sábado, 6 de outubro de 2012

O que pode ou não ser feito no período eleitoral


Marilia Amaral*

Hoje iremos continuar a explicação da semana passada sobre o que pode ou não ser feito no
período eleitoral.
Antes porém, quero informá-los de que entre 2 de julho e 21 de agosto, 73% das denúncias
recebidas no disque denúncia eleitoral, referente ao Estado de São Paulo, correspondiam à
propaganda eleitoral irregular.
Viram como é importante fiscalizar?
Outro dado importante publicado é que 7% das denúncias correspondem à compra de votos.
Vamos entender um pouco mais o que isso significa. Assim está expresso, na resolução do TSE:
“São vedadas na campanha eleitoral confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato,
ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou
quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor,
respondendo o infrator, conforme o caso, pela prática de captação ilícita de sufrágio, emprego
de processo de propaganda vedada e, se for o caso, pelo abuso de poder” (Lei nº 9.504/97, art.
39, § 6º, Código Eleitoral, arts. 222 e 237, e Lei Complementar nº 64/90, art. 22).
Também a Lei 9.840/99 assim se manifesta: “constitui captação de sufrágio, vedada por esta
Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o
voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública,
desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a
cinquenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma.”.
Entendam, então, que é proibido oferecer qualquer tipo de vantagem em troca de voto: não
importando se o candidato está apenas oferecendo canetas, réguas, camisetas, ou se ele está
preocupado e ressalto que aqui digo “preocupado” entre aspas com os seus dentes, com seu
filho desempregado, ou ainda se ele se dispõe a fazer seu enxoval, te dar os eletrodomésticos
que estão faltando na sua casa, ou sabe-se mais Deus o quê. Este tipo de captação de sufrágio
ou seja, conquista de voto é totalmente vedado.
Percebam que não importa se é um candidato que a princípio era bem intencionado e
honesto. A partir do momento que ele usar de qualquer uma dessas artimanhas, sua conduta
passará a ser imoral.


*Membro da Pastoral Fé e Política - Região Episcopal Santana.
Programa exibido da Rádio 9 de julho em 10/09/2012.
                                                                                                                    

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