos Evangelhos”.
Peçamos a graça de saber humanizar a vida!
O ipê, árvore típica do cerrado foi símbolo do Evento. Uma última ação recordou as nove edições do Encontro Fé e Política ao plantar nove mudas da árvore na entrada principal do Campus da Universidade. Cada participante no evento recebeu nove sementes de ipê para multiplicar a ação em sua cidade, repor o carbono gasto e educar para o cuidado com a natureza.


Programa exibido na Rádio 9 de Julho no Programa Igreja em Notícia no dia 22/11/2013. 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Fraternidade e a Comunicação

Filipe Thomaz*

Infelizmente, é muito comum a manipulação dos meios de comunicação com a finalidade de ocultar problemas graves que afetam a todas as pessoas. Esse artificio é frequentemente usado por aqueles que detêm o poder se beneficiando da pobreza de milhões de pessoas. Isso tem por objetivo passar impressão de que não existem problemas em nosso país. 
Pensando nisso, a Igreja promoveu  Campanha da Fraternidade de 1989, cujo tema foi "Fraternidade e a Comunicação" e o lema "Comunicação para a verdade e a paz". Os meios de comunição devem atender a sua função social e precisam ser usados para ajudar a promover o bem comum.  Seu uso adequado está perfeitamente de acordo com o projeto de Jesus Cristo para nós. Podemos ver a seguir em interessante artigo sobre o assunto.

Sobre o momento histórico vivido no Brasil
Leonardo Boff
Adital

Estou fora do país, na Europa a trabalho e constato o grande interesse que todas as mídias aqui conferem às manifestações no Brasil. Há bons especialistas na Alemanha e França que emitem juízos pertinentes. Todos concordam nisso, no caráter social das manifestações, longe dos interesses da política convencional. É o triunfo dos novos meios e congregação que são as mídias sociais.
O grupo da libertação e a Igreja da libertação sempre avivaram a memória antiga do ideal da democracia, presente, nas primeiras comunidades cristãs até o século segundo, pelo menos. Repetia-se o refrão clássico: "o que interessa a todos deve poder ser discutido e decidido por todos". E isso funcionava até para a eleição dos bispos e do Papa. Depois se perdeu esse ideal nas nunca foi totalmente esquecido. O ideal democrático de ir além da democracia delegatícia ou representativa e chegar à democracia participativa, de baixo para cima, envolvendo o maior número possível de pessoas, sempre esteve presente no ideário dos movimentos sociais, das comunidades de base, dos Sem Terra e de outros. Mas, nos faltavam os instrumentos para implementar efetivamente essa democracia universal, popular e participativa.
Eis que esse instrumento nos foi dado pelas várias mídias sociais. Elas são sociais, abertas a todos. Todos agora têm um meio de manifestar sua opinião, agregar pessoas que assumem a mesma causa e promover o poder das ruas e das praças. O sistema dominante ocupou todos os espaços. Só ficaram as ruas e as praças que, por sua natureza, são de todos e do povo.
Agora, surgiram a rua e a praça virtuais, criadas pelas mídias sociais.
O velho sonho democrático segundo o qual o que interessa a todos, todos têm direito de opinar e contribuir para alcançar um objetivo comum pode, enfim, ganhar forma.
Tais redes sociais podem desbancar ditaduras, como no Norte da África; enfrentar regimes repressivos, como na Turquia; e agora mostram no Brasil que são os veículos adequados de revindicações sociais, sempre feitas e quase sempre postergadas ou negadas: transporte de qualidade (os vagões da Central do Brasil têm quarenta anos), saúde, educação, segurança, saneamento básico. São causas que têm a ver com a vida comezinha, cotidiana e comum à maioria dos mortais. Portando, coisas da Política em maiúsculo. Nutro a convicção de que a partir de agora se poderá refundar o Brasil a partir de onde sempre deveria ter começado, a partir do povo mesmo que já encostou nos limites do Brasil feito para as elites. Estas costumavam fazer políticas pobres para os pobres e ricas para os ricos. Essa lógica deve mudar daqui para frente. Ai dos políticos que não mantiverem uma relação orgânica com o povo. Estes merecem ser varridos da praça e das ruas.
Escreveu-me um amigo que elaborou uma das interpretações do Brasil mais originais e consistentes, o Brasil como grande feitoria e empresa do Capital Mundial, Luiz Gonzaga de Souza Lima. Permito-me citá-lo: "Acho que o povo esbarrou nos limites da formação social empresarial, nos limites da organização social para os negócios. Esbarrou nos limites da Empresa Brasil. E os ultrapassou. Quer ser sociedade, quer outras prioridades sociais, quer outra forma de ser Brasil, quer uma sociedade de humanos, coisa diversa da sociedade dos negócios. É a Refundação em movimento".
Creio que este autor captou o sentido profundo e, para muitos, ainda escondido das atuais manifestações multitudinárias que estão ocorrendo no Brasil.
Anuncia-se um parto novo. Devemos fazer tudo para que não seja abortado por aqueles daqui e de lá de fora que querem recolonizar o Brasil e condená-lo a ser apenas um fornecedor de commoditiespara os países centrais que alimentam ainda uma visão colonial do mundo, cegos para os processos que nos conduzirão fatalmente a uma nova consciência planetária e à exigência de uma governança global. Problemas globais exigem soluções globais. Soluções globais pressupõem estruturas globais de implementação e de orientação. O Brasil pode ser um dos primeiros nos quais esse inédito viável pode começar a sua marcha de realização. Dai ser importante não permitirmos que o movimento seja desvirtuado. Música nova exige um ouvido novo. Todos são convocados a pensar este novo, dar-lhe sustentabilidade e fazê-lo frutificar num Brasil mais integrado, mais saudável, mais educado e melhor servido em suas necessidades básicas.
[Leonardo Boff Munique/Paris 24/06/2013].

