quarta-feira, 28 de julho de 2010

6º ENCONTRO CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA

6º Encontro – Sábado 31/07
Às 15:00 horas com a Santa Missa

“EDUCAÇÃO PARA UMA ECONOMIA
PELA VIDA - FAMILIA”


Xico Esvael,
Professor, compositor e intérprete, com formação em Teologia e Música.

E a família... como vai?


Uma das grandes preocupações que devemos ter é com a família.
Como não poderia deixar de ser, o tema “FAMÍLIA” teve e terá sempre abrangência nos estudos da Campanha da Fraternidade.

Este ano, a Campanha da Fraternidade Ecumênica quer nos mostrar a influência da Economia sobre a estrutura familiar.

Será que todas as famílias tem dignidade?
Tem condições de educar? Tem condições de dar moradia? Saúde?

A falta dessas condições tem afetado a forma de viver de nossas famílias?
Será que ainda nos indignamos com as injustiças de nosso sistema Econômico?
O que a mídia tem promovido sobre a família?

Para nos assessorar sobre este tema, convidamos Xico Esvael - Professor, compositor e intérprete, com formação em Teologia e Música, distingue-se pelo seu compromisso com os Direitos Humanos. Atualmente exerce o cargo de Secretário Executivo do Centro Santo Dias de Direitos Humanos (Pastoral da Arquidiocese de São Paulo).

Como compositor e intérprete, também apresentará algumas de suas músicas, entre elas uma música feita para a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano.

Será uma bela experiência para nossa comunidade, pois será o primeiro Encontro da Campanha da Fraternidade efetivamente Ecumênico.

A preocupação com a família, a experiência ecumênica, a presença especial de Xico Esvael e a oportunidade de conhecer belas músicas,
são os grandes atrativos para esse nosso próximo encontro.

Venha participar conosco!
Temos muito o que aprender, e esta é mais uma oportunidade!

terça-feira, 27 de julho de 2010

ECONOMIA E VIDA

O ESPIRITO DO CAPITALISMO E A CONVERSÃO

No passado, não tão distante, quando as pessoas se sentiam "impuras" ou, na linguagem mais contemporânea, deprimidas, iam às igrejas ou outros lugares sagrados para rezar ou participar de algum rito. A ida a um lugar sagrado e a participação em ritos sagrados lhes fazia sentir mais puras, mais fortes e dignas para enfrentar a vida.

Hoje em dia as pessoas preferem ir a um Shopping Center fazer compras ou ver vitrines. E o mais interessante é que saem de lá com mais vigor e ânimo para viver. É como se o desejo de viver tivesse sido fortalecido. Não é à toa que a arquitetura dos shoppings tem muitos elementos que nos lembram templos e catedrais. Essas experiências econômico-espiritual é tão marcante nos dias de hoje que, mesmo nas igrejas a questão do consumo tem uma presença muito forte.

Isso não se dá somente na já bastante conhecida e criticada teologia da prosperidade - presente no mundo protestante, evangélico e católico - que ensina que a benção de Deus se manifesta através de ou garante a prosperidade econômica. Mas também em outras manifestações como o orgulho por causa de um padre ou pastor da sua igreja vender muitos CDs ou fazer muitos shows. Padres e pastores de sucesso (espiritual-econômico?) que costumam usar roupas e carros de marcas famosas e caras estão se tornando modelos para novos candidatos ao sacerdócio ou pastorado e também para jovens cristãos.

O problema não está em comprar algo bom e bonito em um centro de compras (shopping center), mas em sentir-se mais digno e "puro" por causa disso. A questão espiritual não está no ato de comprar ou na mercadoria que compra, mas no sentido mais profundo que encontra e vive nessa experiência. A obtenção de mais e mais dinheiro se tornou o supremo bem que norteia a vida no capitalismo. Ganhar dinheiro passou a ser a finalidade última da vida. Essa força espiritual - que Weber chamou corretamente de "espírito do capitalismo - que move hoje as pessoas e a sociedade para essa obsessão pelo consumo e por ganhar dinheiro sem fim é o que o Novo Testamento chama de poderes de destruição ou que Paulo chama de principados e potestades do mal.

As pessoas são compelidas a viver a espiritualidade do consumo ou do mercado porque estão imersas no espírito do capitalismo. Mesmo que carregam externamente símbolos espirituais cristãos ou de outras religiões mais tradicionais, muitos estão mergulhados e movidos pelo espírito do capitalismo.

Neste mundo, a conversão cristã, no nível pessoal, significa abrir os olhos para enxergar as mentiras dessa espiritualidade idolátrica (cf Jo 8,44) e perceber que os "shows da fé", por mais grandiosos que sejam, não expressam a fé de Jesus Cristo, assim como a dignidade humana não vem da riqueza ou das marcas caras e famosas. Significa também desejar encarnar o amor de Deus neste mundo, assumindo Jesus como nosso modelo de vida e de ser humano.

Jung Mo Sung
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=45257

Texto selecionado por Renê Roldan
Membro da Pastoral Fé e Política

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Congresso Leigos - 2a. Etapa

Estamos vivendo neste ano de 2010 momentos muito especiais para nós católicos da cidade de São Paulo e para todos os brasileiros.

No âmbito da temos o 1o. Congresso Arquidiocesano de Leigos e na Política, um ano de eleições. Por isso, estamos muito atentos aos dois. Deles dependem o futuro da nossa Igreja e do nosso país. Para nós os dois são igualmente importantes. São oportunidades de mudança e de afirmação do bem para todos. Temos que vivê-los com sabedoria e responsabilidade. Nenhum dos dois está ai para brincadeira ou festa. Estão postos a nossa frente esperando de nós uma atitude madura e consciente. Não podemos desperdiçá-los. Não podemos deixar passar como se fosse mais um momento comum na vida de Igreja e na vida do país.

