quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Breve balanço das eleições municipais e a retomada da luta por uma nova política

Pedro Aguerre*


Grande marca do segundo semestre deste ano de 2012, o processo eleitoral vai chegando ao final. O segundo turno da eleição envolveu 50 cidades e quase 32 milhões de eleitores e seus resultados, somados com os do primeiro turno, redefinem o cenário político nacional. Sobre a eleição faremos alguns breves comentários, para, em seguida, propor uma reflexão mais ampla sobre a nova política que desejamos para a construção de um futuro mais promissor do ponto de vista da cidadania.
Inicialmente, uma curiosidade que será lembrada por muitos anos pelos analistas políticos no processo eleitoral é a da estranha coincidência da sobreposição ao calendário eleitoral do julgamento da ação 470, com aquela inédita exploração televisiva do mensalão. A evidente influência, contudo, não conseguiu mudar totalmente os rumos da eleição, que ficou marcada pela discussão dos projetos para as cidades e pelos confrontos legítimos entre partidos.
As análises veiculadas não deixam dúvidas de que o campo governista terminou fortalecido: PT, PMDB, PSB e até o novato e incerto PSD conseguiram fortes posicionamentos no cômputo geral. Os partidos de oposição, como o PSDB perderam, no conjunto, mas com performance significativa em vários estados e cidades. Impossível não destacar a vitória de Fernando Haddad em São Paulo naquela que é considerada a jóia da coroa da eleição de 2012, encerrando os oito anos da gestão que havia se iniciado, justamente, com José Serra, em 2004.
A primeira anotação de hoje é sobre o nível de abstenção de 19%, maior que os 16% no primeiro turno. Apesar do alarmismo criado em torno de um suposto desinteresse dos eleitores pela política, o cientista Jairo Nicolau destacou que o motivo principal dessa alta abstenção é dos cadastros da justiça eleitoral e que nos lugares onde eles foram atualizados, a abstenção foi a metade da média nacional, englobando as “pessoas que deixam de votar porque estão doentes, viajaram, passaram dos 70 anos e que estão insatisfeitas com o processo eleitoral". Portanto, o eleitor não deixou de se interessar pela política, até por que, segundo o analista, "o brasileiro sabe que o voto é obrigatório e que pode ser punido."
A segunda anotação é sobre a realidade surgida após a eleição. Se é verdade que as novas gestões municipais têm grandes desafios pela frente, os desafios não são menores para a sociedade civil e os movimentos sociais!!!  O grande índice de alternância de poder mostra desejo de mudança e, de certa forma, cansaço e fastio diante da agudização dos problemas nas cidades, como mobilidade, habitação, saúde e educação. Esta situação é acompanhada de um rejuvenecimento da política, com uma geração de políticos mais jovens que os que deixarão o poder em 31 de dezembro, seja pela entrada em cena de políticos de novo perfil, seja pela pouca idade de grande parte dos eleitos. O desafio, neste aspecto é duplo, ou seja, pede intensa participação direta na implementação de políticas públicas, em acordo com os programas vitoriosos e também, convoca a um novo olhar sobre as câmaras legislativas municipais.
Por fim, outra grande vitoriosa desta eleição foi a Lei da Ficha Limpa. Candidatos impugnados, processos julgados, impedimento de candidaturas e inúmeras situações ainda em fase de julgamento pelo Supremo Tribunal Eleitoral mostram sua importância e sua incorporação definitiva à cultura política nacional.
Não obstante isso, ainda há um longo caminho a percorrer. Esta eleição também se caracterizou pela força do poder econômico, na dinâmica das coligações partidárias, dos recursos à disposição dos candidatos, do altíssimo custo da propaganda eleitoral. Desta forma fica difícil saber a quem os eleitos devem lealdade, se ao povo ou seus financiadores privados. A compra de votos, segundo denúncias ainda em fase de apuração ou relatadas informalmente por cidadãos de norte a sul do País, ainda campeou solto em várias regiões e cidades do País.
É por isso que o MCCE – Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral ainda alerta para a importância de relatar denúncias às Procuradorias Regionais Eleitorais ou ao Disque denúncia.
Por fim, encerrado o período eleitoral, o movimento que combate a corrupção eleitoral - MCCE convoca para participação na Reforma Política. http://www.reformapolitica.org.br/  .
Finalizadas as eleições municipais a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político reafirmou, conforme o evento realizado em Brasília em 17 de outubro passado, a necessidade de mudanças estruturais na política brasileira. Para tanto lançou uma série de materiais de estudo e debate sobre as propostas da Iniciativa Popular para a Reforma do Sistema Político. São dois vídeos (um sobre Democracia Direta outro sobre Democracia Representativa), uma cartilha cinco postais que, de forma didática, artística e aprofundada, apresentam as principais propostas de mudanças no sistema político brasileiro, de forma a ampliar a participação e o poder popular nas principais decisões das cidades, dos estados e do país.  Os materiais buscam não só informar como contribuir decisivamente para o recolhimento de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular, lançado em 2011 pela Plataforma, aos moldes da Lei da Ficha Limpa, que necessita de 1,5 milhões de assinaturas.

