sexta-feira, 19 de abril de 2013

1º DE MAIO - 9 horas na Praça da Sé


1º DE MAIO:
Dia para renovar nosso compromisso de Classe e para celebração da memória dos mártires Trabalhadores.
“Você comerá do trabalho de suas próprias mãos, tranquilo e feliz.”
(Sl. 128, 2)
Em sua encíclica “Sobre o Trabalho Humano”, João Paulo II afirmou que “O trabalho é a chave essencial da questão social”. A História também nos ensina que não há vida que se mantenha se o trabalho humano não gerar os meios necessários à sobrevivência e se a produção coletiva não for igualmente partilhada “a cada um segundo suas necessidades”.
Entretanto, no atual mundo capitalista o desemprego atinge a milhões de trabalhadores. Na Espanha, o desemprego já atingiu mais de 25% da população e, entre os jovens de 18 a 24 anos a falta de trabalho já passou dos 50%. De um lado, a exploração da Classe Trabalhadora garante a concentração de renda e padrão de vida elevado para uma pequena parcela; do outro lado, nega os meios de sustentação da vida em plenitude (Jo. 10, 10) para multidões de trabalhadores na Europa (sobretudo na Itália, Portugal, França, Grécia) e na Ásia, África, América Latina e Oceania.
Na busca insaciável de lucro a qualquer custo, o sistema capitalista vem gerando rotatividade criminosa da mão de obra, achatamento salarial, trabalho precário, jornada prolongada para quem está no emprego, rebaixamento do padrão de vida para a maior parte da população.
No Brasil, por exemplo, o salário mínimo é de R$ 678,00, enquanto, segundo o DIEESE, seriam necessários cerca de R$ 2.400,00 para manter uma família de quatro pessoas com um mínimo de dignidade. Tudo isto gera pobreza e miséria, revolta, violência, criminalidade. As principais vítimas desse sistema iníquo, hoje, são os/as jovens cujo trabalho, quando encontrado, é explorado com salários aviltantes.
Não bastasse tanta exploração, estamos vendo a cada dia nossos direitos sendo roubados pelas políticas dos governantes que se elegeram com votos do povo trabalhador, mas que defendem os interesses dos exploradores.
É tudo isto e muito mais que o que vamos manifestar no dia 1º DE MAIO. E a Igreja comprometida de fato com os valores do Evangelho não pode deixar de ajudar os cristãos a refletirem sobre os graves problemas que afetam a vida do nosso povo trabalhador, do campo e da cidade.
É também por causa das exigências evangélicas que os cristãos têm o dever de se engajar nos movimentos populares e, coletivamente, exigir que as políticas públicas sejam destinadas, prioritariamente, para responder às necessidades básicas da população mais carente. Somente assim poderemos construir uma sociedade justa e igualitária – a sociedade socialista, em conformidade com o plano de Deus, que criou o mundo e a Humanidade, mas não a dividiu em classes.

No ventre de Maria Deus se fez Homem, mas na oficina de José Deus também se fez Classe.” (D.Pedro Casaldáliga)

Maio de 2013 – Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo 

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