O Congresso de Leigos agora em sua segunda etapa continua firme despertando as consciências dos fiéis leigos para sua real importancia dentro da Igreja. Sua opinião, sugestão, denúncia, etc., estão sendo ouvidas, compiladas e ao persistirmos neste compromisso muita coisa pode mudar para melhor dentro de pouco tempo. Não podemos desanimar ou deixa-lo de lado. Se amamos mesmo a Igreja como afirmamos, temos que cuidar com carinho dela. Assim como fazem os bons pais, por amor, precisamos corrigir o que está errado e fazê-la crescer.

A segunda etapa, agora em nível regional, está acontecendo e vai até o dia 21 de agosto. Essa é uma oportunidade real de debatermos, discutirmos, estudarmos saidas e ajudar os religiosos a fazer a Igreja andar sempre para frente. Temos muita gente boa empenhada nesse projeto e iluminados pelo Espírito de Deus vão conduzindo os trabalhos desses leigos ativos e preocupados com a atual situação.

Juntos somos mais!

Aconteceu neste último sábado (23/07/2010) a Oficina Vida e Missão do Leigo no Mundo da Comunicação sob a coordenação da Irmã Ivonete Kurten da Revista Familiar Cristã Paulinas, autora do livro Comunicação e Família, na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes. Estiveram presentes as Paróquias: São João Batista, São Carlos Borromeu, São Miguel Arcanjo, São Pedro de Neri, Santo André Apóstolo, Nossa Senhora das Graças. Tivemos a participação dos religiosos: Padre Tercisio, Padre Laurício, Irmã Iracema e a Irmã Ivonete.

Na ocasião foi entregue um documento para o tema da Comunicação em nível regional. No documento segue as nossas sugestões e propostas. Fomos convidados e inscritos para o mesmo tema na etapa arquidiocesana.

Mais oficinas estão para acontecer e se você puder, não deixe de participar!
Essa é a hora e o local apropriado para fazer valer o sonho de uma Igreja cada vez melhor !


Com esperança,
Mônica de Cássia Vieira Lopes
Membro da Pastoral Fé e Política
Paróquia São João Batista - Setor Carrão/Vila Formosa
Região Belém

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sinais de Salvação

Nós, católicos, protestantes, evangélicos, pentecostais, nos entendemos como cristãos, e disso nos orgulhamos. De tão bom que nos parece, queremos que todos se agreguem a nós. Para o bem deles, para a felicidade deles, para a salvação deles. E então intimamos:

- Já aceitou Jesus como seu salvador? Aceite-o – insistimos, porque essa é nossa proposta de qualidade de vida para todos.
De certo modo temos razão, porque dizer Jesus ou dizer salvador é dizer a mesma coisa, já que Jesus significa salvador, tanto pela tradução da palavra como pelo comportamento da pessoa de Jesus entre nós, aqui, na nossa Terra, em meio a todas as nossas contradições.

Por outro lado, dizer que Jesus é meu salvador pode ser muito pouco. Pode ser muito cômodo. Pode ser muito alienante. Depende da maneira como entendo salvador, e da maneira como a outra pessoa entende salvador. Porque pode parecer que a pessoa aceita Jesus como seu Salvador a partir do momento em que adere à Igreja de que faço parte, contribuindo com sua presença, seu serviço, seu dinheiro. E estará aceitando Jesus enquanto assim permanecer. Se ela não estiver em nossas fileiras, parece-nos que está longe, que não tem a salvação.

Quem disse que é assim? Será que isso é verdade? Será que está de acordo com os retratos falados fidedignos que temos de Jesus, ou seja, com os quatro evangelhos e o restante do Testamento por nós aceito como Bíblia?

Podemos atropelar tudo e dizer que essas perguntas não têm sentido. Que estaríamos suspeitando do que não se pode suspeitar. Ora, a salvação se dá através da Igreja! Da minha Igreja! Pois a minha Igreja é que é a verdadeira!

Já aqui, uma considerável parte dos cristãos estará equivocada. Pois não é raro um cristão considerar equivocada aquela parte dos cristãos que não pertence à Igreja que ele pertence. Eis o problema: os cristãos montam um grande palco de discórdia.

Que testemunho, hein! Para saber quem é o primeiro. Para saber quem está certo. Somos todos filhos de Zebedeu, ambiciosos pelos destaques do nosso gosto, querendo ocupar os melhores lugares (Mt 20,20-28; Mc 10, 35-45) e dominar sobre os outros, calá-los, em vez de servir aos outros, a todos os outros, às nações todas (Mc 9,38-41). Somos todos a Samaritana tentando conseguir o aval de Jesus para o nosso modo de entender a salvação (Jo 4,19-24), querendo amarrar o Espírito no lugar do nosso culto.

Aceitar Jesus como nosso Salvador é estar disposto a beber o cálice que ele bebeu, a batizar-se no batismo com que ele foi batizado, pelas mesmas razões que ele. Se tivéssemos ocasião de insultar Jesus pedindo-lhe opinião sobre nossas ideias a respeito da salvação e a respeito dele como salvador, seríamos mais um doutor da Lei, desconcertado, engolindo alguma parábola de bom samaritano (Lc 10,25-37).
É na misericórdia com os caídos, no trato dos machucados que se iluminam os sinais de salvação! É preciso cuidar, para que o culto não mereça chicotadas (Mc 11,15-18)!