*Professor da PUC-SP, colaborador da Pastoral Fé e Política e da Escola de Governo de São Paulo 
Programa da Pastoral Fé e Política exibido na Rádio 9 de julho em 31/10/2012.

Santo Dias da Silva


Santo Dias da Silva         santodias1 
 
Nasceu em 22 de fevereiro de 1942, em São Paulo, filho de Jesus Dias da Silva e Laura Amâncio.
 
Operário metalúrgico, era motorista de empilhadeira da Metal Leve S/A. Antes havia sido lavrador, colono, diarista e bóia-fria. Em 1961, foi expulso, com a família, das terras onde era colono, por exigir registro de carteira profissional, como era lei. Trabalhador em fábrica, foi demitido por participar de campanhas coletivas por aumento de salário e adicional de horas extras.
 
Líder operário bastante reconhecido no meio dos trabalhadores,era casado e pai de dois filhos.
 
Após sua covarde morte, como homenagem de sua luta e seu exemplo, foi criado o Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo.
 
Santo era membro da pastoral operária de São Paulo, representante leigo ante a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, membro do Movimento Contra a Carestia, candidato a Vice-presidente da chapa 3, da Oposição no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e integrante do Comitê Brasileiro pela Anistia - CBA/SP. As
 
Assassinado friamente pela PM paulista quando comandava um piquete de greve no dia 30 de outubro de 1979, em frente à fabrica Silvânia, em Santo Amaro, bairro da região sul.
 
Relato da morte de Santo Dias, publicado no Boletim do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, encontrado no Arquivo do DOPS/SP:
 
“Os policiais estavam puxando o Espanhol por um lado. Do outro, Santo segurava o companheiro. Começou então a violência, com tiros para cima e, depois, eu vi o Santo ser atingido na barriga, de lado, e o tiro sair de outro lado. Escutei três gritos: ai, ai, ai. E o Santo caiu no chão.
 
O metalúrgico Luís Carlos Ferreira relatou assim a morte de Santo Dias da Silva, no depoimento que prestou à Comissão de Justiça e Paz, que também ouviu mais duas outras testemunhas sobre a morte do companheiro. Segundo Luís Carlos afirmou à Comissão, ele estava a uns seis metros de distância de Santo Dias, no momento em que ele foi baleado.
 
Os policiais continuaram a perseguir outros - prossegue Luís Carlos no seu depoimento. ‘Eu fiquei atrás de um poste e posso, com toda segurança, reconhecer o policial que atirou no Santo: tem cerca de um metro e oitenta, alto, forte e aloirado. E pude ver, depois, na delegacia que ele tem uma falha na arcada dentária. Vi ele bem, quando eu estava sendo levado preso no Tático Móvel 209.
 
Luís Carlos lembra que havia cerca de 50 operários no piquete, que nunca usou de violência, pois só fazíamos o trabalho de conscientização. Ele também desmente a versão de que os trabalhadores teriam iniciado o conflito, afirmando que quando chegamos na porta da Sylvânia, tinha uns quatro ou cinco policiais guardando o local. Não houve nenhum atrito com eles e nenhum de nós estava armado.
 
