Marilia Amaral*
Fazendo
uma pausa no estudo das atribuições da Mesa da Câmara Municipal, vamos
acompanhar como foi a primeira sessão plenária, que ocorreu semana passada na
Câmara.
Segundo
informa o site do Legislativo municipal, essa sessão ocorreu na terça-feira,
dia 5, e “contou com a presença do prefeito Fernando Haddad e de Edson Simões,
presidente do Tribunal de Contas do Município (TCM)”.
A
sessão iniciou por volta das 15h e, convidado pelo presidente da Casa, Simões
falou sobre a “história do Parlamento paulistano e de sua importância para a
cidade. Ele também defendeu a renegociação da dívida da cidade com a União, que
tem sido discutida pelo prefeito com o Governo Federal”.
Pelo
que ele disse, sabe-se que outros municípios brasileiros estão na mesma
situação e a ideia é de que tal negociação sirva de exemplo para que eles
também possam resolver seus problemas.
O
prefeito, Fernando Haddad “afirmou que pretende cultivar uma relação de
proximidade com o Legislativo.” Como ele mesmo disse, “A população espera ... transparência,
entendimento e diálogo”. Outro assunto tratado foi o Plano Diretor da cidade,
além de outros projetos que o prefeito pretende priorizar, como a criação de vagas
em creches e a construção de 165 quilômetros de corredores de ônibus.
Segundo
o vereador Arselino Tatto (PT), que foi nomeado líder do governo na Câmara,
nenhum vereador deve se “opor a votar projetos que levem em conta interesses da
população de São Paulo”.
E
isso, com certeza, é o que esperamos. Que os interesses da população
prevaleçam! Aliás, a supremacia do interesse público sobre o privado é um dos
princípios da administração pública.
O
vereador Floriano Pesaro, líder do PSDB — partido de oposição com a maior
bancada —, definiu o papel da oposição como um acompanhamento do governo, uma
fiscalização. Logo, sua fala vem de encontro que os partidos devem deixar suas vaidades
de lado e representarem o povo que os elegeu.
De
acordo está também o vereador Ari Friedenbach, líder do PPS, que “acredita que
mesmo nas matérias discordantes os blocos precisam procurar soluções de
consenso.” Ele diz ser dever da Câmara “aprovar toda proposta que for boa para
a cidade”.
Lembro
aqui, que o prefeito aderiu ao Programa Cidades Sustentáveis, proposto pela
Rede Nossa São Paulo. Esse programa tem metas nas áreas econômicas, social,
ambiental, cultural e de governança que estão baseadas em exemplos
internacionais que deram certo e que podem ser implementadas no país, conforme
informa a Agência Brasil.
Estamos
estudando, na Doutrina Social da Igreja a forma de democracia participativa.
Participar da Rede Nossa São Paulo em qualquer dos seus eixos de atuação, é uma maneira de realizarmos esse ideal de
democracia.
*Membro da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo.
Programa exibido da Rádio 9 de julho em 12/02/2013.
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