Texto enviado por J. Thomaz Filho -Professor de Ética, atua com formação bíblica e cristã.
Poeta e autor de cantos litúrgicos, entre eles Imaculada, Maria de Deus.
Membro Colaborador da Pastoral Fé e Política.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Eleições - COMO SE FAZ ANÁLISE DE CONJUNTURA - Parte 3




SISTEMA DO CAPITAL MUNDIAL
DADOS GERAIS

É importante relacionar a conjuntura com os elementos mais permanentes, mas estruturais da realidade e levar em conta as dimensões locais, regionais, nacionais e internacionais da realidade. O sistema do capital mundial se constitui no pano de fundo do processo econômico. O sistema do capital mundial não determina todos os acontecimentos de nossa realidade, mas seguramente ele é um elemento condicionante do conjunto dos acontecimentos que definem o nosso processo histórico. Neste sentido, é fundamental ter uma idéia global de suas características e das formas concretas através das quais a realidade está relacionada a este sistema.

DESCRIÇÃO DO SISTEMA DO CAPITAL MUNDIAL
As empresas transnacionais são a ponta avançada do capitalismo contemporâneo. A lógica do capital transnacional não é a maximização do uso da ciência da produção para atender as necessidades do conjunto da sociedade, mas a maximização dos lucros. O desenvolvimento do sistema transnacional de produção aprofunda ainda mais e em escala mundial as contradições do modo de produção capitalista.:


• Concentração dos bens de produção sob o controle de uma minoria;
• Concentração da riqueza nas mãos de pequenas parcelas da população;
• Acirramento da competição entre as formas oligopólicas e não-oligopólicas e entre os grandes oligopólios entre si no interior e através de sua existência nas diferentes nações do mundo.

Uma noção fundamental é que o capital mundial não é igual à soma das corporações, das empresas transnacionais existentes no mundo ou no interior dos países, é um sistema produtivo articulado em escala mundial sob a liderança das grandes corporações e bancos transnacionais;

O capital mundial (o sistema produtivo mundial) submete a seu processo e integra a milhares de unidades produtivas (empresas) de tamanho médio e pequeno, independentemente de sua localização geográfica, nacionalidade ou propriedade;


Nas montadoras de auto por exemplo, o produto final, o carro, é propriedade das transnacionais, mas as peças de tais carros são produzidas (cadeia produtiva) por milhares de pequenas e médias empresas de autopeças;


As empresas transnacionais estão concentradas nos países capitalistas desenvolvidos. Mais de 2/3 dos investimentos transnacionais estão concentrados nestes países. Este sistema se realiza no interior das nações, orienta, reorienta, determina o sentido, o estilo, os limites do desenvolvimento das nações.

LIMITES E CONTRADIÇÕES DO SISTEMA DO CAPITAL MUNDIAL
O processo de acumulação assenta-se sobre a exploração do trabalho pelo capital: contradição entre proprietários dos meios de produção em escala mundial e força de trabalho viva organizados e definidos a nível nacional. Daí o confronto decorrente de expropriação dos capitais mais débeis pelos mais fortes, agora estabelecendo-se em nível mundial. Outro aspecto importante é a contradição entre as necessidades e vocação mundial das transnacionais e os limites e necessidades nacionais das sociedades onde operam.


O capital não tem compromisso com o nacional, com o particular, com as realidades e necessidades definidas em nível local ou nacional. Sua vocação é universal, quer o mundo como seu limite. As nações, os países devem organizar as respostas às suas necessidades locais, nacionais e aí reside inclusive a base da legitimidade de seus sistemas econômicos e políticos. A lógica da acumulação definida em nível mundial não corresponde, portanto, a lógica de acumulação definida no interior de um pais. Para poder existir nos espaços nacionais, no entanto, o capital mundial necessita do consentimento do poder político de cada pais. Deste fato decorrem em grande medida as contradições existentes entre as instâncias de poder em nível mundial e os Estados nacionais transnacionalizados. Há uma articulação contraditória do poder político em escala mundial e nacional. Para o capital transnacional, que planeja e opera tendo em vista o longo prazo, a estabilidade dos regimes é um fator essencial. Outra contradição básica é a que se estabelece entre as funções do Estado em relação às necessidades populares e um Estado transnacionalizado, cuja ordem e lógica internas transcendem o espaço nacional. Os estados nacionais passam a desempenhar uma dupla função transnacional e nacional – da qual decorrem novos problemas relativos à acumulação e à legitimidade.


Como legitimar um Estado nacional que não tem como objetivo central atender os interesses nacionais? O processo de transnacionalização exerce pressões visíveis no sentido de mudar o papel do Estado na economia, ora ampliando sua intervenção direta, ora fazendo-a diminuir. Centraliza o poder estatal no executivo, aprofunda as crises de legitimidade afetando os mecanismos tradicionais de constituição e definição do poder do Estado.


Texto preparado por Renê Roldan, membro da Pastoral Fé e Política, a partir das publicações de Herbert de Souza, o saudoso Betinho em 1984.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Bispos do Rio de Janeiro divulgam orientações sobre as eleições.

Os bispos do Regional Leste 1 da CNBB (estado do Rio de Janeiro, divulgaram, no início da semana, uma nota contendo orientações e critérios para as eleições de outubro. Segundo os bispos, o eleitor deve votar em candidatos que defendam a dignidade da pessoa humana e a vida, a família, a liberdade de educação. Lembram, ainda, os princípios da solidariedade e da subsidiariedade e o compromisso com a cultura da paz.

Veja a íntegra da nota.

ORIENTAÇÕES E CRITÉRIOS PARA AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES

O Brasil está vivendo um momento peculiar – oportunidades e dificuldades – na sua história. De um lado, por seu crescimento interno e pelo seu destaque no cenário internacional, por outro pela continuidade de desigualdades sociais perversas, e pela corrupção que corrói e abrange todas as estruturas e instituições, prejudicando seriamente a credibilidade da classe política.

A Igreja, comprometida com o bem comum e a defesa irrestrita da dignidade e dos direitos humanos, apóia as iniciativas que contribuam para garanti-los a todos e denuncia distorções inaceitáveis presentes em vários programas, que como veremos ferem os princípios que norteiam a doutrina social cristã. O que está em jogo é uma visão da pessoa humana e da sociedade, solidária com a dignidade de todos, a favor da vida e aberta ao transcendente.