Luís Carlos Ferreira reconheceu o soldado Herculano Leonel como o autor do disparo que matou o operário.
 
Correndo, assustados e ao mesmo tempo com raiva do ocorrido, os companheiros entraram na sede com a notícia parada na garganta: ‘Mataram o Santo’. Num primeiro momento, a dúvida e, após a confirmação, a dor. A repressão diante da Sylvânia, local para o qual Santo se dirigira com a finalidade de acalmar os ânimos, dissolveu a tiros o piquete; fez um ferido (João Pereira dos Santos) e um morto, Santo Dias da Silva. A triste notícia correu de boca em boca. As autoridades procuravam esvaziar e eximir-se da culpa.
 
Imediatamente começou a mobilização dos trabalhadores para protestar contra o assassinato. A polícia não queria nem mesmo liberar o corpo. Depois da interferência de outros sindicalistas e parlamentares, o corpo de Santo chegou à Igreja da Consolação onde foi velado pelo povo de São Paulo. A tristeza se misturava com a incredulidade e a raiva contra os assassinos. Milhares de pessoas desfilaram diante do caixão aberto de Santo, prestando sua homenagem ao novo mártir da luta operária, que estampava no seu rosto um leve sorriso de tranquilidade.
 
Já na madrugada, o povo continuava a rezar por Santo e a se preparar para a grande marcha até a Sé, local fixado para a cerimônia de encomendação do corpo.
 
Às 8:00h da manhã a movimentação diante da Consolação era grande: metalúrgicos, estudantes, todos querendo levar Santo. Saindo da Consolação às 14:10h, o cortejo com faixas e palavras de ordem contava com mais de 10 mil pessoas. Dos prédios caiam papeis picados, um sinal silencioso de solideariedade. Novos manifestantes se acresciam ao cortejo e as palavras de ordem se sucediam: ‘A Luta Continua’, ‘A polícia dos patrões matou um operário’‘Você está presente, companheiro Santo’...”
 

Ensino Social Cristão


Caminhada e Fórum em defesa da vida


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Nota sobre o suposto suicídio coletivo dos Kaiowá de Pyelito Kue



O Cimi entende que na carta dos indígenas Kaiowá e Guarani de Pyelito Kue, MS, não há menção alguma sobre suposto suicídio coletivo, tão difundido e comentado pela imprensa e nas redes sociais. Leiam com atenção o documento: os Kaiowá e Guarani falam em morte coletiva (o que é diferente de suicídio coletivo) no contexto da luta pela terra, ou seja, se a Justiça e os pistoleiros contratados pelos fazendeiros insistirem em tirá-los de suas terras tradicionais, estão dispostos a morrerem todos nela, sem jamais abandoná-las. Vivos não sairão do chão dos antepassados. Não se trata de suicídio coletivo! Leiam a carta, está tudo lá. É preciso desencorajar a reprodução de tais mentiras, como o que já se espalha por aí com fotos de índios enforcados e etc. Não precisamos expor de forma irresponsável um tema que muito impacta a vida dos Guarani Kaiowá. 

O suicídio entre os Kaiowá e Guarani já ocorre há tempos e acomete sobretudo os jovens. Entre 2000 e 2011 foram 555 suicídios entre os Kaiowá e Guarani motivados por situações de confinamento, falta de perspectiva, violência aguda e variada, afastamento das terras tradicionais e vida em acampamentos às margens de estradas. Nenhum dos referidos suicídios ocorreu em massa, de maneira coletiva, organizada e anunciada.

Desde 1991, apenas oito terras indígenas foram homologadas para esses indígenas que compõem o segundo maior povo do país, com 43 mil indivíduos que vivem em terras diminutas. O Cimi acredita que tais números é que precisam de tamanha repercussão, não informações inverídicas que nada contribuem com a árdua e dolorosa luta desse povo resistente e abnegado pela Terra Sem Males.

Conselho Indigenista Missionário, 23 de outubro de 2012

De força à luta dos guarani-kaiowa

Um integrante da Aty Guasu (Grande Assembleia Guarani Kaiowa ) vai contar o que está acontecendo. Os conflitos estão cada vez mais sangrentos, a situação se agrava no MS.

