Caci Amaral*
As eleições vêm aí!
As campanhas estão
nas ruas e na internet! Estará nas rádios e na TV a partir de 21 de agosto. Prepare
seus ouvidos, mas também seu coração, vontade e inteligência: é preciso que o
voto de cada eleitor seja o mais consciente possível, decidido a partir de critérios que digam
respeito às necessidades do povo, à qualidade de vida na cidade e à moralidade
pública.
São 1192 candidatos a vereador disputando a atenção dos
eleitores.
Para o Poder Executivo, isto é, para chefiar a prefeitura do município de São Paulo, os partidos ou
conjunto de partidos em coligação, apresentaram 12 candidatos.
Ao todo são 29 partidos que disputam os votos dos mais de 8.619.230
eleitores da cidade de São Paulo.
Os partidos PSTU, PCO, PRTB, PSDC, PPL e PDT
não se coligaram: cada um deles apresentou um candidato a prefeito e candidatos
ou candidatas a vereador.
Os outros partidos formaram coligações, isto é, se
agruparam para apresentar o candidato a prefeito e os candidatos (as) para a
Câmara Municipal. Formar uma coligação significa ter mais tempo de TV para os candidatos e permite a
indicação de um número maior de candidatos para a Câmara Municipal.
PSOL e o PCB formaram
a coligação Frente de
Esquerda; PRB, PTB, PTN, PHS, PRP e PT do B formaram
a coligação Por uma nova São Paulo; PT, PP, PSB e PC do B a coligação Para
mudar e renovar São Paulo; PMDB, PSL,
PSC e PTC a coligação São Paulo em primeiro lugar; PR, DEM, PV, PSDB e PSD a coligação Avança
São Paulo; PPS e PMN a coligação Um
sinal verde para São Paulo.
Os nomes das coligações transmitem otimismo. Repare bem: Por uma nova São Paulo, Para mudar e renovar São Paulo, São Paulo em primeiro lugar, Avança São Paulo, Um sinal verde para São
Paulo.
Entretanto, análises políticas e sucessivas denúncias de
corrupção indicam que o sistema político
brasileiro e a legislação eleitoral precisam de profunda reforma, de modo que o
resultado da eleição corresponda à vontade do soberano: o povo brasileiro.
Com a lei número 9840, de 1999, que pune a compra
de votos e o uso da máquina administrativa a favor de candidato, e a lei número
135, aprovada em 2010, a lei da Ficha Limpa, plenamente aplicada nestas eleições, o país deu um passo gigantesco para o
aperfeiçoamento da democracia representativa.
O cristão e a cristã são os portadores e testemunhas da
esperança na vida em plenitude e não podem deixar – se iludir.
Colabore para que sua comunidade vote bem. Convoque a pastoral da Juventude, a
PASCOM, a pastoral Fé e Política, as demais pastorais e movimentos e peça ajuda na pesquisa sobre os partidos:
Quando foi fundado? Quem são seus fundadores? Quais as motivações que levaram a
fundação do partido? O partido tem representantes no Congresso Nacional? Como o
partido tem votado no Congresso? O partido está presente na Câmara Municipal?
Quais os projetos mais significativos
dos parlamentares deste partido na
Câmara Municipal?
Com exceção de um único vereador, todos os demais
vereadores da Câmara Municipal de São Paulo estão se recandidatando. Quem são e
o que fizeram?
Estes vereadores, por serem mais conhecidos e já possuírem
base eleitoral nos bairros, provavelmente serão, junto com outros, os puxadores
de votos: verifique, em cada partido ou coligação quem são esses nomes, pois ao
dar seu voto para um candidato de um partido ou coligação você poderá estar
ajudando a eleger outro candidato, no qual você nunca votaria.
Decida com a comunidade sobre um conjunto de partidos que
serão convidados a expor suas
propostas para o município de São Paulo.
Compare as propostas
apresentadas com aquelas oferecidas
pelas entidades da sociedade civil que se reúnem na Rede Nossa São Paulo, da
qual pastorais e a arquidiocese também
participam e com a Projeto Cidades Sustentáveis.
Lembre – se que na eleição para o Poder Legislativo, isto
é, para a Câmara Municipal os eleitos já
estarão definidos na tarde do dia 07 de outubro, às 17 horas, quando se
encerra o horário de votação.
O Poder Legislativo é formado pelos vereadores e vereadoras, a quem pelo voto, os
eleitores entregam o poder de governar
em seu nome. Eles têm nas mãos o poder de decidir sobre o futuro da cidade de São Paulo. É a Câmara Municipal,
formada pelo conjunto dos vereadores e
vereadoras eleitos pelo povo, que faz as
leis, fiscaliza as ações do prefeito e de seus secretários e vota a distribuição de verbas para todas as
secretarias, subprefeituras e demais
demandas dos munícipes.
Todas as informações
sobre partidos e candidatos devem ser repassadas para a comunidade: peça a
colaboração da pastoral Fé e Política e
da PASCOM; veja quais os melhores
recursos de comunicação a serem utilizados para que, ao chegar o dia 07 de
outubro, um número maior de pessoas se sinta seguro para apertar o botão confirme, da urna
eletrônica.
Atuando intensamente nestas eleições a favor do
esclarecimento político da população a comunidade está pedagogicamente educando
a todas e todos e formando uma cultura
e uma rede a favor de uma atuação política permanente, como serviço à coletividade e expressão da caridade cristã.
Conforme diz a cartilha: Eleições Municipais 2012:
Cidadania para a democracia, “é no
município que a democracia participativa pode se tornar realidade, pois as
necessidades concretas das pessoas são mais percebidas e o conhecimento e a
proximidade com a classe política é maior. Isto proporciona maior possibilidade
de controle das ações do poder público e influência nas suas decisões".
Voto
não tem preço, tem consequências
*Coordenadora da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo
Programa da Pastoral Fé e Política apresentado em 27 de julho
de 2012 na Rádio 9 de julho
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