Para iluminar este processo eleitoral, a comunidade eclesial – que pela sua universalidade não pode se identificar com interesses particulares, partidários ou de determinado candidato/a – busca oferecer critérios de escolha e discernimento para as pessoas de boa vontade e cidadãos responsáveis. Também deseja que sejam votados candidatos coerentes com a defesa dos princípios éticos e cristãos.

Em consonância com estes mesmos princípios apresentamos as seguintes orientações e critérios:

Antes de tudo, é necessário “valorizar o voto” que decide a vida pública do nosso País e dos nossos Estados nos próximos anos. O meu voto é precioso! Não se compra! Nele se manifesta a minha liberdade e a minha decisão. Recentemente obtivemos a vitória do projeto de lei denominado “Ficha Limpa” que por decisão do TSE se aplicará nestas eleições. Cabe agora vigiar e cuidar para eliminar do pleito aqueles candidatos corruptos que contaminam o cenário político e destroem a democracia.

1. O primeiro critério para votar em um candidato é a defesa da dignidade da Pessoa Humana e da Vida em todas as suas manifestações, desde a sua concepção até o seu fim natural com a morte. Rejeitamos veementemente toda forma de violência, bem como qualquer tipo de aborto, de exploração e mercado de menores, de eutanásia e qualquer forma de manipulação genética.

2. O segundo critério é a defesa da Família na qual a pessoa cresce e se realiza. Por isso devem ser votados aqueles candidatos que incentivam, com propostas concretas, o desenvolvimento da família segundo o plano de Deus. Opõem-se ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, à adoção de crianças por casais homoafetivos, à legalização da prostituição, das drogas e ao tráfico de mulheres.

3. O terceiro critério é a liberdade de Educação pela qual os pais têm o direito de educar os filhos segundo a visão de vida que eles julguem mais adequada. Isso comporta uma luta pela qualidade da escola pública e pela defesa da escola particular, defendendo o ensino religioso confessional e plural, de acordo com o princípio constitucional da liberdade religiosa, reconhecido também no recente Acordo entre Brasil e Santa Sé.

4. O quarto critério é o princípio da solidariedade, segundo o qual o Estado e as famílias devem ter uma particular atenção preferencial pelos pobres, àqueles que são excluídos e marginalizados. Deve-se garantir uma cidadania plena para todos/as, assegurando o pleno exercício dos direitos sociais: trabalho, moradia, saúde, educação e segurança.

5. O quinto critério é o princípio de subsidiariedade, ou seja, haja autonomia e ação direta participativa dos grupos, associações e famílias fazendo o que podem realizar, sem interferências ou intromissões do Estado. Este deve apoiar e subsidiar, nunca abafar ou sufocar as liberdades e a criatividade das pessoas. Assim elas poderão exercer uma cidadania ativa e gestora.

6. Enfim, diante de uma situação de violência generalizada, os candidatos devem, de forma concreta e decidida, comprometer-se na construção de uma Cultura da Paz em todos os níveis, particularmente na educação e na defesa da infância e da adolescência.

Do ponto de vista prático nas paróquias e em nossas associações e movimentos, se dê grande importância a este momento eleitoral e se realizem debates sempre com vários candidatos de vários partidos, em vista da realização do bem comum. Durante os eventos promovidos pela diocese ou pelas paróquias nunca devem aparecer faixas, cartazes ou outro tipo de sinais que identifiquem e apóiem os candidatos.

O trabalho político, ao qual todos somos chamados, cada um segundo a sua maneira de ser, é uma forma de mostrar a incidência do Evangelho na vida concreta, visando à construção de uma sociedade justa, fraterna e equitativa. Em conseqüência haverá uma esperança real para tantas pessoas céticas, desnorteadas e confusas com a política atual. É uma grande oportunidade que os católicos e todas as pessoas de boa vontade não podem perder.

OS BISPOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO,
Regional LESTE 1 da CNBB



Texto retirado do site: www.cnbb.com.br
Sáb, 17 de Julho de 2010 09:36 cnbb

sexta-feira, 16 de julho de 2010

VIOLÊNCIAS CONTRA A MULHER

Artigo Frei Betto
site Movimento Nacional Fé e Política
www.fepolitica.org.br

O hediondo crime que envolve o goleiro Bruno – a mulher, após ser assassinada, teve o corpo destroçado e devorado por cães, segundo denúncia – é a ponta do iceberg de um problema recorrente: a agressão masculina à mulher.

Entre 1997 e 2007, segundo o Mapa da Violência no Brasil/2010, 41.532 mulheres foram assassinadas no país. Um índice de 4,2 vítimas por cada grupo de 100 mil habitantes, bem acima da média internacional. O Espírito Santo apresenta o quadro mais grave: 10,3 assassinatos de mulheres/100 mil.

O Núcleo de Violência da Universidade de São Paulo identifica como assassinos maridos, ex-maridos e namorados inconformados com o fim da relação. Ao forte componente de misoginia (aversão à mulher), acresce-se a prepotência machista de quem se julga dono da parceira e, portanto, senhor absoluto sobre o destino dela.

A Central de Atendimento à Mulher (telefone 180) recebeu, nos primeiros cinco meses deste ano, 95% mais denúncias do que no mesmo período do ano passado. Mais de 50 mil mulheres denunciaram agressões verbais e físicas. A maioria é de mulheres negras, casadas, com idade entre 20 e 45 anos e nível médio de escolaridade. Os agressores são, em maioria, homens com idade entre 20 e 55 anos e nível médio de escolaridade.

