sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Voto consciente - compromisso do cristão

A Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo foi solicitada por várias entidades para colaborar na preparação para o voto consciente.


A  Formação Política para jovens missionários da  Aliança de Misericórdia aconteceu de 18 a 20 de setembro de  2012. Nas três manhãs de formação cerca de 120 jovens refletiram sobre a relação entre a fé cristã e a política, o conceito de  Política com P maiúsculo conforme entendimento da Igreja e da pastoral,  a consciência da ação coletiva e organizada e de que todos fazemos política, exemplos práticos do que acontece quando a política não é a política com P maiúsculo, a mística que sustenta a ação na política, a Palavra de Deus e a participação na política, os princípios da Doutrina Social da Igreja, o Concílio Vaticano II: Lumen gentium e  Gaudium et Spes, a Campanha da Fraternidade de 1996 Fraternidade e  Política.
Tratou-se também do Sistema  econômico, político, social cultural mergulhado no capitalismo e na globalização e o histórico brasileiro de colonização, escravidão e perversa distribuição de riquezas e os caminhos políticos atuais e a lei de acesso à informação.
Tratou-se dos conceitos de Nação / Estado / Governo, a Constituição Federal de 88 – todo  poder emana do povo, a Democracia representativa, direta e participativa.
Avanços da cidadania e parceria com a Igreja nas leis 9840/1999 - Lei dos bispos e Lei da Ficha Limpa.
Finalizou-se com a responsabilidade cristã de votar  bem e as orientações da Arquidiocese de São Paulo e prosseguir nos estudos e na atuação política.

Essa formação foi realizada pelos membros da pastoral e por professores colaboradores.

A formação também ocorreu no sábado 22/09/12 na Paróquia Santa Terezinha no Jaçanã focada nos critérios do voto consciente e na próxima semana, em 03/10/12, será realizada no Cefran - Centro Fransciscano de Luta Contra a Aids.

Rádio 9 de julho tem horários semanais disponibilizados para a Pastoral Fé e Política e foi intensa a produção de material e a divulgação de instrumentos de formação, informação sobre os critérios do voto consciente e os sites de acesso à vida pregressa dos candidatos e também o Disque Denúncia Eleitoral. Os audios dos programas estão disponíveis no site www.pastoralfp.com e os textos estão disponíveis neste canal de divulgação e também no site.

As TVs católicas empenharam-se em oferecer instrumentos de preparo para o Voto Consciente e a Pastoral Fé e Política participou do Programa A Arte da Vida que é veiculado na TV Século 21 em parceria com a Aliança da misericórdia.



Na próxima quarta  03/10/12 no Programa Bem-vindo Romeiro da TV Aparecida as 10:15h o Programa será dedicado ao preparo às eleições com participação da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo.




A Pastoral agradece a todos esses espaços dedicados ao Voto Consciente do Cristão e pedimos ao Senhor da messe que nosso compromisso permaneça no acompanhamento dos mandatos e na participação cidadã. 



Seminário da Escola de Cidadania da Zona Sul de São Paulo

ECZS-Seminario

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Reunião da Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares – 03/10/2012


Reunião da Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares – 03/10/2012

 
A Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares convida a todos os interessados na luta antinuclear a participar da reunião da Coalizão, a ser realizada no dia 03 de outubro, quarta-feira, às 19h, na Ação Educativa (Rua General Jardim, 660, 2º andar, Vila Buarque, São Paulo).

A reunião terá como pauta:
  • Discussão e finalização do pedido de informação a ser enviado ao governo;
  •  Proposta de cine debate, a ser realizado ainda no mês de outubro;
  • Captação de fundos para obter recurso para a nova plataforma de comunicação (uso da ferramenta Wiki);
  • Outros assuntos de interesse geral.
Contamos com a participação de todos!

Visite nosso site na internet: http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br

Gestão participativa e Poder local

ECZL-6aAula



Assista essa aula na íntegra acessando o site www.pastoralfp.com 
Pastoral Fé e Política
Arquidiocese de São Paulo
A partir de Jesus Cristo, em busca do bem comum

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A proximidade da eleição municipal e o desafio da escolha da vereadora ou vereador


