Marilia Amaral*
Primeiramente, quero fazer um convite, já que estamos em ano eleitoral e escolher bem o candidato tem sido um tema importante em nossos estudos.
A Pastoral Fé e Política da Região da Brasilândia promoverá um debate com os candidatos à prefeitura de São Paulo no dia 11/8 das 14h30 às 17h. Informações podem ser obtidas pelo telefone da Cúria Regional: 3924-0020.
Essa é uma ocasião importante para conhecermos os candidatos fora dos holofotes da televisão.
Ontem comentamos sobre a notícia veiculada no site do jornal O Estado de São Paulo sobre a participação do candidato Celso Russomano em uma missa. No final da matéria, um item me chamou a atenção, intitulado: “Dez votos por uma carta”. Ouçamos:
Após a missa, um senhor de 75 anos abordou um dos correligionários do candidato e ofereceu: "Consigo dez votos para o candidato se ele escrever uma carta de recomendação para minha filha na faculdade". Esta tem 41 anos e cursava administração na Universidade São Marcos, porém foi descredenciada em março deste ano pelo Ministério da Educação. Desde então, ela diz não conseguir bolsa de estudos em outra faculdade.
O problema é que segundo consta no jornal, o assessor pegou seus dados e disse que daria um retorno.
Aqui, parece não ter ocorrido nada de ilegal. POR ENQUANTO!
Admira-me o fato desse assessor não ter alertado o pobre senhor que compra de votos é crime, segundo a Lei 9.840/99. Mais interessante ainda foi o fato do jornal ter narrado o acontecimento como algo comum, não fazendo nenhuma menção ao litígio em que poderia estar envolvido o candidato no caso de se concretizar a conduta.
Conforme explica o MCCE na Cartilha Orientações para as Eleições Municipais 2012: “A Compra de Votos é a doação, o oferecimento, a promessa, ou a entrega, pelo candidato ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição.”.
É entristecedor saber que tantas pessoas ainda não têm consciência do valor do seu voto, tanto que o slogan do MCCE sobre a Lei 9.840 é justamente esse: “Voto não tem preço, tem consequência”.
Percebam como é importante multiplicarmos o trabalho da Pastoral Fé e Política em nossas paróquias e comunidades. Lembremo-nos do trecho de Mateus 9,36ss.
“Ao ver a multidão teve compaixão dela, porque estava cansada e abatida como ovelhas em pastor. Então disse aos seus discípulos: ‘A colheita é grande, mas poucos os operários! Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para a sua colheita’.”.
Neste caso, vocês podem iniciar com um trabalho de conscientização da comunidade lendo a cartilha do MCCE, que está disponível no site: www.mcce.org.br. Na página principal você verá o link da Cartilha com dicas para as eleições 2012.
Se sua paróquia ainda não tem a Pastoral Fé e Política articulada, nada os impede de fazer essa leitura no grupo de jovens, no grupo de oração, com os pais das crianças da catequese e demais pastorais.
*Membro da Pastoral Fé e Política
Programa da Pastoral Fé e Política apresentado na Rádio 9 de julho em 31/07/2012.
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