Acredita-se que o aumento de denúncias se deve à Lei Maria da Penha, sancionada em 2006 pelo presidente Lula, e que aumenta o rigor da punição aos agressores. Apesar desse avanço, tudo indica que muitos lares brasileiros são verdadeiras casas dos horrores. A mulher é humilhada, destratada, surrada, por vezes vive em regime de encarceramento virtual e de semiescravidão no trabalho doméstico. Sem contar os casos de pedofilia e agressão sexual de crianças e adolescentes por parte do próprio pai.

A violência contra a mulher decorre de vários fatores, a começar pela omissão das próprias vítimas que, dependentes emocional e financeiramente do agressor, ou em nome da preservação do núcleo familiar, ficam caladas ou dominadas pelo pavor frente aos efeitos de uma denúncia. Soma-se a isso a impunidade. Eliza Zamudio, ex-namorada do goleiro Bruno, teria recorrido à Delegacia de Defesa da Mulher, sem que sua queixa tivesse sido levada a sério. Raramente o poder público assegura proteção à vítima e é ágil na punição ao agressor.

A violência contra a mulher não ocorre apenas nas relações interpessoais. Ela é generalizada pela cultura mercantilizada em que vivemos. Basta observar a multiplicidade de anúncios televisivos que fazem da mulher isca pornográfica de consumo.

Pare diante de uma banca de revistas e confira a diversidade do “açougue” fotográfico! Preste atenção no papéis femininos em programas humorísticos. Ora, se a mulher é reduzida às suas nádegas e atributos físicos, tratada como “gata” ou “avião”, exposta como mero objeto de uso masculino, como esperar que seja respeitada?

Nossas escolas, de uns anos para cá, introduziram no currículo aulas que abordam o tema da sexualidade. Em geral se restringem a noções de higiene corporal para se evitar doenças sexualmente transmissíveis. Não tratam do afeto, do amor, da alteridade entre parceiros, da família como projeto de vida, da irredutível dignidade do outro, incluídos os/as homossexuais.

Nas famílias, ainda há pais que conservam o tabu de não falar de sexo e afeto com os filhos ou julgam melhor o extremo oposto, o “liberou geral”, a total falta de limites, o que favorece a erotização precoce de crianças e a promiscuidade de adolescentes, agravada pelos casos de gravidez inesperada e indesejada.

Onde andam os movimentos de mulheres? Onde a indignação frente às várias formas de violência contra elas?

Os clubes esportivos deveriam impor a seus atletas, como fazem empresas e denominações religiosas, um código de ética. Talvez assim a fama repentina e o dinheiro excessivo não virassem a cabeça de ídolos de pés de barro...



Frei Betto é escritor, autor de “Diário de Fernando – nos cárceres da ditadura militar brasileira” (Rocco), entre outros livros. www.freibetto.org – twitter:@freibetto

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A Vida e Missão do Leigo na Promoção da Caridade

1º CONGRESSO DE LEIGOS DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO

Convite

Oficina:
A Vida e Missão do Leigo na Promoção da Caridade
Assessor: Pe. Marcelo Matias Monge


Data: 17/07/2010
Local: Paróquia Santa Luzia e São Pio X
Av. Sapopemba, 1500 – Água Rasa – telefone: 2965-5333
Horário: das 08:30 ás 12hrs.

terça-feira, 13 de julho de 2010

QUAL A INFLUÊNCIA DA FÉ NA POLÍTICA?

Essa pergunta foi feita ao Cardeal emérito de Milão, Carlo Maria Martini, em diálogo com o Pe. Georg Sporschill, que desenvolve um belo trabalho com meninos de rua na Romênia e na Moldávia. Ambos se encontraram em Jerusalém e passaram noites inteiras em perguntas e respostas. Uma das perguntas foi exatamente esta: Qual a influencia da fé na política?
O Cardeal respondeu: "Como cristãos, olhamos para Jesus. Ele é o fundamento de algo totalmente novo: a Igreja. Jesus realiza a missão de Deus ao criar um segundo instrumento para a paz, ao lado do povo escolhido primeiramente, o povo de Israel. Com isto Jesus se coloca na linha de frente. Jesus enfrentou todas as autoridades políticas: Herodes, Pilatos, o Sinédrio, os partidos dos fariseus e dos saduceus. Ele lutou apaixonadamente pela justiça e queria mudar o mundo. A Igreja de Jesus Cristo deve trabalhar para que o mundo se torne mais justo e mais pacífico.

Segundo a Bíblia, a justiça está acima do direito e da misericórdia: é um atributo fundamental de Deus. Justiça significa comprometer-se com os desprotegidos. Justiça significa intervir de forma ativa e ofensiva por uma convivência onde todos vivam em paz. A Justiça deve vigiar para que o direito, tal como está formulado nas leis, possibilite uma vida digna para todos. Jesus deu sua vida pela justiça. Procurou o diálogo com os poderosos... e eles se sentiram incomodados por Ele.
Jesus se pôs do lado dos pobres, dos sofredores, dos pecadores, dos pagãos, dos estrangeiros, dos oprimidos, dos famintos, dos presos, dos humilhados, das crianças e das mulheres. Quem se põe do lado das pessoas sem pastor, quem as reúne e as conscientiza, se torna perigoso para os detentores do poder. Sempre que cristãos assumem a opção pelos pobres feita por Jesus, devem ainda hoje contar com perseguições" (Diálogos Noturnos em Jerusalém, pg.149-150, Paulus).

O princípio de que "a fé sem obras é morta" permanece como grande desafio do testemunho pessoal e social dos cristãos, e exige um efetivo compromisso na transformação das estruturas injustas que oprimem e matam a vida dos indefesos. Os bispos do Brasil, ao celebrar os 500 anos de Evangelização, escreveram: "Desejamos, confiantes, renovar a nossa fé.
Proclamamos que Jesus Cristo é a nossa esperança. Sua presença no meio de nós é a garantia de que a semente do Evangelho jamais será sufocada ou destruída pelas forças do mal. Ela é destinada a tornar-se a espiga que dará muitos grãos e a árvore que oferecerá abrigo a muitas aves" (Doc. CNBB 65, nº 63). A semente da Palavra de Deus em nossos corações é a certeza de uma sociedade justa, solidária e repleta de fraternidade.

