Márcia
Castro*
Temos
conversado aqui na Rádio 9 de Julho sobre as formas de participação política na
cidade, pois participar politicamente é muito mais que votar. A cidade vive um
processo importante que é a revisão participativa do Plano Diretor Estratégico.
A
prefeitura lançou um site chamado Gestão Urbana para que a população possa
conhecer melhor o Plano Diretor e participar do processo. Vou trazer alguns
dados para vocês entenderem o processo.
Planejamento de uma nova São Paulo
A cidade é como se fosse a
nossa casa. E, para manter a casa sempre organizada, é preciso que cada um faça
a sua parte. Assim como planejamos e arrumamos cada cômodo do nosso lar, em uma
cidade é preciso garantir os espaços públicos bem cuidados, preservar o meio
ambiente, ter moradia adequada para todos, garantir que as pessoas possam ir
trabalhar, passear, fazer compras sem enfrentar congestionamentos e longas
horas nos deslocamentos.
Discutir a cidade é avaliar a cidade que temos e planejar a que
queremos. Para tanto, o poder público municipal não tem como pensar nas
mudanças necessárias sozinho, e precisa dialogar com seus cidadãos de modo que
o planejamento seja resultado de uma parceria entre Poder Público e sociedade.
As perguntas que orientam o processo são:
Como
vamos garantir qualidade de vida na nossa cidade? Como garantir que todos
tenham acesso a moradia com saneamento básico, transporte público de qualidade
e o direito ao lazer? Como garantir que a riqueza produzida pela cidade seja
distribuída para seus cidadãos de forma equilibrada?
Vejam
que estas perguntas tem um forte valor cristão, a busca da vida em plenitude
como nos diz Jesus: "Eu vim para que todos tenham vida e todos tenham vida
em plenitude" (Jo 10,10).
Os
princípios orientadores do Plano são:
1.
Função social da cidade
2.
Função social das propriedades urbanas
3.
Direito à cidade
4.
Gestão democrática, equidade social e territorial
A cidade cumpre sua função social quando
bens e equipamentos urbanos de saúde, educação, assistência social, habitação,
saneamento, lazer, emprego e renda podem ser usufruídos por todos,
independentemente de sua condição social. Hospitais tem que estar perto de
casa, com transporte público disponível para chegar até ele; não podemos ter
imóveis vazios com pessoas morando na rua e em favelas; é preciso ter
oportunidades de emprego em todas as regiões, para que os trabalhadores não
passem horas no transporte. Cinema, teatro e outras atividades culturais também
devem estar distribuídas por todas as regiões.
Os instrumentos de planejamento urbano, como o Plano Diretor
Estratégico, os Planos de Bairro e outros, são importantes, pois orientam a
distribuição dos locais de moradia e das atividades econômicas (comércio,
indústrias, serviços) nos bairros, definem quais as obras necessárias para
evitar enchentes, propõem onde devem ser implantados os parques e recuperadas
as áreas verdes, quais corredores de ônibus devem ser implantados, enfim, como
garantir bem estar e qualidade de vida para seus moradores.
Mas para que isso aconteça, tem que haver participação ativa da
população no processo de elaboração desses instrumentos, pois é a população que
orienta e direciona as ações públicas e privadas na produção de uma cidade mais
justa e sustentável.
Por quê
está ocorrendo a Revisão Participativa do Plano Diretor Estratégico?
O Município de São Paulo possui
um Plano aprovado em 2002 (Lei 13.430/02). Ele estava programado para ser
revisto em 2006, mas a proposta de revisão não foi concluída. Por isso os
trabalhos foram retomados para a
realização de um processo amplo e democrático de discussão.
Quem Coordena
a Revisão Participativa dos Instrumentos de Planejamento Urbano?
A Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de São Paulo (SDMU) é a responsável pela
condução de todas as etapas de trabalho de revisão participativa.
A revisão do Plano Diretor
Estratégico encontra-se na 2a. etapa e está ocorrendo nas subprefeituras, aí
onde vocês moram.
Amanhã
às 9h tem audiência pública nas subprefeituras Aricanduva
(UNICSUL Av. Regente Feijó, 1.295), Ipiranga (CEU Meninos Rua Barbinos, 111), Mooca (SENAI R. Bresser, 2315) e Vila Prudente/ Sapopemba
(CEU Rosa da China Rua Clara Petrela, s/n). A população irá apresentar suas demandas, então vá até a sua subprefeitura e proponha as prioridades para o seu bairro. Vamos colocar em prática o 11º Plano Pastoral da Arquidiocese de São Paulo (ASP) e ser assim “Testemunhas de Jesus Cristo na cidade de São Paulo”.
(UNICSUL Av. Regente Feijó, 1.295), Ipiranga (CEU Meninos Rua Barbinos, 111), Mooca (SENAI R. Bresser, 2315) e Vila Prudente/ Sapopemba
(CEU Rosa da China Rua Clara Petrela, s/n). A população irá apresentar suas demandas, então vá até a sua subprefeitura e proponha as prioridades para o seu bairro. Vamos colocar em prática o 11º Plano Pastoral da Arquidiocese de São Paulo (ASP) e ser assim “Testemunhas de Jesus Cristo na cidade de São Paulo”.
*Membro
da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo.
Programa
exibido na Rádio 9 de Julho em 05/07/2013.
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