Marilia Amaral*
Veremos hoje que os apóstolos de Jesus também tiveram que fazer uma escolha, decidir quem iria continuar a missão no lugar de Judas. Prestem atenção para ver como Pedro contextualiza o problema que eles terão que enfrentar e como é feita essa escolha.
Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – o número das pessoas reunidas era de mais dou menos cento e vinte – e disse: “irmãos, era preciso que se cumprisse a Escritura em que, por boca de Davi, o Espírito Santo havia de antemão falado a respeito de Judas, que se tornou o guia daqueles que prenderam a Jesus. Ele era contado entre os nossos e recebera sua parte neste ministério. Ora, este homem adquiriu um terreno com o salário da iniquidade e, caindo de cabeça para baixo, arrebentou pelo meio, derramando-se todas as suas entranhas. O fato foi tão conhecido de todos os habitantes de Jerusalém que esse terreno foi denominado na língua deles, Hacéldama, isto é, ‘Campo de Sangue’. Pois está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada e não haja quem nela habite.
E ainda:
Outro receba o seu encargo.
É necessário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição”.
Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e cognominado, Justo, e Matias. E fizeram esta oração: “Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolhestes a fim de ocupar, no ministério do apostolado, o lugar que Judas abandonou, para dirigir-se ao lugar que era o seu”. Lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então associado aos onze apóstolos.
Palavra do Senhor.
Veja, que essa leitura do livro dos Atos dos Apóstolos 1,15-26 nos dá algumas dicas de como devemos nos orientar para escolher os nossos representantes.
Primeiramente, temos que Pedro é quem toma a frente de em grupo para apresentar o problema. Da mesma forma, também nós precisamos de líderes. Vejam bem, líderes não são donos de pastorais e sim, aqueles que tomam a frente quando se deparam com algum problema e que têm sugestões concretas de como resolvê-lo. Reparem também, que a solução será encontrada em comunidade. Logo, não podemos pensar que devemos dar o nosso voto àquele político que irá resolver somente os nossos problemas individuais, e sim àquele que tem as melhores propostas para toda a nossa comunidade.
Na exposição de Pedro, podemos notar ainda que Judas não foi digno do cargo que recebeu, já que além de ter se tornado “o guia daqueles que prenderam Jesus”, ainda renunciou ao seu cargo cometendo suicídio.
Tomando as escrituras como base, Pedro espera que “outro receba seu encargo”, sua missão e quem seria esse outro? Nada mais do que alguém que sempre esteve com eles, alguém que conviveu com Jesus, que conheceu sua missão e que agora se encarrega de continuá-la. Vejam que Pedro não foi buscar uma pessoa que não estivesse envolvida com a realidade deles. Da mesma forma, se um político não honrou ter recebido nosso voto em outras eleições, que “outro receba seu encargo” dentre pessoas que vos acompanhem durante todo o tempo.
Finalmente, os apóstolos e toda a comunidade se reúnem em oração para que Deus lhes indique quem é a melhor pessoa, quem é a pessoa escolhida por Ele mesmo, digna de ocupar tal cargo.
Com todas essas sugestões, tenho certeza de que poderemos escolher um servo bom e fiel para assumir os postos de governante e vereador de nossa cidade.
*Membro da Pastoral Fé e Política - Região Santana.
Programa da Pastoral Fé e Política, exibido na Rádio 9 de Julho em 03/09/2012.
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