A fé cristã une estreitamente o amor a Deus ao amor aos irmãos. Um não pode ser autêntico sem o outro. "Se alguém disser: amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê" (Jo 4,20). Em outras palavras: "O Evangelho do amor de Deus pelo homem, o Evangelho da dignidade da pessoa, e o Evangelho da vida são um único e indivisível Evangelho" (Doc. CNBB, nº 65). Por isso a fé tem tudo a ver com a política, que tem como primeira e mais importante missão a busca do bem comum de todos e a luta pela justiça social. Sem a fé nos tornamos ditadores dos outros e de nós mesmos.

Dom Anuar Battisti
08 de Julho de 2010 11:37

site cnbb.org.br

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Boa Nova - ecumenismo

Estamos celebrando os encontro da Campanha da Fraternidade Ecumênica e desafiados pelo desejo de realizar um encontro ecumênico, dentre os encontros da Campanha na PSJB, buscamos o CONIC e através deste órgão chegamos à atenciosa Pastora Luterana Carla. Esta nos convidou para o encontro do GEZL (Grupo Ecumênico da Zona Leste), criado e ativo desde 1996. Este encontro ocorreu ontem na Igreja Metodista da Rua Antonio de Barros.

Fomos carinhosamento acolhidos pelos integrantes: Igreja Anglicana, Católica, Luterana e Metodista. O encontro deu-se através de oração, canto, escuta e partilha da Palavra de Deus e troca de experiências. Este encontro teve a presença dos alunos do CESEP (Centro Ecumênico de Evangelização e Educação Popular) que este ano tem o tema da Ecologia. Estavam presentes representantes de do CAIC (Conselho Amazônico das Igrejas Cristãs), Faculdade Est de Santa Catarina, PUC Porto Alegre, Instituto Universitário Popular, Universidade Metodista, os estados acima e São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso do Sul, Piauí e Brasília. Havia também representantes da Argentina, Cuba, Equador e México.

Como fruto deste encontro temos a aproximação com este Grupo Ecumênico e a felicidade de contar com a presença de Xico Esvael que nos proporcionará um encontro ecumênico no próximo encontro da Campanha, sendo ele da Igreja Anglicana.

Ao final deste encontro tivemos a oportunidade de pela primeira vez rezar o Pai-Nosso Ecumênico em um espaço verdadeiramente ecumênico.

Agradecemos a Deus por esta rica experiência e contamos com você no próximo encontro da CFE em 31/07/2010.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Reforma do Código Florestal é aprovada e provoca protestos em ambientalistas


O Projeto de Lei 1876/99, que propõe a reforma do Código Florestal, foi votado ontem a tarde (6) na Câmara dos Deputados, em Brasília, Distrito Federal. Com 13 votos a 5, o texto principal do substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) foi aprovado.



Confira o resultado da votação:

Votos favoráveis às reformas ruralistas

Anselmo de Jesus (PT-RO)
Homero Pereira (PR-MT)
Luis Carlos Heinze (PP-RS)
Moacir Micheletto (PMDB-PR)
Paulo Piau (PPS-MG)
Valdir Colatto (PMDB-SC)
Hernandes Amorim (PTB-RO)
Marcos Montes (DEM-MG)
Moreira Mendes (PPS-RO)
Duarte Nogueira (PSDB-SP)
Aldo Rebelo (PCdoB-SP)
Reinhold Stephanes (PMDB-PR)
Eduardo Seabra (PTB-AP)

Votos contrários às reformas ruralistas:

Dr. Rosinha (PT-PR)
Ricardo Tripoli (PSDB-SP)
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
Sarney Filho (PV-MA)
Ivan Valente (PSOL-SP)

Enquanto governo e ruralistas comemoravam, ativistas e militantes ambientais protestavam alegando retrocesso. Com a aprovação, a Comissão Especial, que tem analisado a reforma da legislação ambiental, começou a votar os destaques.

Diante do andamento do processo no Plenário 2 do Congresso, a ONG Greenpeace pediu a rejeição do relatório, alegando que a proposta "mata as florestas". Para o Diretor de Assuntos Parlamentares do Instituto "O Direito por um Planeta Verde", André Lima, a aprovação da reforma significa "um retrocesso histórico na política ambiental do Brasil".


Ele disse que a reforma anula conquistas e reduz Áreas de Preservação Permanente (APPs), de rios, por exemplo, para 15 metros. "As medidas demonstram que estamos andando para trás". Os ambientalistas criticam que ao invés de se defender o desenvolvimento sustentável, o projeto beneficia o agronegócio, ruralistas e latifundiários, ou seja, os que detêm maior poder econômico de influência.

Em recente entrevista à ADITAL, Luiz Zarref, engenheiro florestal e militante da Via Campesina, explicou que as reservas legais precisam ser recompostas de forma produtiva, seja em áreas grandes ou pequenas. Na ocasião, o engenheiro classificou de "erro gravíssimo" a redução de Áreas de Preservação Permanente em regiões como topos de morros, por exemplo, já que as APPs são importantes para a prevenção de vários desastres naturais. "Os deslizamentos, por exemplo, têm a ver com a retirada da mata", explicou.

Ato

Os ativistas prepararam um ato para hoje (7), em frente ao Congresso Nacional, a partir das 8h, onde será feito o "velório e o enterro do Código Florestal". "Será um movimento espontâneo, com estudantes e organizações da sociedade civil para criar um efeito simbólico e mostrar que somos contra a reforma", informou André.