Pedro Aguerre*
A aproximação das eleições movimenta a sociedade civil e política. É um momento de intensificação das campanhas, para a disputa do voto dos eleitores o que traz certa tensão e expectativa junto à opinião pública, seja pela própria dinâmica eleitoral seja por outros fatos que circundam a eleição.
Com relação à dinâmica eleitoral, vai se confirmando a expectativa de que as eleições devam ser momento de aprendizado e de ampliação de consciência de uma sociedade, portanto positivo, mesmo com os conflitos, que fazem parte, dados os grandes interesses que se enfrentam. Diante dessa dinâmica, estimula-se o olhar vigilante da sociedade, sua capacidade de denunciar abusos e demonstrar seu mal estar com práticas clientelistas ou de aparelhamento do governo que, infelizmente, ainda são frequentes. Com a facilidade tecnológica atual, este tipo de constrangimento aos eleitores ou aos funcionários públicos pode ser mais facilmente denunciado ao disque-denúncia eleitoral, o que é uma grande diferença em relação a eleições passadas,
A realização de eleições a cada dois anos também acaba produzindo uma dinâmica rotineira na democracia representativa, que, em nossa visão, contribui para o aprimoramento da cidadania e das instituições. A admissão da constitucionalidade na aplicação da Lei da Ficha Limpa nestas eleições, pelo Supremo Tribunal Federal, é um exemplo destes importantes avanços. Acreditamos que a população percebe que se, neste momento inicial, o principal valor da Ficha Limpa é o de tirar da eleição candidatos condenados por órgão colegiado, como mostramos no comentário anterior, essa Lei mostra também um enorme potencial de contribuir para a democratização da política, das eleições e dos novos governos que serão constituídos, a partir de 2013. A consistente ação dos procuradores regionais eleitorais mostra a força desse novo caminho, seja ao penalizar partidos que não cumprem a legislação de estímulo à participação da mulher, seja no cruzamento de bancos de dados para encontrar e denunciar candidatos enquadrados na Lei. Mas também fica claro que estes avanços ainda precisam ser consolidados e ampliados, uma vez que o sistema partidário e a legislação eleitoral têm fragilidades que acabam comprometendo a soberania popular do povo à hora de escolher, livre e conscientemente, seus candidatos, o que só uma reforma política mais ampla e abrangente poderá ajudar a sanar. 
Vejamos a questão da escolha dos candidatos. O atual sistema de coligações não se restringe aos candidatos majoritários, e invade as eleições para vereadores. No caso da eleição majoritária fica bastante claro para o eleitor que cada candidato ou candidata à prefeitura representa um partido ou conjunto de partidos que se aglutinou em torno de uma proposta e um programa. No segundo caso, no entanto, a extensão da regra das coligações para a eleição dos vereadores faz com que as regras de apuração dos votos possam distorcer a vontade do eleitor. Por exemplo, esta regra pode levar à eleição de candidatos com poucos votos, que se favorecem do cálculo do quociente eleitoral, e recebem em cascata, os votos dos chamados puxadores de votos e celebridades que às vezes não tem a menor afinidade com a política. Também pode acontecer que o candidato de um partido A, dado o cálculo do quociente partidário, se eleja em uma certa coligação, tendo tido menos votos individualmente do que um candidato do partido B, que tenha tido mais votos.
Estes fatores exemplificam a maior dificuldade da eleição para vereador do que para prefeito. Se os candidatos a prefeito só nas últimas semanas da eleição vão se tornando conhecidos consolidando as intenções de voto, o mesmo não se repete no caso dos vereadores. Principal foco de atenção da disputa eleitoral, os candidatos a prefeito participam de debates, entrevistas, sabatinas, tendo sua performance de ascensão ou queda refletida em pesquisas periódicas de diversos institutos de pesquisa. E a opinião pública acaba prestando muito mais atenção às questões que surgem desse embate, especialmente em sua exposição nos meios de comunicação de massas. E quanto às eleições para os parlamentos municipais?
Quando se olha para a eleição proporcional, do legislativo municipal, surgem dificuldades para o eleitor, que vão além do pouco tempo disponível no horário eleitoral gratuito.
Primeiramente, destacamos o problema da tendência histórica à reeleição. Nas regras atuais, esta pode ser indefinida, havendo casos de vereadores que são candidatos para um sétimo ou oitavo mandato (ou seja, quase vereadores vitalícios). Este é o caso de 2,4% dos 435 mil candidatos a vereador no País, que têm enorme vantagem de saída em relação aos demais por contarem com uma estrutura muito maior, mais profissionalizada, geralmente com mais recursos. Outro grupo é dos candidatos que são muito próximos e afinados com os candidatos a prefeito e que tendem, por isso mesmo, a levar muitos votos que são dados aos candidatos a prefeito. Muitos destes poderão ser verdadeiros campeões de voto, embora nem sempre por suas qualidades ou projetos mas por sua proximidade do poder. Em terceiro lugar, há um enorme contingente de candidatos, digamos assim, honorários, ou seja, que constam das listas de candidatos mas que não tem condições objetivas de disputar pra valer, com estrutura e apoio partidário, como é o caso da maioria absoluta das mulheres inscritas no pleito. De fato, se as candidatas mulheres são 31%, é pequena a expectativa de que elas superem 10% das vereadoras eleitas. Com tudo isso, o espaço para os candidatos com maior vocação e condições de prestar um serviço de qualidade para o povo que o elege, fica estreitado! Estes, geralmente têm menos recursos e estão mais distantes dos centros de poder, tendo maiores dificuldades em se tornarem conhecidos e terem os votos necessários.
Em discussão sobre o voto consciente, realizada neste último sábado na Diocese de Campo Limpo, com o Conselho Diocesano de Leigos e o Fórum das Pastorais Sociais, discutiu-se bastante a questão de como compatibilizar os candidatos que queremos eleger com os candidatos que estão se apresentando, efetivamente. Desta forma, destacou-se a reflexão sobre que tipo de eleitor temos que ser para exercer um voto consciente, se aquele que se dispõe a ser instrumento da vontade de terceiros ou aquele que buscará, efetivamente, um certo perfil de candidatos, que assuma compromissos que atendam os interesses legítimos da sociedade. Isto inclui observar os valores e propostas, se são da situação ou da oposição, se suas propostas são coerentes com o partido pelo qual disputam a eleição.
Por tudo isto, nem sempre é possível amadurecer esta escolha muito antes da eleição, até por falta de informação. Esta reflexão, assim, nos convida a fazer um importante esforço nesta e na próxima semana para definir o perfil desejado de nosso candidato a representante legislativo: quero reeleger alguém que, a meu ver, fez um mandato excepcional? Diante de uma resposta que muitas vezes poderá ser negativa, fica então o desafio de encontrar um bom nome que nos inspire seriedade e confiança: que programa ou candidato ele defenderá; que tipo de parceria ele quer estabelecer com nossa região de moradia e com suas comunidades; qual o seu partido e sua plataforma política; que tipo de prestação de contas e mecanismos de participação ele se compromete a garantir? Se você já o encontrou, ainda há tempo de conseguir muitos votos para ele ou ela em suas redes sociais! Caso contrário, não espere a última hora, pesquise, converse, e tente definir sua escolha com antecipação!!
*Professor da PUC-SP, colaborador da Pastoral Fé e Política e da Escola de Governo de São Paulo.
Programa exibido na Rádio 9 de julho em 26/09/2012. 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

CNLB-Sul1 - Encontro Regional de Leigos e Leigas com responsabilidade política (Vídeos)


Abertura com Daniel Lima e Dom Milton Kenan Jr.
 
