Março está ficando um mês cada vez mais importante para os diferentes movimentos sociais. O Dia internacional da mulher, celebrado no dia 8, já o faz muito especial, pois conclama a todos e todas ao apoio às lutas das mulheres por sua liberdade e igualdade de direitos num mundo marcado por profundas desigualdades, discriminações e dominações. Mas com a definição do dia 14 como Dia internacional de lutas contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida, e do dia 16 como o Dia nacional de conscientização sobre as mudanças climáticas, março se afirma como um tempo realmente desafiador.
Como Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, cabe-nos destacar o desafio do dia nacional de conscientização sobre as mudanças climáticas, explicitando, ao mesmo tempo, como ele se liga com as duas outras mobilizações internacionais.
A iniciativa em favor desse dia nacional foi do senador Cristóvão Buarque pela Lei nº 12.533 no final de 2011. O objetivo específico, segundo o senador, é fazer que as escolas promovam o cuidado com os biomas e ecossistemas brasileiros. Aparentemente, caberia só ou especialmente às escolas a responsabilidade por essa conscientização e, para isso, os agentes dela seriam os professores/as, as crianças e os jovens.
Reconhecemos a necessidade urgente de promover a conscientização sobre as mudanças climáticas, mas não concordamos em colocar sobre os ombros das crianças e jovens a responsabilidade por ela. Nem mesmo sobre os professores. Afinal, se depender só deles, pode ser que a consciência do que deve ser feito chegue tarde. As mudanças climáticas se agravam cada dia mais porque o aquecimento global não pára de aumentar. Por isso, é preciso que os adultos que causaram e provocam o aquecimento assumam sua responsabilidade e mudem.Pensando no Brasil, quem deveria dar exemplo de cuidado com o ambiente da vida? Há muitas pessoas que devem dar exemplo, mas com certeza a conscientização andaria mais rapidamente se os Deputados e Senadores dessem um bom exemplo. Em vez disso, o que fazem eles? Dão um péssimo exemplo ao insistirem em aprovar mudanças no Código Florestal que colocam em risco ainda maior as florestas, os rios e córregos, as encostas e morros; que, além disso, cancelam dívidas dos que desmataram e usaram solos de forma ilegal, conscientemente, contando que conseguiriam anistia.
Este é o motivo que leva o Fórum e a maioria dos brasileiros a não confiar nos políticos. Se a decisão fosse tomada por toda a cidadania, com certeza o primeiro lugar em que se faria trabalho de informação e formação sobre as mudanças climáticas seria o Congresso Nacional. Feito isso, se a maioria de seus membros não se conscientizasse, e teimasse em mudar o Código Florestal por uma lei que interessa aos grandes proprietários e donos do agronegócio, aí a cidadania tomaria consciência de que estas pessoas não devem ser reeleitas, já que colocam seus interesses acima dos direitos de todas as pessoas a um ambiente saudável e acima dos direitos da Mãe Terra.
Amigas e amigos, o mês de março é tempo de mobilização em favor dos direitos das mulheres, dos atingidos por barragens, dos rios e córregos, de todas as formas de vida, contra as discriminações, contra a teimosia de construir hidrelétricas em vez de produzir energia elétrica a partir do sol e dos ventos, contra quem deseja manter o desenvolvimento econômico que está levando a Terra a não conseguir manter equilibrado o ambiente da vida. Para que avance a conscientização, vale a pena reforçar as seguintes mobilizações:
- no dia da mulher, junto com as flores, dê florestas!
http://ivopoletto.blogspot.com/2012/03/para-e-com-todas-as-mulheres.html
Como Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, cabe-nos destacar o desafio do dia nacional de conscientização sobre as mudanças climáticas, explicitando, ao mesmo tempo, como ele se liga com as duas outras mobilizações internacionais.
A iniciativa em favor desse dia nacional foi do senador Cristóvão Buarque pela Lei nº 12.533 no final de 2011. O objetivo específico, segundo o senador, é fazer que as escolas promovam o cuidado com os biomas e ecossistemas brasileiros. Aparentemente, caberia só ou especialmente às escolas a responsabilidade por essa conscientização e, para isso, os agentes dela seriam os professores/as, as crianças e os jovens.
Reconhecemos a necessidade urgente de promover a conscientização sobre as mudanças climáticas, mas não concordamos em colocar sobre os ombros das crianças e jovens a responsabilidade por ela. Nem mesmo sobre os professores. Afinal, se depender só deles, pode ser que a consciência do que deve ser feito chegue tarde. As mudanças climáticas se agravam cada dia mais porque o aquecimento global não pára de aumentar. Por isso, é preciso que os adultos que causaram e provocam o aquecimento assumam sua responsabilidade e mudem.Pensando no Brasil, quem deveria dar exemplo de cuidado com o ambiente da vida? Há muitas pessoas que devem dar exemplo, mas com certeza a conscientização andaria mais rapidamente se os Deputados e Senadores dessem um bom exemplo. Em vez disso, o que fazem eles? Dão um péssimo exemplo ao insistirem em aprovar mudanças no Código Florestal que colocam em risco ainda maior as florestas, os rios e córregos, as encostas e morros; que, além disso, cancelam dívidas dos que desmataram e usaram solos de forma ilegal, conscientemente, contando que conseguiriam anistia.
Este é o motivo que leva o Fórum e a maioria dos brasileiros a não confiar nos políticos. Se a decisão fosse tomada por toda a cidadania, com certeza o primeiro lugar em que se faria trabalho de informação e formação sobre as mudanças climáticas seria o Congresso Nacional. Feito isso, se a maioria de seus membros não se conscientizasse, e teimasse em mudar o Código Florestal por uma lei que interessa aos grandes proprietários e donos do agronegócio, aí a cidadania tomaria consciência de que estas pessoas não devem ser reeleitas, já que colocam seus interesses acima dos direitos de todas as pessoas a um ambiente saudável e acima dos direitos da Mãe Terra.
Amigas e amigos, o mês de março é tempo de mobilização em favor dos direitos das mulheres, dos atingidos por barragens, dos rios e córregos, de todas as formas de vida, contra as discriminações, contra a teimosia de construir hidrelétricas em vez de produzir energia elétrica a partir do sol e dos ventos, contra quem deseja manter o desenvolvimento econômico que está levando a Terra a não conseguir manter equilibrado o ambiente da vida. Para que avance a conscientização, vale a pena reforçar as seguintes mobilizações:
- no dia da mulher, junto com as flores, dê florestas!
http://ivopoletto.blogspot.com/2012/03/para-e-com-todas-as-mulheres.html
- em vez de hidrelétricas, vamos lutar por energia solar e eólica!- para evitar maiores mudanças climáticas e combater as mudanças que o Congresso Nacional quer fazer no Código Florestal, VETA DILMA! Participe acessando os links: http://www.greenpeace.org.br/veta-dilma http://www.facebook.com/florestafazadiferenca
- para mudar profundamente o Brasil, não eleger exploradores e inimigos das pessoas e da Terra, e exigir do governo que promova outro tipo de desenvolvimento, a serviço de todas as formas de vida...Ao assumir e reforçar estas mobilizações estaremos fazendo de março um tempo de luta pela vida com qualidade humana, de luta pelo Bem-Viver praticado e proposto pelos povos indígenas das Américas, que existirá quando houver relações de cooperação, solidariedade e democracia entre os seres humanos e relações de cuidado, parceria e cooperação entre os seres humanos e a Terra.
Brasília, 7 de março de 2012
Secretaria do FMCJS
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