Dia 31 de outurbo, 18hprédio da Ciências Sociais e Filosofia da USP
com Dora Martins - Associação Juízes para a Democracia
         Spency Pimentel - antroólogo da USP
        uma liderança da Aty Guasu


Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares se reúne novamente no dia 31 de outubro


A Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares se reúne novamente no dia 31 de outubro, às 19 horas, na Ação Educativa (Rua General Jardim, nº 660, Vila Buarque, São Paulo), para continuar as discussões sobre os novos rumos da luta contra as usinas nucleares no Brasil.


Chico Whitaker traz de Brasília uma série de boas notícias para o avanço de nosso trabalho, inclusive a criação formal de uma seção da Coalizão por lá.
Dia 30 às 10 da manhã haverá um debate sobre energia eólica no Brasil no IEA (Rua Praça do Relógio, 109, bloco K, 5º andar, Cidade Universitária, São Paulo). 
Veja mais detalhes no nosso site (http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br).
Nosso abraço e até quarta-feira.
Luís Carlos, responsável pelo site da Coalizão.

Impacto da construção de usinas hidrelétricas



Filipe Thomaz*

Uma questão que precisa ser muito bem avaliada no Brasil é a construção de usinas hidrelétricas. Além de pensar em aumentar a geração de energia elétrica, precisamos, também, aprender a viver em harmonia como meio ambiente e respeitar o espaço de todas as pessoas, sem excluir ninguém. Ao se planejar grandes obras, é fundamental avaliar as consequências para as populações locais e para todos nós. 
Para nos ajudar a despertar a consciência sobre questões como essas em meio a um contexto no qual se estimula o consumismo como "forma de resolver os problemas do mundo", a Igreja promoveu, em 2002, a Campanha da Fraternidade com o tema 
"Fraternidade e Povos Indígenas" e o lema "Por uma terra sem males", em 2011, o tema foi "Fraternidade e a Vida no Planeta" e o lema "A criação geme em dores de parto". É facil perceber que esses assuntos estão profundamente ligados à questão das usinas hidrelétricas.


Podemos ver publicado no site www.adital.com.br um excelente artigo sobre o desrespeito à natureza e às populações locais, mas que mostra, também, que há pessoas se posicionando de maneira bastante séria e consciente em relação a esses problemas.  Confira a entrevista:  Hidrelétricas comprometem conservação do Pantanal. Entrevista com Débora Calheiros no link http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=70286
 A Campanha da Fraternidade tem o papel de ajudar a conscientizar a sociedade sobre problemas graves do nosso mundo. O ministério público parece estar se posicionando de forma bastante séria diante da urgência de nos relacionarmos melhor com o nosso planeta. 



*Membro da Pastoral Fé e Política - Região Episcopal Belém 



segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Manifesto de repúdio à violência em São Paulo - Região Episcopal Belém



Assembléia Geral Ordinária do CNLB-Sul 1 e Levante do Laicato Jovem do Estado de São Paulo



                                                                                                                                Reinaldo Oliveira

De 9 a 11 de novembro, o Conselho Nacional do Laicato do Brasil – Regional Sul 1, promove a sua Assembléia Geral Ordinária (AGO) para celebrar o encerramento do Ano Jubilar de fundação do Conselho de Leigos no Estado de São Paulo.
Simultaneamente à realização da AGO, acontece também o Levante do Laicato Jovem do Estado de São Paulo, que estará refletindo o tema “Juventude e Ecologia” e com o lema “Sustentabilidade: Essa é a nossa conduta, vamos unir para mudar”.
Importante lembrar que a AGO é um momento de comunhão e partilha para o laicato do Estado de São Paulo. Participe!  O local do evento será no Centro de Convivência das Irmãs Agostinianas, em Jundiaí/SP e as inscrições podem ser feitas pelo site www.cnlbsul1.com.br
“Pelo Reino de Deus, no coração do mundo”. (Dom Pedro Casaldaliga)


