quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

1ª Audiência Pública sobre o Orçamento 2013


Marilia Amaral*

No dia 26 de novembro aconteceu a 1ª Audiência Pública sobre o Orçamento 2013.
Apesar da Prefeitura ainda não ter disponibilizado o registro escrito da audiência, no site da Câmara Municipal, neste mesmo site consta uma notícia sobre o evento.
Um ponto muito importante que já comentamos aqui são os investimentos com transportes. Houve um questionamento do vereador Milton Leite (DEM) a respeito da quantia destinada à essa área. A verba prevista, de R$ 660 milhões, é a mesma do ano de 2012, sendo que neste ano já não foi suficiente: “a prefeitura deve encerrar o ano com R$ 960 milhões gastos em subsídios”.
Quero destacar aqui a importância da presença da população nessas audiências. Moradores da Vila Sônia participaram da audiência e se manifestaram rejeitando a criação de um terminal rodoviário interestadual, sendo que foi entregue à Comissão de Finanças e Orçamento um abaixo assinado com mais de 3 mil nomes contra a construção desse terminal. Esse posicionamento dos moradores da Vila Sônia se deve também porque tal obra implicaria na desapropriação de 72 casas; e a entrega do abaixo-assinado ocorreu devido à Prefeitura agir, segundo eles, de forma contrária ao Estatuto das Cidades, que institui a “gestão compartilhada com os cidadãos”.
Na audiência do dia 26 estavam presentes, ainda, artistas e arte-educadores que apresentaram suas propostas.
Entendem porque eu insisto em convocá-los a iniciarem os trabalhos em suas paróquias, criando uma Pastoral de Fé e Política? Entendo que talvez vocês até saibam da importância, mas sentem alguma dificuldade em conversar com seus párocos ou até mesmo com a comunidade ou o Conselho Pastoral Paroquial, já que lamentavelmente muitas pessoas ainda confundem Política com politicagem.
Nesse caso, entrem em contato conosco pelo e-mail da pastoral: contato@pastoralfp.com, que procuraremos ajudá-los na medida do possível.
Quanto maior for a nossa presença no controle da administração pública, tanto menor será a corrupção e o mau uso do dinheiro público. Insisto em lembrar do filme Vida de Inseto: somos muito mais “formigas” do que “gafanhotos” e eles sabem disso, mas tentam nos intimidar com sua força, com seu poder.
Mas na vida real, o poder é do povo: vivemos numa democracia. Esses agentes políticos, prefeitos, vereadores, governadores, deputados e até a presidente, apenas nos representam. Acontece que para nos representarem devidamente, temos que lembrar-lhes, constantemente, qual é a nossa vontade, quais são as nossas necessidades.
E nós cristãos, que rezamos o Pai nosso, devemos enxergar nossas necessidades em comunidade, para que o pão também seja nosso.

*Membro da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo.
Programa da Pastoral apresentado na Rádio 9 de julho em 03/12/2012

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