Márcia
Castro*
Temos
conversado sobre a Juventude neste ano com a Campanha da Fraternidade e a
Jornada Mundial da Juventude.
E
hoje vemos por todo o país esse protagonismo da juventude, estão nas ruas de
forma que há muito não se via. Aqueles que pareciam apáticos, alienados, muito
pelo contrário foram se conectando e percebendo que o modelo de Estado que
temos hoje não responde às nossas necessidades.
Eles
são claros em dizer que aqueles que usam de violência não os representam.
Trata-se de um movimento movido pela cultura da paz e despertado pelos
repetidos e absurdos casos de violência, de corrupção, de muitos impostos e poucos serviços.
Esses
jovens também expressam que o movimento é apartidário, demonstram descrença nos
partidos políticos que temos e tudo isso vem de encontro a um importante
processo que a Igreja está trazendo para discussão. Falo da 5a. Semana Social Brasileira,
uma discussão iniciada em 2011 e que todos somos chamados a participar e
debater: O Estado que temos e o Estado que queremos. Estado para quê e Estado para quem? Essa discussão é um processo
profundo de politização por princípios evangélicos. Os jovens estão nas ruas
dizendo que o Estado que temos não corresponde às nossas necessidades e eles querem
que o povo, soberano na democracia, esteja nas mesas de discussão e que suas
demandas sejam contempladas no orçamento público. Não querem os luxuosos e
desnecessários estádios da copa, querem transporte público de qualidade. Querem
melhor Ensino Público, melhor Saúde Pública. A juventude, de todas as idades, está
nas ruas para dizer que este modelo de Estado que temos: não queremos!
Os manifestantes dizem não a Proposta de Emenda Constitucional, a PEC 37, também conhecida como "PEC da Impunidade", que tira o poder de investigação dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal. Caso seja aprovada, praticamente deixarão de existir investigações contra o crime organizado, desvio de verbas, corrupção, abusos cometidos por agentes do Estado e violações de direitos humanos.
Os manifestantes dizem não a Proposta de Emenda Constitucional, a PEC 37, também conhecida como "PEC da Impunidade", que tira o poder de investigação dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal. Caso seja aprovada, praticamente deixarão de existir investigações contra o crime organizado, desvio de verbas, corrupção, abusos cometidos por agentes do Estado e violações de direitos humanos.
Um
dos caminhos de mudança é participar dos debates sobre o novo Plano Diretor
Estratégico. O Plano é um instrumento de planejamento para nossa cidade, deve
apontar as prioridades de políticas públicas para São Paulo nos próximos 10
anos. Na semana passada comentamos sobre o manifesto da Rede Nossa São Paulo
que foi entregue à Prefeitura e que pede e aponta caminhos para a redução das
desigualdades na cidade.
Conforme
o convocação do Papa Francisco «Envolver-se na política é uma obrigação para o
cristão» então amanhã às 9h tem audiência pública nas subprefeituras da Cidade Ademar, Jabaquara, Santo Amaro e Vila Mariana. Vá até
a sua subprefeitura e peça que os dados do Manifesto para redução da
desigualdade da Rede Nossa São Paulo sejam contemplados no novo Plano Diretor.
Amanhã também o Movimento de Combate á Corrupção Eleitoral – MCCE/ SP – responsável pelos Projetos de Lei de Iniciativa Popular que resultaram na Lei 9840/99, que pune compra de votos ou o uso da máquina administrativa, e, na Lei 135/10, a Lei da Ficha limpa convida para o Lançamento Nacional da Campanha M2M - Máximo Dois Mandatos Já!
O objetivo é obter um milhão de assinaturas em apoio
a uma Emenda Constitucional a ser apresentada ao Congresso limitando em dois o
número de mandatos consecutivos seja para vereador, senador, deputado estadual
ou federal.
Mas por quê limitar o mandato político?
Mas por quê limitar o mandato político?
Porque trata-se de uma função e não de uma profissão
como fazem alguns políticos que a todo custo buscam a perpetuação nos mandatos
tornando suas atuações meros favorezinhos para alguns que garantem sua reeleição
e com isso deixam de lado o bem comum.
No sistema atual os políticos usam a maquina do estado para garantirem sua reeleição com campanhas milionárias em desigualdade de condições com os outros candidatos que tentam participar do processo eleitoral e disputam em desvantagem.
Temos que possibilitar que todos possam participar e contribuir com um Estado mais justo pela alternância do poder.
Participe e divulgue este projeto, ajudando a construir um processo mais democrático.
Temos que possibilitar que todos possam participar e contribuir com um Estado mais justo pela alternância do poder.
Participe e divulgue este projeto, ajudando a construir um processo mais democrático.
O lançamento será as amanhã , as 14h00 na Praça
Benedito Calixto - Espaço Plínio Marcos - Tenda na Feira de Artes aonde
acontece o projeto O Autor na Praça em Pinheiros - SP.
Saiba mais: http://www.mcce.org.br/site/vnoticias.php?acao=vinoticias&id_noticias=908
Saiba mais: http://www.mcce.org.br/site/vnoticias.php?acao=vinoticias&id_noticias=908
*Membro
da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo.
Programa
exibido na Rádio 9 de Julho em 21/06/2013.
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