Hoje, as tecnologias de comunicação tem uma grande influencia sobre a sociedade. O ser humano, que é capaz de criar tecnologias tão incríveis, sem dúvida, tem capacidade de usa-las para a promoção do bem de todos. Atualmente, cada um de nós, pode utilizar a internet de maneira positiva com respeito aos outros e de maneira a promover a vida e o bem comum. Todos podemos, em nossas relações pessoais, e também através da internet  participar da construção de um mundo mais humano.

*Membro da Pastoral Fé e Política.

Documentário Dom Pedro Casaldáliga: de poesia e de profecia

Pedro: Profeta da Esperança 

Este documentário é um fiel retrato de Dom Pedro Casaldáliga: de poesia e de profecia. A poesia emergiu nele e naturalmente, inda bem jovem e foi amadurecendo em radicalidade, em beleza, em ternura e rosto latinoamericano. A profecia irrompeu nele pela unção martirial, "in sanguine", sobretudo no sangue de João Bosco Burnier e também na proximidade das mortes matadas de índios, quilombolas e camponeses. Em Pedro a poesia e a profecia são como a taça de cristal que não se mostra a si mesma, mas revela o vinho velho, o melhor, que aí foi guardado para a Hora da Esperança de Ressureição, a Hora de Deus.

Fonte: Fórum das Pastorais Sociais da Arquidiocese de São Paulo

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pastoral Afro-brasileira divulga mensagem para marcar o Dia da Consciência Negra


Dia 20 de novembro é feriado em muitas cidades do País. A data faz memória a Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra na luta pela libertação. Em 1978, o Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial batizou a data como o Dia Nacional da Consciência Negra em substituição ao 13 de Maio, que é considerado como o Dia das Raças. Posteriormente os poderes públicos abraçaram a ideia dando origem ao feriado. O Movimento propõe uma revisão da historiografia.
Para marcar o Dia da Consciência Negra, a Pastoral Afro-brasileira divulgou uma Mensagem. “A Pastoral Afro-brasileira, presente em todo o Brasil, celebra essa data, mas também está empenhada em enfrentar os desafios presentes no mundo. A Escravidão hoje atinge 29 milhões de trabalhadores em todo o mundo”, diz a carta. Confira a íntegra da Mensagem. 20 de novembro: Dia da Consciência Negra
Fonte: pom.org.br

Celebração pela Paz no Congo

FRATERNIDADE SECULAR CHARLES DE FOUCAULD
Regional São Paulo
“Neste mundo globalizado, caímos na globalização da indiferença. Habituamo-nos ao sofrimento do outro, não nos diz respeito, não nos interessa, não é responsabilidade nossa”.
Papa Francisco
“Não podemos ser cães mudos, sentinelas adormecidas”.
Irmão Carlos de Foucauld
Caros irmãos e irmãs:
                Queremos convidá-los (las) para juntos celebrarmos mais uma vez a memória da morte e  ressurreição de Irmão Carlos de Foucauld.
                Aproveitaremos também este momento para recordar tantos irmãos e irmãs nossos que anseiam por paz e justiça, especialmente os irmãos e irmãs do Congo que vivem situações desesperadoras num conflito que pouco tem despertado a atenção do resto do mundo. Nesses quase 20 anos de guerra, morreram cerca de 6 milhões de pessoas e pouco se fala disso na mídia.
                Essa Celebração pela Paz no Congo acontecerá na Igreja Nossa Senhora da Paz, dos padres carlistas, local com força simbólica uma vez que para lá convergem povos de tantos lugares que reunidos na Pastoral do Migrante anseiam por uma humanidade mais solidária. Teremos a oportunidade de ouvir irmãos do Congo que partilharão sua própria realidade.
                Por favor, transmita este convite aos membros de sua Fraternidade de Base,  extensivo a seus amigos e amigas. Após a celebração partilharemos nossos lanches entre nós e com os congoleses que moram na Casa do Migrante.
                Como gesto concreto pedimos que cada um leve algum alimento não perecível, destinado a essa Casa.
                Data: 01 de dezembro de 2013 as 9, 30 h (horário da celebração paroquial).
                     EndereçoRua Glicério, 225 - Sé, São Paulo - SP, telefone(11) 3209-5388.
                Um abraço fraterno,
                                                        Maria de Lourdes, coordenadora regional
                                                        Benedito Prezia, Pastoral Indigenista