"Análise Estrutural e Conjuntural da Realidade Mundial, Latino-Americana e Brasileira" com Plínio de Arruda Sampaio Jr.
 
 Apresentação em plenária das experiências de trabalho nas áreas de fé, cidadania e afins por parte dos presentes.
 
 O professor Edson Eziquiel fala sobre o tema a Doutrina Social da Igreja Católica e o Documento 91 da CNBB.
 
 Carlos Signorelli fala sobre o Documento 50 e o Documento 62 da CNBB.
 
Missa celebrada por Dom Milton Kenan Jr.
 

Encontro Fraternidade e Pessoas com Deficiência

6º ENCON FRATER6º ENCON FRATER6º ENCON FRATER6º ENCON FRATER

Imigrantes e refugiados


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

MCCE convida para a 1ª Teleconferência Eleições 2012


O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral convida sua rede de comitês e entidades para participarem de um momento de discussão sobre as Eleições 2012.
O MCCE realizará sua 1ª Teleconferência dia 25 de setembro (terça-feira), das 14h às 16 horas, local.  O objetivo é estimular a rede MCCE para a fiscalização do processo eleitoral.
Para realização desta Teleconferência, o MCCE contará com apoio e suporte técnico da Rede Marista Centro-Norte.   
Informamos que por motivos de agenda da Rede Marista nem todos os Estados foram contemplados com pontos para este evento.
Solicitamos aos comitês que entrem em contato com a Unidade Marista mais próxima de seu município e  confirmem presença até dia 24/09. Informamos que as vagas serão ofertadas conforme a capacidade de cada unidade.
Depois da confirmação na Unidade Marista, pedimos que enviem informações (nome do Comitê ou entidade, cidade/UF, nome dos participantes, contatos etc) para o  MCCE - mcce9840@gmail.com 
Observação: A confirmação de presença se dará apenas pelos contatos das Unidades Marista.


Atenciosamente,

________________________________________

 
Secretaria Executiva do Comitê Nacional
Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral
(61)2193-9746
www.mcce.org.br
 
 

MCCE - 10 ANOS (2002-2012)Voto não tem preço, tem consequências!

RETOMADA INDÍGENA V Pindorama: 10 anos de inclusão indígena na PUC-SP


Local dos debates: Pátio do Museu da Cultura (Prédio da reitoria)
24/9 – 2ª. feira  - 18,45h – Abertura da Semana e da Exposição no Museu da Cultura.
19 h – Sala 333 – Ato em solidariedade ao povo Kaiowá, com a presença de Valdelice Veron, liderança Kaiowá, e professores da PUC: Carmen Junqueira, Rinaldo Arruda (Faculdade de Ciências Sociais PUC-SP). Promoção: Apropuc e Comitê de Solidariedade ao povo Kaiowá.
25/9 – 3ª. feira – 19 h – DebatePUC-SP x Programa Pindorama: um diálogo difícil? Profa. Marli Pitarello (Serviço Social PUC-SP); Profa. Marisa Penna (Psicologia PUC-SP); Aila Villela Bolzan (mestranda de C. Sociais PUC-SP) e Sabrina Paula (aluna História PUC-SP).
26/9 – 4ª. feira -10h – Debate: A questão indígena no ensino fundamental e médio. Profa. Maria Stela Graciani (Pedagogia PUC-SP), Profa. Sílvia Alves Mariano (Profa. Rede estadual) e Marly Barbosa (Escola Cooperativa).
19 h – Projeção do vídeo A beira da estada (Cimi).  Debate: Apresentação do relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil-ano 2011 (Cimi). Profa. Lúcia Helena Rangel (Ciências Sociais PUC-SP).
27/9 – 5ª. feira - 19h – DebateEscritores indígenas hoje. Escritor Daniel Munduruku, Emerson de O. Souza, Guarani, e Prof. Benedito Prezia (Pindorama), autores de A criação do mundo e outras belas histórias indígenas e Profa. Dorothea V. Passetti (Antropologia PUC-SP). Com lançamento do livro.
28/9 – 6ª. feira – 19h. sala 100 (prédio novo) – Sessão de encerramento dos 10 anos do Programa Pindorama. Com o Magnífico Reitor Prof. Dirceu de Melo; Prof. Hélio Deliberador (Pró-reitor de Relações Comunitárias); Prof. Miguel Perosa (coord. Pindorama), representante do Colégio Santa Cruz, Cursinhos Foco e Poli e lideranças indígenas.
MUSEU DA CULTURA:
Exposição: Crianças indígenas e escola (desenhos e brinquedos infantis). Mostra de livros de autores indígenas, livros paradidáticos, CD e filmes curta-metragens sobre a questão indígena.
Realização: Programa Pindorama e Museu da Cultura. 
Apoio: Cimi-Equipe Grande São Paulo, Pastoral Indigenista de São Paulo e Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos.

Escola de Cidadania da Zona Sul de São Paulo


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Lenda das árvores


Marilia Amaral*

O penúltimo tema do livro “Não será assim entre vós! Política e ética nas eleições”, do CEBI, é Uma escolha inteligente traz sucesso permanente.

A leitura da Bíblia que faremos é a lenda das árvores, do livro dos Juízes 9,8-15.