domingo, 28 de outubro de 2012

A cidade que temos e a cidade que queremos


Caci Amaral*
Pronto, aqui na cidade de São Paulo, estamos na reta final.
Novo governo , novas esperanças? Será verdadeira esta frase?
Poderemos responder afirmativamente se a população, cidadãs e cidadãos, entidades, igrejas, sindicatos, associações de bairro , enfim,
a sociedade organizada assumir, cada vez mais, o controle social do governo.
Governo para quem, governo para quê, é o tema da 5ª Semana Social Brasileira, proposta da CNBB para a Igreja no Brasil
Muitas comunidades e pastorais sociais espalhadas pelo país refletiram e responderam: queremos um governo para o povo e com o povo,
que leve em frente um projeto econômico muito diferente deste no qual sobrevivemos.
Outro Brasil é possível e necessário. Um Brasil no qual o projeto econômico seja definido pelo povo, controlado pelo povo, atendendo
às necessidades de saúde, segurança, educação, mobilidade, emprego, salário, vida digna para todos e todas, com pleno respeito à natureza.
Um projeto econômico ético, isto é , que rompa com a perversa distribuição de riqueza na qual o Brasil está mergulhado: somos a sexta economia mundial, mas estamos no final da fila entre as nações, quando se consideram os índices de qualidade de vida.
Sim, houve uma melhora, mas os pobres continuam pagando mais imposto que os ricos, vivem em áreas de risco, em áreas de preservação ambiental, em favelas sujeitas a incêndios, são removidos de suas habitações precárias a troco de salário aluguel cujo valor deveria causar vergonha na cara de quem paga, enfrentam filas e esperas para o atendimento à saúde, são espremidos no transporte público, durante horas quando se locomovem para o serviço, vivem em locais onde criminosos atiram a esmo, onde as pessoas não podem sair de casa depois de determinado horário nem mesmo para ir a igreja, onde jovens tem como única opção de lazer bailes na rua promovidos pelos interessados em vender a droga, as crianças estão fora das creches e as escolas pecam pela má qualidade.
A paisagem da cidade de São Paulo neste tempo de primavera, por mais que contemplemos os ipês exuberantes de flor, deve nos indignar: são centenas de adultos, velhos, jovens, crianças espalhados pelas calçadas.
É possível uma cidade mais humana? Sim .
É possível uma economia ética? Uma economia que tenha como principal objetivo a promoção da dignidade humana conforme determina a Constituição Federal e a Lei Orgânica do município de São Paulo?
Sim, é possível construir uma cidade mais humana e uma economia ética a partir de um projeto político que seja serviço à coletividade, dirigido, primordialmente, a aqueles que mais necessitam.
Esta nova economia e esta nova política, o novo que queremos construir na sociedade, depende de uma decisão sua, prezados leitores.
No domingo, dia 28 de outubro, com chuva com com sol, tenha como tarefa primeira testemunhar sua solidariedade e caridade politica para com a cidade e a população sofrida.
Vá votar. Vote conscientemente. Vote a favor de uma politica e de uma economia com participação e controle social.  Tenha em vista os imensos problemas da periferia da cidade de São Paulo, problemas de todos e todas, irmãos e irmãs em Jesus Cristo que, ao vir ao mundo, revelou o único Pai e Senhor, que nos ama com compaixão e quer a felicidade de seus filhos e filhas.
Seja profeta: quem mais poderia ir votar caso você o estimule? A cidade é a casa grande dos paulistanos e precisa, urgentemente, de sábios administradores a serviço do bem comum.
Desde hoje, vamos dirigir nossa súplica ao Senhor, pedindo que nos abra os olhos, cure a cegueira de nosso coração, nos ilumine e ao futuro prefeito eleito pelo voto de cada cidadão e cidadã, para que, juntos, possamos construir a cidade justa e solidária na qual desejamos viver e conviver em paz.
E lembre – se: votar é importante mas não é tudo.
Será preciso multiplicar por cem, por mil, os grupos de acompanhamento da Câmara Municipal, das subprefeituras, dos Conselhos Municipais, os grupos de pastoral social, da pastoral fé e política.
Precisamos, desde já, coletar assinaturas a favor do Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política para que, em 2013, possamos coibir a corrupção introduzindo no processo eleitoral o financiamento público de campanha. (ver www.reformapolitica.org.br)
Prezados amigos e amigas, às vésperas do lançamento do Ano da Fé na Arquidiocese, que as palavras da irmã Zanella, da congregação das Catequistas Franciscanas, nos ajudem a persistir na luta por uma cidade aonde todos os direitos sejam distribuídos com justiça, para todos e todas.
Minha fé é política porque ela não suporta separação entre o corpo de Jesus e o corpo de um irmão.
Minha fé é política porque crê que a economia pode mudar um dia e ser toda solidária.
Minha fé é política porque acredito na juventude, na sua força e inquietude, no seu poder de diferença.
Coordenadora da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo
Pastoral Fé e Política
Arquidiocese de São Paulo
A partir de Jesus Cristo em busca do bem comum

