A Campanha da Fraternidade tem por objetivo mostrar que todos nós
precisamos dar continuidade ao projeto de Jesus. Deus nos chama para juntos
combatermos problemas graves e construirmos um mundo mais humano. Em 2011, a
Campanha teve o tema "Fraternidade e Vida no Planeta" e o lema "A criação geme
em dores de parto". Em 2012, acontece a RIO+20, um espaço criado para discutirmos
propostas para melhorar a forma com tratamos o meio ambiente. É fundamental que
a sociedade se conscientize e se organize para expor e combater problemas
inaceitáveis do Brasil que afetam o meio ambiente e a dignidade dos seres
humanos.
De 15 a 17 de junho, entidades da sociedade civil guiarão ativistas, jornalistas e pesquisadores por três empreendimentos de forte impacto socioambiental na região metropolitana do Rio de Janeiro. O objetivo do grupo é mostrar que, na mesma cidade que promete redefinir os marcos ambientais do planeta, estão sendo erguidos ou tocados uma série de megaprojetos na contramão do discurso oficial. A jornada, batizada de Rio+Tóxico, visitará Santa Cruz, Duque de Caxias e Magé, áreas afetadas pela siderúrgica ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) e pela refinaria de Duque de Caxias REDUC-Petrobrás. Outros destinos são a Área de Proteção Ambiental de São Bento e o Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, o maior da América Latina. Os visitantes participarão de reuniões e visitas, e poderão fazer entrevistas com lideranças e moradores locais. Os ônibus partem da sede do BNDES, no Centro do Rio, de onde sai também grande parte do financiamento desses empreendimentos tóxicos.
Empreendimentos Tóxicos
Localizada na Baía de Sepetiba, a ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) se instalou no Rio após ser negada em outros Países e estados do Brasil. A siderúrgica despeja partículas de ferro-gusa e emite toneladas de gás carbônico no ar, suficientes para aumentar as emissões na cidade do Rio de Janeiro em 76%. Isso tem afetado a saúde e o meio ambiente dos moradores e pescadores da região em um nível tão elevado que se tornou um problema para a sede da empresa, na Alemanha.
Já a Refinaria Duque de Caxias (REDUC), inaugurada há 50 anos, e o Pólo Petroquímico que se formou ao seu redor se tornaram ao longo do tempo um dos maiores poluidores da Baía de Guanabara, afetando não só plantas e animais, mas também a saúde e os modos de vida das populações no seu entorno. Em 2000, um grande vazamento despejou 1,3 milhão de litros de óleo na Baía de Guanabara, trazendo à tona o custo social e ambiental do empreendimento.
Ainda em Caxias o roteiro inclui uma visita à Área de Proteção Ambiental de São Bento, ao Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho - o maior aterro sanitário da América Latina, desativado em junho - e a Cidade dos Meninos, um dos casos mais emblemáticos de injustiça ambiental. O problema, que se arrasta por 50 anos, envolve os resíduos de inseticidas abandonados no local e diversos atores sociais.
A Cúpula dos Povos na Rio+20
Entre os dias 20 e 22 de junho, acontecerá no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que pretende ser um novo palco para a redefinição dos marcos da política ambiental internacional. As entidades que planejaram o Rio+Tóxico estão organizadas em torno do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20. A tarefa especifica desse grupo é facilitar a participação de entidades no processo que culminará na realização da Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental.
A Cúpula dos Povos acontecerá entre os dias 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo – paralelamente a Rio+20. O evento agrega uma série de organizações da sociedade civil e movimentos sociais de todo o mundo, com o objetivo de oferecer soluções reais ao impasse ambiental planetário, desvinculadas do projeto neoliberal de financeirização da natureza que está sendo oferecido pelos defensores da "economia verde" na Rio+20.
Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=67692
A RIO+20 precisa ser usada para levar ao conhecimento de todos as agressões ao
meio ambiente e, concretamente, criar propostas em prol do mesmo.Empreendimentos Tóxicos
Localizada na Baía de Sepetiba, a ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) se instalou no Rio após ser negada em outros Países e estados do Brasil. A siderúrgica despeja partículas de ferro-gusa e emite toneladas de gás carbônico no ar, suficientes para aumentar as emissões na cidade do Rio de Janeiro em 76%. Isso tem afetado a saúde e o meio ambiente dos moradores e pescadores da região em um nível tão elevado que se tornou um problema para a sede da empresa, na Alemanha.
Já a Refinaria Duque de Caxias (REDUC), inaugurada há 50 anos, e o Pólo Petroquímico que se formou ao seu redor se tornaram ao longo do tempo um dos maiores poluidores da Baía de Guanabara, afetando não só plantas e animais, mas também a saúde e os modos de vida das populações no seu entorno. Em 2000, um grande vazamento despejou 1,3 milhão de litros de óleo na Baía de Guanabara, trazendo à tona o custo social e ambiental do empreendimento.
Ainda em Caxias o roteiro inclui uma visita à Área de Proteção Ambiental de São Bento, ao Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho - o maior aterro sanitário da América Latina, desativado em junho - e a Cidade dos Meninos, um dos casos mais emblemáticos de injustiça ambiental. O problema, que se arrasta por 50 anos, envolve os resíduos de inseticidas abandonados no local e diversos atores sociais.
A Cúpula dos Povos na Rio+20
Entre os dias 20 e 22 de junho, acontecerá no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que pretende ser um novo palco para a redefinição dos marcos da política ambiental internacional. As entidades que planejaram o Rio+Tóxico estão organizadas em torno do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20. A tarefa especifica desse grupo é facilitar a participação de entidades no processo que culminará na realização da Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental.
A Cúpula dos Povos acontecerá entre os dias 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo – paralelamente a Rio+20. O evento agrega uma série de organizações da sociedade civil e movimentos sociais de todo o mundo, com o objetivo de oferecer soluções reais ao impasse ambiental planetário, desvinculadas do projeto neoliberal de financeirização da natureza que está sendo oferecido pelos defensores da "economia verde" na Rio+20.
Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=67692
Filipe Thomaz
Membro da Pastoral Fé e Política
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