Ouçamos.
Um dia as árvores se puseram a caminho para ungir um rei que reinasse sobre elas.
Disseram à oliveira: ‘Reina sobre nós!’. A oliveira lhes respondeu: ‘Renunciaria eu ao meu
azeite, que tanto honra aos deuses como aos homens, a fim de balançar-me por sobre as
árvores?’.
Então as árvores disseram à figueira: ‘Vem tu, e reina sobre nós!’. A figueira lhes respondeu:
‘Iria eu abandonar minha doçura e o meu saboroso fruto, a fim de balançar-me por sobre as
árvores?’.
As árvores disseram então à videira: ‘Vem tu, e reina sobre nós!’. A videira lhes respondeu:
‘Iria eu abandonar minha doçura e o meu saboroso fruto, a fim de balançar-me por sobre as
árvores?’.
Então todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Vem tu, e reina sobre nós!’.
E o espinheiro respondeu às árvores: ‘Se é de boa fé que me ungis como rei sobre vós, vinde e
abrigai-vos à minha sombra. Se não, sairá fogo dos espinheiros e devorará os cedros do
Líbano’.
Palavra do Senhor.

A cartilha do CEBI nos oferece algumas sugestões de questões para refletirmos sobre essa
leitura, são elas:
Sobre a atitude das árvores da fábula, algumas delas não quiseram deixar suas funções, seus
serviços aos outros para governar.
Por que elas tiveram essa atitude?
Trazendo essa fábula para nossa realidade, poderíamos pensar que as árvores que não aceitaram reinar são pessoas
que não deixam seu serviço à comunidade a fim de se candidatarem. Essa atitude é correta ou
seria uma omissão ou até mesmo medo de se tornarem corruptas?
Quanto ao espinheiro, podemos concluir que todos aqueles que aceitam governar estão
fazendo isso somente pelo poder, já que não têm nada além de ‘espinhos’ para oferecer?
O fato das árvores terem pedido ao espinheiro que reinasse significa que também nós confiamos
nosso voto em pessoas desonestas? Se fazemos isso, essa nossa escolha é consciente?
Será que percebemos o mal que tais escolhas podem trazer para nossas comunidades?
Essa atitude é cristã?
Vocês conseguem perceber, no final da lenda, uma sugestão de domínio, ameaça, opressão e
controle do poder sobre as pessoas e as instituições?
Hoje começou a propaganda eleitoral gratuita. Peçamos a Deus que consigamos distinguir as
oliveiras, figueiras e videiras dos espinheiros que nos são oferecidos; porque muitos

espinheiros nos oferecerão sua sombra para esconder a dor de sermos tocados por seus
espinhos.


*Membro da Pastoral Fé e Política - Região Episcopal Santana.
Programa exibido da Rádio 9 de julho em 20/08/2012.
                                                                                                                    


O quê pode e o quê não pode nas eleições






Marilia Amaral*

Voltamos mais uma vez a falar sobre o quê pode e o quê não pode nas eleições.
Hoje, então, vamos falar do que nos é comum: a imprensa. Lembrando que essa matéria é
baseada no material preparado pelo Marlon Lelis de Oliveira do MCCE, segundo a Resolução
nº 23.370/2011.
Comecemos então com JORNAIS E REVISTAS.
O quê PODE ser feito: até a antevéspera das eleições, é permitida a divulgação paga, na
imprensa escrita, e a reprodução na internet do jornal impresso. É importantíssimo nos
atentarmos que no anúncio deverá constar o valor pago pela inserção, de forma visível.
Uma observação importante é que É PERMITIDA a divulgação de opinião favorável a
candidato, a partido político ou a coligação pela imprensa escrita, desde que não seja matéria
paga; todavia os abusos e os excessos devem ser apurados e punidos.
NÃO PODE
A publicação de propaganda eleitoral não deve exceder 10 anúncios, por veículo, em datas
diversas, para cada candidato, no espaço máximo, por edição, de 1/8 (um oitavo) de página de
jornal padrão e de 1/4 (um quarto) de página de revista ou tabloide.

E para RÁDIO E TELEVISÃO?
Pode
Apenas para a propaganda eleitoral gratuita, veiculada nos 45 dias anteriores à antevéspera
das eleições (em 2012, este período corresponderá ao intervalo entre os dias 21 de agosto e
04 de outubro, inclusive).
Não Pode
Desde o dia 1º de julho está vedado que durante a programação normal e noticiário, as
emissoras de rádio e televisão:
I – transmitam, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de
pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível
identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados;
II – veiculem propaganda política;
III – deem tratamento privilegiado a candidato, partido político ou coligação;
IV – veiculem ou divulguem filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com
alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto
programas jornalísticos ou debates políticos;
V – divulguem nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção.


Qualquer irregularidade, ligue para o Disque Denúncia Eleitoral:
4003-0278 – CAPITAL E REGIÃO METROPOLITANA
0800 88 10 278 – DEMAIS REGIÕES
Finalmente, quero lembrar que o TSE disponibilizou o nome, prestação de contas e programas
eleitorais dos candidatos.
http://divulgacand2012.tse.jus.br/divulgacand2012/abrirTelaPesquisaCandidatosPorUF.action
?siglaUFSelecionada=SP

Como o endereço é longo, vocês poderão encontrá-lo acessando meus artigos pelo site da
Pastoral Fé e Política: www.pastoralfp.com
Jesus disse: "conheceis a verdade e ela vos libertará". Temos que conhecer quem são nossos
candidatos para libertar o povo de Deus que está sofrendo nesse imenso Brasil.