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Reunião Pastoral Fé e Política


Prezados(as),

A Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo convida você para a suaReunião Mensal que acontecerá amanhã, sábado, dia 27/10  das 9h30 às 11h30.
Local:       Paróquia de Sant'Ana,
EndereçoRua Voluntários da Pátria, 2060 (próximo ao Metrô de Santana).   


Venha participar!
Contamos com sua presença.

A Coordenação.



Pastoral Fé e Política
Arquidiocese de São Paulo

A partir de Jesus Cristo, em busca do bem comum


CPI dos Incêndios em favelas


 
A próxima Data da CPI dos incêndios em favelas, ocorrerá dia 31 de Outubro de 2012 ás 12h na câmara municipal , Sala Oscar  Pedroso Horta 1º SS - Sala B, sei que todos estamo um pouco desanimados com essa CPI, porém creio que devemos permanecer atentos  ao que será apurado para que o povo já tão sofrido não saia ainda prejudicado.
 
Pastoral da Moradia

Fonte: Fórum das Pastorais Sociais

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

27 de outubro - Campanha Contra o Genocídio da Juv Negra - APEOESP Itaquera


No próximo sábado a Campanha Contra o Genocídio da Juventude Negra fará um encontro para organizações e lideranças da região leste na APEOESP Itaquera, das 15hs até 18hs. O objetivo é disseminar a Campanha, discutir o tema e compartilhar relatos das pessoas que vivem na região, dando maior visibilidade para essas denúncias.

Apareçam e mobilizem colegas! Vamos dizer não ao genocídio da juventude negra!

Vamos também circular esse convite nas redes e emails.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Reforma Política- Assinem e Divulguem!




Vamos coletar 1.500.000 assinaturas para, a exemplo do ficha limpa, apresentar ao Congresso.
Participe, divulgue e apoie
Nós abaixo assinados apoiamos a proposta de Iniciativa Popular para a Reforma do Sistema Político:

  • Defendemos o fim dos privilégios dos parlamentares, como por exemplo, férias de 60 dias, 14º e 15º salários, do foro privilegiado e da imunidade parlamentar para que estes não sejam usados como instrumentos para a impunidade.
  • Defendemos mudança na definição de decoro parlamentar que passa a ser todo fato de não conhecimento publico ao longo da vida do parlamentar.
  • Participação da sociedade no conselho de ética que julga o parlamentar.
  • Apoiamos uma nova regulamentação do art. 14º da Constituição Federal que trata do plebiscito, referendo e iniciativa popular.
  • Defendemos que determinados temas só podem ser decididos pelo povo, através do plebiscito e referendo, exemplo: aumento dos salários dos parlamentares, grandes obras, privatizações, etc.
  • Queremos a diminuição das exigências para a iniciativa popular, menos assinaturas e um rito próprio no Congresso Nacional.
  • Defendemos reformas no sistema eleitoral que possibilitem aos segmentos subrepresentados nos espaços de poder (mulheres, população negra e indígena, em situação de pobreza, do campo e da periferia urbana, da juventude e da população homoafetiva, etc) a disputa em pé de igualdade com os demais
  • Para isso, defendemos a votação em lista pré-ordenada, escolhida de forma democrática em previas, com alternância de sexo e critérios de inclusão destes segmentos e financiamento público exclusivo com punições severas para os partidos, candidatos e empresas que desrespeitarem.
  • Defendemos a democratização e transparência dos partidos.
Visite o site abaixo e assine:

terça-feira, 23 de outubro de 2012

RÁDIO DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO COMPLETA 13 ANOS COM AÇÃO SOCIAL


No próximo dia 27 de outubro, a Rádio 9 de julho AM 1600 kHz comemora seu 13º aniversário.
Como parte das comemorações, a emissora organizou uma ação social prevista para acontecer das 10h às 18h, no estacionamento do Mosteiro da Luz, ao lado da Estação Tiradentes do Metrô. Serão oferecidos gratuitamente ao público serviços nas áreas de saúde, cidadania, lazer e cultura, além da presença das Pastorais Arquidiocesanas.   

