terça-feira, 11 de setembro de 2012

São Paulo acolhe 16° Grito dos Excluídos


Missa celebrada na manhã desta sexta-feira, 7, na Catedral da Sé, teve por intenção o dia da Pátria e a abertura do Grito dos Excluídos. A missa foi presidida pelo bispo auxiliar da arquidiocese e vigário episcopal para a região Sé, dom Tarcísio Scaramussa, e concelebrada pelo vigário episcopal da região Lapa, dom Júlio Endi Akamine, e demais padres da arquidiocese.
Na saudação inicial, o bispo colocou em oração todo o povo brasileiro, que neste dia 7 celebra 190 anos da Proclamação da Independência. “E pedimos ao Senhor pelo nosso povo. Pelo povo brasileiro, especialmente por aqueles que são excluídos e marginalizados”, disse.
Na homilia, dom Tarcísio destacou que mesmo após tantos anos passados da Independência é preciso assegurar os direitos básicos aos mais necessitados, pois o espírito dos cristãos se “inquieta por perceber que não chegou a todas as pessoas a necessária independência entendida como a garantia de todos os seus direitos respeitados”.
Ainda, sobre a responsabilidade e a preocupação dos cristãos em relação aos problemas da sociedade, o bispo ressaltou que os “cristãos têm a responsabilidade especial na construção de uma sociedade como Deus quer”.
O bispo ressaltou sobre a importância das boas qualidades que devem ter os governantes, e sobre a necessidade de fazer políticas públicas voltadas para a população. “Alguém que deve ser fiel na administração que lhe foi confiada. Que não governe em beneficio próprio, mas em beneficio do bem comum. Que não seja dono, mas servidor do povo, respeitando o povo como protagonista”, destacou.
“Não se transforma um Estado a não ser a partir de um projeto de Nação, e este supõe um povo consciente e participativo. Políticas paliativas são remendo novo em roupa velha não combina e nem funciona. Estruturas velhas de desigualdade, privilégios e injustiças não podem suportar o vinho novo do Reino de Deus”, disse dom Tarcísio.
Ao concluir a homilia o bispo destacou a importância da eucaristia na vida do discípulo. “A eucaristia alimenta, portanto a vida e a esperança dos discípulos de Jesus para proclamar, com ele, as bem aventuranças. Expressão vibrante do gritos dos excluídos, esperança de uma nova sociedade”.
Ao final da celebração as pastorais sociais da Arquidiocese de São Paulo, reunidas com entidades sociais, realizaram um ato em frente a Catedral da Sé, e caminharam até o Museu do Ipiranga dando continuidade ao 16º Grito dos Excluídos que este ano teve como tema: “Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda a população”

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