*Membro da Pastoral Fé e Política - Região Episcopal Santana.
Programa exibido da Rádio 9 de julho em 18/09/2012.
                                                                                                                    


Eles punham tudo em comum


Marilia Amaral*
Estava lendo um texto de Leonardo Boff, onde ele fala sobre o novo Presidente da Congregação da Doutrina da Fé, o bispo Gerard Müller e transcreve o pronunciamento feito pelo bispo em 2009 a respeito da Teologia da Libertação.
Dom Gerard Müller termina sua fala com uma citação dos Atos dos Apóstolos que permito-me repetir para vocês, acrescentando o versículo que introduz o trecho. Está em At 2,42-47.
"Eles mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações. Apossava-se de todos o temor, pois numeroso era os prodígios e sinais que se realizavam por meio dos apóstolos.
Todos os que tinham abraçado a fé reuniam-se e punham tudo em comum: vendiam suas propriedades e bens, e dividiam-nos entre todos, segundo as necessidades de cada um. Dia após dia, unânimes, mostravam-se assíduos no Templo e partiam o pão pelas casas, tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e gozavam da simpatia de todo o povo. E o Senhor acrescentava a cada dia ao seu número os que seriam salvos." Palavra do Senhor.
Esse texto da Bíblia parece até com aquele dilema: "Quem veio primeiro: o ovo ou a galinha?", mas vai além. Aqui teríamos o questionamento: "A comunidade dividia seus bens segundo suas necessidades porque tinham abraçado a fé (logo, era um sinal da ressurreição de Jesus) ou abraçavam a fé porque viam que a comunidade era capaz de dividir seus bens segundo suas necessidades? A assiduidade da oração é que transformava suas vidas ou por suas vidas terem sido transformadas as pessoas perseveravam na oração?".
Complicou? Então vamos por partes e assim procurar descobrir onde estamos errando por não conseguir viver da mesma forma.
No primeiro versículo, Lucas nos fala (já que é atribuída a ele a autoria do livro dos Atos dos Apóstolos) que "eles mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações".
O que esse versículo nos recorda? A Liturgia, talvez. Já que nela temos a Leitura da Bíblia, ou seja, o ensinamento dos apóstolos; a comunhão fraterna, no nosso ofertório; a fração do pão, na Eucaristia; e as orações.
Vivendo a Eucaristia eles eram capazes de realizar prodígios e sinais. Aqui já percebemos que estamos em desvantagem, talvez porque não estejamos tão assíduos na participação da Liturgia; muitas vezes nos atentamos a cumprir o ritual de ir todos os domingos à missa, mas sem necessariamente viver a dimensão litúrgica, já que aprender o que os apóstolos nos ensinaram sobre Jesus Cristo implica necessariamente em conversão, em viver uma realidade onde o "eu" não importa mais, mas sim o "nós".

Viviam tanto o "nós" que colocavam tudo em comum. Tenho visto muitas pessoas, nas redes sociais, dizerem que não vão votar mais. E as razões são sempre individuais.
Dificilmente encontramos uma pessoa dizer que este ou aquele político decepcionou a comunidade que tinha votado nele, porque quando a comunidade escolhe um representante ela governa junto, ela legisla junto e ela supervisiona também. E pensando por esse lado, é fácil de entender porque no Brasil existe tanta desigualdade, porque até agora somente os banqueiros, as empreiteiras, as imobiliárias é que conseguiram se organizar dessa forma.
Assim como os primeiros cristãos, precisamos colocar nosso voto em comum, para mudarmos a vida dos que mais necessitam.

*Membro da Pastoral Fé e Política - Região Episcopal Santana.
Programa exibido da Rádio 9 de julho em 17/09/2012.


Falar abertamente e sem medo



Marilia Amaral*
Como temos falado nas últimas semanas sobre o Disque Denúncia Eleitoral, quero fazer uma pausa hoje para ouvirmos o que Jesus tem a nos dizer sobre isso.
Há alguns dias estava conversando com uma amiga minha que disse que na cidade onde ela nasceu, perto de Juazeiro do Norte, no Ceará, a coisa mais comum é a compra de votos. E parece que ela mesma não entende a gravidade do problema.
Quando falamos sobre as Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste parece que estamos falando de outro mundo, como se a lei não valesse para essas regiões. E sabe-se que é justamente nesses lugares onde encontramos um povo mais sofrido, com realidades sociais mais desumanas.
A forma cruel que fez com que essas vozes se calassem nos intimida; receamos ter o mesmo destino, tememos por aqueles que amamos. 
Mas Jesus nos encoraja: 
"Não tenhais medo deles, portanto. Pois nada há de encoberto que não venha a ser descoberto, nem de oculto que não venha a ser revelado. O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia: o que vos é dito aos ouvidos, proclamai-o sobre os telhados. Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei antes aquele que pode destruir a alma e o corpo na geena. Não se vendem dois pardais por um asse? E, no entanto, nenhum deles cai em terra sem o consentimento do vosso Pai! Quanto a vós, até mesmo os vossos cabelos foram todos contados. Não tenhais medo, pois valeis mais do que muitos pardais."
Jesus nos encoraja a não temer e é nesse sentido que o Disque Denúncia Eleitoral vem para nos ajudar, já que o Ministério Público é "é o grande defensor dos interesses do conjunto da sociedade brasileira", e é para ele que as denúncias serão encaminhadas.
Lembrando que o número do telefone para as capitais e regiões metropolitanas é o 4003-0278 e o das demais regiões é o 0800 881 0278.
Como cristãos, precisamos encarnar o compromisso com o Evangelho para podermos construir o reino de Deus aqui na Terra.

*Membro da Pastoral Fé e Política - Região Episcopal Santana.
Programa exibido da Rádio 9 de julho em 12/09/2012.