Às 16h será celebrada uma missa campal, presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, dom Júlio Akamine, com a presença de padres comunicadores.  


Serviço:
GRATUITO
Evento : 13º Aniversário da Rádio 9 de Julho 
Data: 27/10/12
Horário: das 10h às 18h
Local : Mosteiro da Luz-  Av. Tiradentes, 676  Luz 

MAIS INFORMAÇÕES:
RÁDIO 9 DE JULHO
CLEIDE BARBOSA
Tel: (11) 3932-3393   Cel: 98652-3626 

JUCELENE ROCHA

Sobre a Ação Social
No dia 27 de outubro, a Rádio 9 de Julho realiza pela primeira vez uma ação social, para celebrar os 13 anos da emissora que traz em sua identidade a defesa dos direitos humanos, a promoção da cidadania e a evangelização. O evento acontecerá no estacionamento do Mosteiro da Luz – Avenida Tiradentes, 676, no bairro da Luz. Durante todo o dia serão proporcionadas atividades gratuitas para todas as idades através de parcerias com diversas entidades:   
- Pastorais da Arquidiocese de São Paulo: como organismos da ação da Igreja no mundo, estarão presentes neste evento. O público poderá conhecer as Pastorais do Menor, da Família, da Juventude, entre outras.
 - Povo da Rua: A Casa de Oração do Povo da Rua, local de convivência para pessoas em situação de rua do centro da cidade, vai expor trabalhos de xilogravura e serigrafia  produzidos pelos alunos nas oficinas artísticas realizadas pela Ação Educativa Extramuros, projeto desenvolvido pelo Programa de Inclusão Sociocultural do Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca. 
 - Pastoral da Família: Serão oferecidas para as crianças e jovens atividades com oficina de brinquedos, oficina de xadrez, mágico e diversas brincadeiras.
 - Pastoral do Menor: Trará Conselheiros Tutelares responsáveis por fazer valer os direitos das crianças e dos adolescentes de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A Pastoral atua na promoção da vida da criança e do adolescente empobrecido e em situação de risco.
 - Conselho Indigenista Missionário (CIMI): Presença de representantes das comunidades Pankararú de Osasco e Fulniô de São Paulo.  De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Pastoral Indigenista de São Paulo, a população indígena vivendo na Grande São Paulo ultrapassa 20 mil pessoas, distribuídas em mais de 15 municípios.
- Missão Paz: Formada pelo Centro de Estudos Migratórios, Casa do Migrante,  Centro  Pastoral dos Migrantes e paróquias, sob o carisma de acolher, integrar e  celebrar  a  vida  dos  imigrantes e refugiados. Em 2011, a entidade atendeu mais de 37 mil migrantes de 22 denominações religiosas. 
 
- CEAT - O Centro de Atendimento: conta com 12 Unidades de Atendimento ao Trabalhador, distribuídas na cidade de São Paulo.  Durante todo o dia, o CEAT oferecerá orientação ao público na área de qualificação social e profissional, cur­sos que favorecem a inserção dos participantes no mercado de trabalho e ainda Ha­bilitação de Seguro Desemprego, Emissão de Carteira de Trabalho e encaminhamento dos jovens em busca do seu primeiro emprego. 
 
-  A Empresa Arcos Dourados fará a contratação imediata de jovens para trabalhar na rede de lanchonetes (McDonald´s). O perfil dos candidatos incluem os seguintes critérios:  ter  a  partir de 16 anos, menores de idade devem estar cursando ou ter concluído o ensino médio, maiores de idade devem estar cursando a partir do ensino fundamental; levar RG e CPF
 
- Em parceira com a Cruz Vermelha, o CEAT ainda vai oferecer exames preventivos de saúde como aferição de pressão arterial e teste de glicemia capilar.  Desde a sua fundação, em 1912, a Cruz Vermelha Brasileira- Filial do Estado de São Paulo atua em benefício das pessoas acometidas por desastres e na capacitação em primeiros socorros e saúde comunitária.
 