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Rede Nossa São Paulo cria espaço para candidatos ao Conselho Participativo Municipal

Iniciativa do Grupo de Trabalho (GT) Democracia Participativa possibilita que pretendente a conselheiro divulgue candidatura no Facebook, informando por que é candidato e quais suas propostas
Por iniciativa e sugestão do Grupo de Trabalho (GT) Democracia Participativa, a Rede Nossa São Paulo criou um espaço no Facebook para que os candidatos ao Conselho Participativo Municipal divulguem suas candidaturas.
A página também poderá ser fonte de informações para os eleitores, pois nela o pretendente ao cargo de conselheiro deverá responder por que é candidato, quais os principais problemas do seu distrito e as proposta que defende.
Aberto a todas as candidaturas aprovadas pela Comissão Eleitoral, o espaço visa ainda estimular os cidadãos paulistanos a participarem da eleição, no dia 8 dezembro, votando em até cinco candidatos.
Para divulgar a candidatura no espaço, o candidato ou a candidata deverá fazer uma postagem na página ou enviar uma mensagem direta a seus administradores com os seguintes dados:
1 – Nome
2 – Número da candidatura
3 – Foto
4 – Subprefeitura pela qual é candidato
5 – Distrito
6 – Breve currículo, com ênfase em sua atuação (máximo 3 linhas)
7 – Por que você se candidatou ao Conselho Participativo? (máximo 3 linhas)
8 – Quais são os principais problemas do seu distrito? (máximo 3 linhas)
9 – Quais suas propostas para melhorar a qualidade de vida dos moradores de sua região? (máximo 3 linhas)
10 - Endereço do Facebook e/ou Twitter e e-mail
Quem não tiver condições de colocar as informações diretamente no Facebook pode encaminhar os dados solicitados para o e-mail: luanda@isps.org.br.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Seminário Lei da Ficha Limpa (LC 135/10) Aplicação Plena nas Eleições de 2014

Data 25/11/2013 Início às 09:00hs
Local Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
Av. Rangel Pestana, 315 - Centro - Auditório Nobre “Prof. José Luiz de Anhaia Mello”
Incrições: http://www2.tce.sp.gov.br/eventos/fichalimpa/

Solenidade de Abertura
Dr. Antonio Roque Citadini Dr. Samuel Alves de Melo Júnior
Conselheiro-Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo Presidente da Seção de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

Dr. Alceu Penteado Navarro Dr. Gilberto Valente Martins
Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo Membro do Conselho Nacional de Justiça

Dr. Ivan Sartori Dr. Marcos da Costa
Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil / Seção de São Paulo

Dr. Márcio Fernando Elias Rosa Dr. Marlon Jacinto Reis
Procurador Geral de Justiça do Estado de São Paulo Membro da Executiva Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral

Dr. André de Carvalho Ramos Dr. Roberto Livianu
Procurador Regional Eleitoral no Estado de São Paulo Movimento “Não Aceito Corrupção” - Ministério Público Democrático

Dr. Celso Augusto Matuck Feres Junior
Procurador Geral do Ministério Público do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
Solenidade de Abertura

Público Alvo: Operadores do direito, entidades da sociedade civil, cidadãos e cidadãs

Palestras
Aspectos referentes à LC 135/10
Dr. Marlon Jacinto Reis
Membro da Executiva Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral

O Tribunal Regional Eleitoral e a LC 135/10
Dr. Alceu Penteado Navarro
Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo

O Tribunal de Justiça e a LC 135/10
Dr. Samuel Alves de Melo Júnior
Presidente da Seção de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

O Ministério Público de São Paulo e a LC 135/10
Dra. Denny Angelo de Caroli
Promotora de Justiça - Assessora Eleitoral da Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo
LC 135/10 nas Eleições de 2012 - retrospectiva e avanços necessários
Dr. André de Carvalho Ramos
Procurador Regional Eleitoral no Estado de São Paulo

O cadastro nacional: avanços na aplicação da LC 135/10
Dr. Gilberto Valente Martins
Membro do Conselho Nacional de Justiça

O Ministério Público de Contas e a LC 135/10
Dr. Celso Augusto Matuck Feres Junior
Procurador Geral do Ministério Público do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

O papel do TCESP na aplicação da LC 135/10
Dr. Antonio Roque Citadini
Conselheiro-Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

Fonte: MCCE