Reunião da CPI dos Incêndios

Reunião da CPI dos Incêndios
Dia 26/09/2012, às 12h00
Câmara Municipal de São Paulo, Viaduto Jacareí, nº. 100, Bela Vista (8º andar - Sala Tiradentes)


Somos conhecedores da realidade da cidade de São Paulo e das diversas frentes das quais as PASTORAIS SOCIAIS deveriam estar presentes e, ainda sabemos que somos poucos, que não temos estrutura, que não temos tempo, que temos muito trabalho.......mas na favela, recentemente queimada tinha criança, adolescente, jovens, famílias, trabalhador(a), migrantes, mulheres, descendentes de índios,.....(identificou a sua pastoral?). A  realidade das Favelas, na cidade não é problema, apenas, da PASTORAL DA MORADIA vamos nos unir, estarmos juntos e contribuir neste momento tão difícil.

Fonte: Fórum das Pastorais Sociais da Arquidiocese de São Paulo


Fogo na Favela do Moinho
Nesta segunda-feira, dia 17 de setembro de 2012, aproximadamente 80 barracos foram atingidos pelas chamas na Favela do Moinho, região central. Este incêndio deixou mais de 300 pessoas sem moradia e uma vítima fatal. É o segundo incêndio na Favela.  O primeiro aconteceu dia 23 de dezembro de 2011.
No início da tarde a polícia prendeu um suspeito de colocar fogo em um barraco, mas as informações ainda estão sendo confirmadas. Às 16 horas os bombeiros ainda faziam o controle de pequenos focos, ma o fogo já estava controlado.
 
LINKs para os vídeos produzidos pela Rede Rua
 
 
 
Convocação Geral  - Encontro na Câmara Municipal dia 26 de setembro às 12 horas na CPI dos Incêndios
A associação dos moradores do Moinho preparou uma carta aberta aberta relatando e denunciando a situação do Moinho após a ocorrência de um segundo incêndio na comunidade em menos de nove meses.
O Escritório Modelo “Dom Paulo Evaristo Arns” apoia essa manifestação dos moradores do Moinho. A União dos Movimentos de Moradia (UMM), Frente de Luta por Moradia (FLM) e Central de Movimentos Populares (CMP) também já manifestaram seu apoio a essa carta aberta.
Ajudem a divulgar. Além disso, as pessoas ou entidades que pretenderem apoiar os moradores do Moinho podem enviar um email para projetosescmodelo@pucsp.br.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

As eleições municipais e a formação da opinião política por parte dos eleitores



Pedro Aguerre*
O Brasil está próximo de mais uma eleição municipal. Desde o fim da ditadura até hoje foram sete eleições municipais. Na cidade de São Paulo ganharam mandatos populares Mário Covas, Jânio Quadros, Luiza Erundina, Paulo Maluf, Celso Pitta, Marta Suplicy, José Serra e Gilberto Kassab. E nenhum desses foi reeleito. No máximo, como é o caso do atual, tivemos o afastamento do titular, após tão-somente 13 meses de governo, para disputar outras eleições, deixando o governo na mão do vice, que, aí sim, após três anos de mandato, sentado na cadeira de Prefeito, disputou e ganhou as eleições de 2006, o que lhe garantiu, ao todo, sete anos consecutivos de gestão. Pensando nas grandes cidades brasileiras, poucas tiveram continuidade política por muitos anos, o que nos permite dizer que a alternância do poder é uma tradição bastante consolidada nas eleições municipais.
Nas demais cidades da Grande São Paulo, em geral, as dinâmicas políticas locais também marcam as disputas eleitorais, permitindo antever uma situação de certo equilíbrio entre forças políticas de diferentes orientações, sejam aquelas chamadas conservadoras ou progressistas.
Esta realidade nem sempre é estampada pela mídia, que às vezes dedica mais atenção à eleição norte-americana e opta por concentrar o noticiário com poucas questões, como é o caso do julgamento em curso no STF. Apesar da importância do caso, surpreende a linha editorial adotada quando ocupa o tempo dos espectadores mostrando resultados parciais, longos debates sobre cada voto de cada um dos ministros do Supremo, ao longo de semanas e mais semanas. Essa opção deixa em segundo plano a discussão das causas, dos problemas da legislação eleitoral, do financiamento de campanhas, da reforma política, conforme temos tentado insistir neste espaço. Imaginem se as grandes redes de televisão se envolvessem com o abaixo assinado pela reforma política como o fizeram, em certo momento, com a Ficha Limpa!!
Em compensação, pouco espaço é dedicado às realizações ou falhas dos prefeitos, aos graves problemas das cidades, às necessidades da população nas grandes cidades, e quase nunca esta reflexão ocupa os horários nobres, como se o que fazem e deixam de fazer os políticos em nossas cidades não fosse um assunto importante. E temas como os níveis de aprovação dos políticos e de suas gestões, se cumpriram os compromissos ou não, e o diálogo sobre os planos de governo e os compromissos assumidos pelos candidatos, ficam, infelizmente, para trás.
Com tudo isso, o debate e a reflexão política do dia-a-dia na sociedade – nas ruas, nos espaços de trabalho e nos transportes coletivos – acabam muitas vezes marcados por alguns tipos de opinião como “são todos iguais”, “político não presta”, e coisas assim que acabam gerando um certo curto-circuito, pois a maioria da população compreende que a política não é um mal em si mesmo, mas um caminho que segue paralelamente à vida social, às vezes pior, às vezes melhor, mas que é um dos principais caminhos que temos à disposição. Tanto é assim que os níveis de prestígio dos governantes nem sempre são negativos, muitas vezes suas práticas são valorizadas e respeitadas, quando não admiradas!
Mas há, além do voto, outras formas de participação muito importantes. O movimento Ficha Limpa, que inaugurou seu novo sítio no endereço www.fichalimpa.org.br, é um ótimo exemplo das lutas da população organizada por uma nova política. A Lei Ficha Limpa, que foi aprovada graças à mobilização de milhões de brasileiros tornou-se um marco fundamental para a democracia dando um novo valor à luta contra a corrupção e a impunidade no país buscando a valorização do voto popular.
No novo sítio podemos ver os instrumentos de denúncia que temos à disposição observando dá frutos de uma conquista verdadeiramente coletiva. Entre as notícias que lá encontramos, verificamos, por exemplo, que os Procuradores Regionais Eleitorais do Estado de São Paulo já analisaram 504 casos de impugnação de registro de candidatura que envolveram a aplicação da Lei da Ficha Limpa levando o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) a indeferir 78 registros de candidatos a prefeito, 14 a vice-prefeito, e 160 a vereador, números que tendem a aumentar.
Mas neste momento, a prioridade é garantir a melhor qualidade possível para o exercício do voto! Por isso, me permitirei insistir: verificaram os candidatos e candidatas a vereador? Consultaram pessoas de confiança em suas comunidades? Encontraram pessoalmente? Viram a propaganda eleitoral verificando quais os candidatos que acompanham candidatos e candidatas à Prefeitura de sua cidade, sejam por um partido ou por uma coligação? Podemos supor que muitos ouvintes terão grande dificuldade para chegar em nomes que lhes passem realmente confiança. E boas intenções não bastam, infelizmente... Para estes eleitores uma boa solução pode ser votar na legenda do partido preferido. Com isto se fortalecem os partidos e vai se criando uma cultura política de valorização do parlamento, evitando a dúvida diante daquela pergunta que se tornou tão desconfortável: você lembra em quem votou na última eleição?