Ele disse acreditar que as manifestações podem sim reverter a "situação criada artificialmente, pela omissão do Governo Federal", já que, segundo ele, deputados que eram contrários à reforma não participaram da votação. "Muitos não compartilharam deste pensamento retrógrado. Foi uma maioria criada artificialmente", ressaltou.



Tatiana Félix www.adital.com.br
Você pode comunicar isso aos seus pares e assinar a petição contra a proposta desse Código Florestal. 130.000 cidadãos já assinaram. http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/97.php?cl_tta_sign=7ee2d88e8e72068f96d99bdc446b940f

"Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro"

terça-feira, 6 de julho de 2010

DEUS E IDOLOS NA ECONOMIA


Jesus cristo anunciava por primeiro
Um novo reino de justiça e seus valores: (mt 4,17)
“vós não podeis servir a deus e ao dinheiro
E muito menos agradar a dois senhores”. (mt 6,24)

Hino CF 2010

À primeira vista, falar em aspecto teológico-espiritual da economia soa estranho para a maioria da população. Pois a economia trataria das questões materiais e a teologia e a espiritualidade, das questões imateriais. Esta visão que separa e opõe a economia da teologia e espiritualidade é uma característica do mundo moderno, que separou os campos da vida social (por ex, o campo econômico e o religioso) de uma forma que os vê como independentes e autônomos. E, estranhamente, muitos dos grupos religiosos que se opõem ao mundo moderno assumem essa separação moderna como algo "natural" ou "divino".

A afirmação de Jesus, "Ninguém pode servir a dois senhores. ... Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro." (Mt 6,24), mostra que na tradição cristã, e nas sociedades antigas, há uma relação entre a economia e teologia. E aqui é preciso prestar atenção: não é relação entre economia e ética ou entre a economia e a doutrina social da Igreja, mas sim entre economia e teologia! Jesus coloca uma disjuntiva: servir a Deus ou a Dinheiro. Isto é, Jesus mostra que dinheiro pode ser e foi colocado no mesmo nível de Deus. Por isso, há relações de seres humanos com o dinheiro que se tornam uma questão teológica, uma questão de discernimento entre o Deus verdadeiro e o deus falso, ou ídolo.

O que as Igrejas cristãs fazem normalmente, quando tratam das questões econômicas, é propor uma doutrina social, que costuma não ter o mesmo status de teologia. É como se fosse uma aplicação derivada da teologia aos problemas do mundo social, uma aplicação que não faria parte da essência da reflexão teológica e da evangelização. Entretanto, Jesus, ao colocar a oposição entre o "servir ao Dinheiro" e o "servir a Deus", eleva a questão econômica ao coração da teologia e da evangelização. Porém, é preciso tomar outro cuidado. Jesus não condena dinheiro ou economia de uma forma geral. O que ele condena é a transformação do dinheiro no sentido último da vida, no critério máximo para decidir o que é bom ou mal, quem deve viver ou morrer.

A economia de hoje é muito diferente do tempo de Jesus, por isso, a melhor forma de criticar a idolatria que ocorre na ou via economia é a do mercado, e não mais a do dinheiro. Não é possível organizar a economia e a sociedade hoje sem mercado. Servir a um "deus falso", ídolo, deus que exige sacrifícios de vidas humanas, é um tema da teologia, mas também da espiritualidade. Pois "servir" a Deus ou ídolo implica em dedicar uma vida, em encontrar o sentido da vida e a motivação para viver nesse serviço. A questão central hoje, em termos de evangelização, não é anunciar a Deus a um mundo não-crente, mas a de discernir entre uma espiritualidade e teologia que nos leva a Deus que se revelou na vida, morte e ressurreição de Jesus; e a outra que nos leva ao ídolo, que sempre se mostra como um deus poderoso, radiante e glorioso no mundo.

Jung Mo Sung
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=45103

Texto selecionado por Renê Roldan
Membro da Pastoral Fé e Política

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ser Profeta

Ontem realizou-se sob luz de Deus, um dia de sol maravilhoso e a natureza esplêndida e silenciosa de Atibaia, o 3o. Retiro da Pastoral Fé e Política que teve a agradável presença de outros paroquianos também.

Galiani com muita propriedade e dedicação estruturou três momentos de reflexão dirigidas:

1o. momento - refletimos sobre o Deus que cremos num mergulho pessoal (Deus e eu),
2o. momento - motivados por textos dos 4 profetas nas mãos que foram cuidadosa e sabiamente resumidos para nos ajudar a perceber a vocação do profeta e sua missão no profetismo bíblico. Cada um dos participantes teve oportunidade de em oração ao Deus da Vida, contemplar o profetismo de Isaías, Amós, Jeremias e Elias.
3o. questionamos sobre nosso SER PROFETA, seguido de oração pessoal com texto do profeta Jesus.

Construímos uma Colcha Profética de Retalhos, onde cada um recebeu uma folha de sulfite e ao longo do dia, foi expressando sua experiência e perfil profético, que foi construído pessoal e comunitariamente e foi partilhado.

Concluímos rezando um jogral. Os diversos momentos foram animados por cantos criteriosamente selecionados pelo Filipe que colaboraram de forma contundente com o dia de oração e reflexão.

Por onde formos também nós que brilhe a tua luz
Fala, Senhor, na nossa voz, em nossa vida
Nosso caminho então conduz, queremos ser assim
Que o pão da vida nos revigore em nosso "sim"

Composição: J. Thomaz Filho/Frei Fabreti)

sábado, 3 de julho de 2010

Ficha Limpa não perde força com liminares


A suspensão dos efeitos da Lei da Ficha Limpa, autorizada por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta semana, reacenderam os debates sobre o fôlego da norma para garantir a inelegibilidade daqueles que se encaixam nos requisitos da lei. Os tribunais permitiram que o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), a deputada estadual Isaura Lemos (PTB-GO) e o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ) concorram nas eleições deste ano, mesmo tendo condenações por órgão colegiado de juízes.

