sábado, 6 de outubro de 2012

Mas o que a escolha dos discípulos tem a ver com quem não acredita mais no valor do voto?



Marilia Amaral*


Depois da nossa caminhada ao longo desse ano, pesquisando o trabalho dos vereadores, orientando a escolher as melhores propostas e os melhores candidatos, estamos há 4 dias das eleições municipais, onde elegeremos nossa prefeita ou o nosso prefeito, assim como as vereadoras e os vereadores.
Quantos de vocês já decidiram em quem irão votar? Quem conseguiu implantar o grupo ou a pastoral de fé e política na comunidade? Quem conseguiu apresentar as necessidades da sua região para algum candidato e melhor ainda, conseguiu que ele se comprometesse com a sua causa?
Bem, muito já foi falado, e agora resta-nos votar e esperar a apuração dos votos. Mais ainda, resta-nos esperar que os candidatos em qual depositaremos nossa representação, seja fiel com suas promessas, seja fiel com o povo de São Paulo.
Para os que ainda não tiveram tal sorte, eu apenas lhes peço que não desistam! Lembrem-se que não foi do dia para a noite que o cristianismo foi aceito. Muitos tiveram que morrer e ainda morrem para que o nome de Jesus Cristo seja proclamado, para que vendo, as pessoas creiam.
Hoje, especialmente, quero falar àqueles que ainda não decidiram em quem irão votar, porque estão tão decepcionados com a política que não acreditam em mais nada. Ou para aqueles que por não acreditar em mais nada, resolveram anular seu voto ou votar em branco.
Antes, porém, vamos ouvir o que diz o Evangelho segundo Marcos 3,13-19.
“Depois subiu à montanha, e chamou a si os que ele queria, e eles foram até ele. E constituiu Doze, para que ficassem com ele, para enviá-los a pregar, e terem autoridade para expulsar os demônios. Ele constituiu, pois, os Doze, e impôs a Simão o nome de Pedro; a Tiago, o filho de Zebedeu, e a João, o irmão de Tiago, impôs o nome de Boanerges, isto é filhos do trovão, depois André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, o filho de Alfeu, Tadeu, Simão o zelota, e Judas Iscariot, aquele que o entregou.”
Mas o que a escolha dos discípulos tem a ver com quem não acredita mais no valor do voto? Tudo!
Vejam que Jesus, o próprio Filho de Deus, escolheu 12 discípulos sendo que 1 o traiu. E por que Judas traiu Jesus? Porque ele não entendeu a missão de Jesus, ele não entendeu a sua própria missão.
Quantos candidatos que estão no poder há tanto tempo ainda não entenderam a sua missão? Quantos candidatos que queriam estar no poder, que criticavam o sistema, ao serem eleitos acabaram se tornando parte do sistema? E por que? Porque, assim como Judas, eles não entenderam a sua missão.
Para quem ainda não escolheu em quem vai votar, ou tem algum amigo que faz campanha contra o voto obrigatório, lembrem-se da nossa responsabilidade em escolher pessoas que nos ajudarão na construção do Reino de Deus.

Escolham, pelo menos 2 candidatos à vereança e ao governo da cidade de São Paulo. Comparem suas propostas e depositem seu voto nessa pessoa.
Se, nos próximos 4 anos, eles se mostrarem não terem sido dignos do voto que receberam, não se culpem, porque não somos melhor que nosso mestre. Devemos continuar esperando contra toda esperança.


*Membro da Pastoral Fé e Política - Região Episcopal Santana.
Programa exibido da Rádio 9 de julho em 02/10/2012.


Nenhum comentário:

Postar um comentário