*Professor da PUC-SP, colaborador da Pastoral Fé e Política e da Escola de Governo de São Paulo.
Programa da  Pastoral Fé e Política exibido na Rádio 9 de Julho em 19/09/2012.

NÃO É DO CÉU

          


J. Thomaz Filho*

Não pode ser do céu todo esse medo,
pois, quando viu errado, Deus agiu.
Não veio destruir, como um torpedo,
não veio pra adestrar nenhum canil.

Pois, quando viu errado, Deus agiu:
nasceu no nosso meio, uma criança!
Não veio pra adestrar nenhum canil,
foi luz, foi sal, fermento, só esperança!

Nasceu no nosso meio, uma criança;
cresceu e foi coragem sem tamanho;
foi luz, foi sal, fermento, só esperança,
atento à voz do Pai – esse o seu ganho!

Cresceu e foi coragem sem tamanho:
desmascarou as leis e autoridades,
atento à voz do Pai – esse o seu ganho!
A todo sofredor só fez bondades!

Desmascarou as leis e autoridades
e tudo resumiu na lei do amor.
A todo sofredor só fez bondades.
Não trouxe maldições, trouxe vigor!

E tudo resumiu na lei do amor!
Doutrina e culto – dados subalternos.
Não trouxe maldições, trouxe vigor!
O nosso desafio – sermos fraternos.

Doutrina e culto – dados subalternos.
Plantar a paz com paz – eis o segredo!
O nosso desafio – sermos fraternos!
Não pode ser do céu todo esse medo!

Escritor, poeta, compositor, professor de ética, reflexão bíblica e formação cristã. 
Colaborador da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo
Contato: jthf@ig.com.br

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Informações sobre os candidatos a vereador e a prefeito da cidade de São Paulo



Edson Silva*
Prezados leigos e leigas,
Indicamos abaixo  o link do site Tribunal Superior Eleitoral, onde pode-se obter informações sobre cada um dos 1227 candidatos a vereador e os 12 candidatos a prefeito da cidade de São Paulo (com ABAS para verificar perfil completo – declaração de bens – certidões criminais – prestação de contas):
E reforçamos a campanha:
DISQUE DENÚNCIA ELEITORAL
(Agora com protocolo para o acompanhar o andamento da denúncia)
4003 0278 - capitais e regiões metropolitanas
0800 881 0278 - demais localidades
De segunda a sexta das 08h às 20h - sábados das 08h30 as 14h
Apoio: PNBE, MPSP, MCCE, MPF
Divulgação: CNLB, CLASP, Pastoral de Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo
FAÇA A SUA PARTE:   LIGUE E DENUNCIE IRREGULARIDADES ELEITORAIS

*Presidente do CLASP – Conselho de Leigos da Arquidiocese de São Paulo

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Campanha da Fraternidade, terra e trabalho


 

Todas as pessoas precisam ter seus dreitos concretamente garantidos, mas, infelizmente, diversos fatores tem deixado muitos de nossos irmãos que vivem no campo sem condições de trabalhar e se sustentar dignamente. Entre estes, merece destaque a ganancia do agronegócio, que além de agredir ao meio ambiente, coloca o lucro acima dos direitos humanos e direta ou indiretamente afeta todos nós. O trabalho digno no meio rural é fundamental para toda a sociedade. É lá que a maior parte do nosso alimento é produzido. Há diversas Campanhas da Fraternidade com temas relacionadas com o assunto, por exemplo,
  • 1978 tema
"Fraternidade no mundo do trabalho" e lema "Trabalho e justiça para todos"
  • 1986 
tema "Fraternidade e Terra" e lema "Terra de Deus, Terra de irmãos"
  • 1991 tema "A Fraternidade e o Mundo do Trabalho" e        
"Solidários na dignidade do Trabalho"
  • 2011
 tema "Fraternidade e a Vida no Planeta"    e lema "A criação geme em dores de parto"
É fundamental que o povo esteja unido para que se possa enfrentar as injustiças. Podemos ver publicado no site www.adital.com.br um ótimo exemplo dessa união.