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Mozart Valadares Pires, destaca que as liminares, apesar de terem efeito imediato, ainda não são definitivas, porque devem ser submetidas aos plenários dos tribunais superiores, que só voltam a funcionar em agosto. Além disso, a suspensão da inelegibilidade vale apenas enquanto os recursos estão em julgamento. Caso o tribunal condene o político em definitivo, os efeitos da Ficha Limpa voltam e ele pode ter o seu diploma cassado, se já tiver sido eleito.

O ministro Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na noite de sexta-feira (2) três pedidos de políticos que queriam fugir da Lei da Ficha Limpa e garantir registro da candidatura.

O principal argumento de Ayres Britto, ao negar as liminares, é que essa decisão não pode ser tomada individualmente por um ministro. Ayres Britto sugeriu que a Lei da Ficha Limpa só permitiria concessão de liminar por colegiados e não por um juiz.

Um dos que tiveram liminar negada pelo ministro foi o deputado João Pizzolatti (PP-SC). Ele teve condenação, com base na Lei de Improbidade, confirmado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Pela Ficha Limpa, quem tem condenação por colegiado não pode disputar as eleições.

Também foi negada liminar do ex-prefeito de Montes Claros (MG) Athos Avelino Pereira e do ex-vice do município Sued Kennedy Parrela Botelho. Britto arquivou o pedido do paranaense Juarez Firmino de Souza Oliveira.

http://www.jusbrasil.com.br
http://oglobo.globo.com
Se você é brasileiro com muito orgulho e muito amor, não vote em ficha suja, mande e-mail ou telefone para as excelências que pediram liminares. Divulgue essas informações para seus pares.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) suspende efeitos de condenação do senador Heráclito Fortes (DEM/PI) com base nas restrições impostas

Por determinação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), eventual registro de candidatura por parte do senador Heráclito Fortes (DEM/PI) para cargo eletivo não poderá ser negado com base nas restrições impostas pela chamada Lei da Ficha Limpa (LC 135/2010).

O ministro concedeu efeito suspensivo a um Recurso Extraordinário (RE 281012) do senador para suspender de imediato decisão do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) que condenou o parlamentar, em ação popular, por conduta lesiva ao patrimônio público. Este recurso começou a ser julgado na Segunda Turma do STF em novembro do ano passado, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Cezar Peluso.

Com a decisão de hoje do ministro Gilmar Mendes, ficam suspensos os efeitos da condenação imposta ao senador para efeitos da Lei Complementar 135, até que a Segunda Turma do STF conclua o julgamento do recurso extraordinário interposto pelo senador. Assim, não podem ser impostas a ele as condições de inelegibilidade previstas na nova legislação.

A chamada lei da Ficha Limpa disciplinou o artigo 14 da Constituição Federal, instituindo a condenação judicial por órgão colegiado como nova causa de inelegibilidade. Recentemente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou posição no sentido de que a LC 135/2010 tem aplicação imediata, ou seja, vale para as eleições gerais deste ano.

Diante disso, a defesa do senador recorreu ao Supremo, pedindo a concessão do efeito suspensivo ao recurso em decorrência da urgência do caso, uma vez que o semestre judiciário termina antes do prazo final para o registro das candidaturas – 5 de julho.

Segundo o ministro Gilmar Mendes, não será possível a continuidade do julgamento do recurso pela Segunda Turma ainda neste semestre, uma vez que a última sessão ocorreu em 29 de junho e o período de férias forenses se inicia no dia 2 de julho de 2010.

Ao analisar o pedido, Gilmar Mendes observou que “a urgência da pretensão cautelar parece evidente, ante a proximidade do término do prazo para o registro das candidaturas”, para deferir o pedido do senador e determinar que “o presente recurso seja imediatamente processado com efeito suspensivo, ficando sobrestados os efeitos do acórdão recorrido”, concluiu.

Leia a íntegra da decisão: http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/RE281012.pdf

Fonte:http://www.stf.jus.br

quinta-feira, 1 de julho de 2010

3o. Retiro Espiritual da Pastoral Fé e Política


Neste domingo (04/07/2010) estaremos realizando o 3o. Retiro Espiritual da
Pastoral Fé e Política.


O 1o. retiro ocorreu em Santa Rita do Passa Quatro em Julho de 2008
conduzido pela Ir. Marli sob o tema: "O compromisso social de ser
cristão".


O 2o. retiro ocorreu em Santo André, Julho de 2009, conduzido pela Ir.
Querubina. Mantivemos o mesmo tema do retiro anterior, desta vez sob a ótica
de São Paulo (estava encerrando o Ano Paulino). Durante a celebração da
Santa Missa, na Casa Provincial das Filhas de São José, o celebrante
expressou sua alegria em saber que existem grupos de Fé e Política ativos em
São Paulo. Durante a homilia, olhou-nos nos olhos e apresentou o desafio:"Aceitam ser profetas nos dias de hoje? Precisamos urgentemente de vocês!"
Esse desafio nos acompanhou durante todo esse ano em orações e
reflexões, na tentativa de entendê-lo melhor.

Nosso 3o. retiro ocorrerá neste domingo em Atibaia, sob a condução do amigo
Galiani. Em sintonia com o último retiro, o tema será: *"Ser profeta nos
dias de hoje*". Esse retiro não será restrito aos membros da Pastoral, mas
extensivo às pessoas que partilharam conosco das atividades realizadas,
especialmente os encontros da Campanha da Fraternidade.
Agradecemos o apoio da comunidade ao trabalho da Pastoral Fé e Política e
pedimos suas orações para este Retiro e seus frutos.