Hospital São Camilo: A Rede São Camilo de Hospitais tradicionalmente conhecida pela qualidade no atendimento e assistência humanizada é um dos parceiros da Rádio 9 de Julho nesta ação social.  Serão realizados exames preventivos como pressão e glicemia. 
 
 
Sobre a Rádio 9 de Julho : 
A Rádio 9 de Julho nasceu em 1953 com autorização temporária para preparar e comemorar o 4º Centenário de fundação da cidade de São Paulo em 1954. Quando terminaram os festejos do 4º Centenário de São Paulo, o presidente da República em exercício, Café Filho, ofereceu a Emissora à Arquidiocese de São Paulo. Inaugurada em 1956 como emissora da Fundação Metropolitana Paulista, ligada à Arquidiocese de São Paulo, a Rádio funcionou até 1973, quando sua concessão foi declarada perempta pela Ditadura Militar.

Assim que os transmissores da Rádio foram lacrados, Dom Paulo Evaristo Arns iniciou o longo processo para reavê-la. Em 1996, 23 anos depois, o Presidente Fernando Henrique Cardoso devolveu a emissora à Arquidiocese, acentuando que não estava fazendo um favor à Igreja de São Paulo, mas reparando uma injustiça.

A solenidade oficial de reinauguração da Rádio aconteceu no dia 23 de outubro de 1999 com uma grande celebração histórica no Mosteiro da Luz que reuniu autoridades eclesiásticas e civis.

Hoje, a Rádio 9 de Julho soma-se aos demais meios de comunicação da Igreja com uma programação em que se equilibram o anúncio do Evangelho, a formação, a informação e o entretenimento; ocupando o 5º lugar nos índices de audiência, segundo pesquisa do IBOPE  de outubro de 2012.

Fonte: Fórum das Pastorais Sociais da Arquidiocese de São Paulo 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Tráfico de Pessoas em tempos de Megaeventos


O Tráfico de pessoas é um fenômeno muito complexo, uma das grandes chagas sociais de nossos dias. Violação de direitos humanos e uma afronta à dignidade das pessoas e do próprio Deus. Realidade que nos interpela profundamente na vivência de nossos carismas fundacionais que trazem a missão de defender e promover a Vida ameaçada.
Sabemos que essa missão é grande e exigente! 

Tema: Tráfico de Pessoas em tempos de Mega eventos
Data: 26 de Outubro de 2012
Local: Sede da CRB – SP Rua Prof. Sebastião Soares de Farias, 57, 8º Andar
Horário: 08h30 às 16h30
Assessoria: Grupo da Rede Um Grito pela Vida.
Taxa de inscrição: R$10,00
Atenção: Traga seu lanche para partilha na hora do almoço e faça sua inscrição.
           
Ficha de Inscrição
Capacitação sobre o enfrentamento do Tráfico de Seres Humanos

NOME:_______________________________________________________________________
CONGREGAÇÃO:________________________________________________________________
Núcleo ou Diocese à qual pertence  ___________________________________________
Sua área de atuação _________________________________________________________________________
ENDEREÇO COMPLETO:________________________________________________________Nº_________
CX.POSTAL____________BAIRRO:___________________________CEP:______________-_____________
CIDADE:___________________________ESTADO:____FONE:_________________FAX: ______________
Email:_____________________________________________________________________________
Já participou de algum evento sobre o trafico? ( )Sim ( Não  Qual_____________________________________________________________________________
Recibo: Nome Jurídico
Razão Social:_______________________________________________________________________
Endereço:_____________________________________________N°_________Bairro_____________
Cidade______________________Cep:______________Estado:____________
CPJ:_____________________________________________________
(Devolver via fax ou e-mail): crbsp@crbsp.org.br ou formacaocontinuada@crbsp.org.br



Fraternalmente em Cristo,