Um encontro histórico de camponeses 
MST
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Brasil
Adital
Esperamos que o resultado seja a construção de uma unidade programática, em torno de pontos comuns, para enfrentar os mesmos inimigos
Entre os dias 20 e 22 de agosto, no Parque da Cidade em Brasília (DF), se realiza um encontro nacional de todos os movimentos sociais e entidades que atuam no meio rural brasileiro.
Lá estarão os representantes do movimento sindical como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), dos movimentos sociais do campo vinculados a Via Campesina Brasil como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Estarão também os movimentos de pescadores e pescadoras artesanais do Brasil e representantes das centenas de agrupamentos quilombolas esparramados pelo país.
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) também marcarão presença com a questão indígena. As pastorais sociais que atuam no meio rural, como Comissão Pastoral da Terra (CPT), Cáritas, Pastoral da Juventude etc., e também dezenas de outros movimentos regionalizados ou de nível estadual se farão presentes.
Assim, será portanto, um encontro unitário, plural e expressivo de todas as formas de organização e representação que existem hoje no meio rural brasileiro, abrangendo desde os assalariados rurais, camponeses, pequenos agricultores familiares, posseiros, ribeirinhos, quilombolas, pescadores e povos indígenas. Todos unidos, independente da corrente política ou ideológica a que se identificam.
Esse encontro será histórico, porque que na trajetória dos movimentos sociais do campo essa unidade somente havia ocorrido uma vez, em novembro de 1961, quando se realizou em Belo Horizonte (MG) o I Congresso Camponês do Brasil. Naquela ocasião também se unificaram todos os movimentos, de todas as correntes políticas-ideológicas, desde o PCB, PSB, esquerda cristã, PTB, brizolistas e esquerda radical.
A unidade foi necessária, apesar da diversidade, para cerrar fi leiras contra a direita e dar força ao novo governo popular de João Goulart para assumir a bandeira da reforma agrária e elaborar uma lei inédita de reforma agrária para o país. Daí que o lema resultante dos debates e que iria orientar a ação prática dos movimentos foi "Reforma agrária: na lei ou na marra!”
Passaram-se 50 anos para que, mais uma vez, todas as formas de organização da população que vive no campo viessem a se reencontrar. E agora com uma representação ainda maior, acrescida dos quilombolas, pescadores e povos indígenas, que na época nem se reconheciam como formas organizativas de nosso povo.
E por que foi possível realizar esse encontro? Por várias razões. Primeiro, porque o capital está em ofensiva no campo. Sob a hegemonia do capital financeiro e das empresas transnacionais está impondo um novo padrão de produção, exploração e espoliação da natureza: o agronegócio. E o agronegócio construiu uma unidade, uma aliança do capital, aglutinando o capital financeiro, as corporações transnacionais, a mídia burguesa e os grandes proprietários de terra. E essa aliança representa hoje os inimigos comuns para toda a população que vive no meio rural, e que depende da agricultura, da natureza, da pesca, para sobreviver.
Em segundo lugar, porque estamos assistindo à subserviência do Estado brasileiro, em suas várias articulações a esse projeto. O poder Judiciário, as leis e o Congresso Nacional operam apenas em seu favor.
Em terceiro lugar, estamos assistindo a um governo federal dividido. Um governo de composição de forças, que mescla diversos interesses, mas que o agronegócio possui maior influência, seja nos ministérios seja nos programas de governo.
Em quarto lugar, percebeu-se que essa forma de exploração e de produção do agronegócio está colocando em risco o meio ambiente, a natureza e a saúde da população, com o uso intensivo de agrotóxicos, que matam. Matam a biodiversidade vegetal e animal e matam indiretamente os seres humanos, com a proliferação de enfermidades, em especial o câncer, como têm denunciado os cientistas da área de saúde.
Em quinto lugar, porque o país precisa de um projeto de desenvolvimento nacional, que atenda aos interesses do povo brasileiro e não apenas do lucro das empresas. Nesse projeto, a democratização da propriedade da terra e a forma como devemos organizar a produção dos alimentos é fundamental.
Em sexto lugar, é necessário que se reoriente as políticas públicas, de forma prioritária para preservar o meio ambiente, produzir alimentos saudáveis com garantia de mercado, e garantia de renda e emprego para toda a população que mora no interior.
Em sétimo lugar, é necessária colocar na pauta prioritária dos movimentos sociais do campo a democratização do acesso à educação, em todos os níveis. Desde um programa massivo de alfabetização, que tire da escuridão os 14 milhões de adultos brasileiros que ainda não sabem ler e escrever, até garantir o acesso ao ensino médio e superior aos mais de 3 milhões de jovens que vivem no meio rural.
Tudo isso será debatido durante os três dias do Encontro Nacional de Trabalhadores Rurais.
Esperamos que o resultado seja a construção de uma unidade programática, em torno de pontos comuns, para enfrentar os mesmos inimigos, como também se possa avançar para construir uma agenda de lutas e mobilização unitária para 2013.
Salve o II encontro nacional de todos os trabalhadores e populações que vivem no interior do Brasil!


Para construirmos um mundo mais justo, não se pode aceitar que a ganância de alguns grupos tire de nossos irmãos o direito de cultivar a terra e sustentar sua família com os frutos do próprio trabalho. Todos aqueles que contribuem para produzir nosos alimentos precisam ter as necessidades básicas satisfeitas. 

*Membro da Pastoral Fé e Política - Região Belém