quinta-feira, 22 de março de 2012

Rádio 9 de julho já pode ser acessada pela Internet

A partir de 20/03/2012, a Rádio 9 de julho da Arquidiocese de São Paulo pode ser ouvida através da internet no site: www.radio9dejulho.com.br .

A rádio está se estruturando para oferecer o melhor serviço ao ouvinte e a Igreja, com uma excentente equipe técnica e locutores de primeira, vai alcançando os primeiros lugares no IBOPE das rádios AM.


Histórico
O nascimento em 1953
A Rádio 9 de Julho nasceu em 1953 com autorização temporária para preparar e comemorar o 4º Centenário em 1954 da Cidade de São Paulo, fundada por Nóbrega e Anchieta ao redor do Colégio dos Jesuítas. .Tinha a freqüência de 540 kHz para Ondas Médias e 49 metros para Ondas Curtas, com a potência de 10 kilowatts, cobrindo todo o Estado de São Paulo, a maioria dos Estados do Brasil e muitos paises latinoamericanos..Quando terminaram os festejos do 4º Centenário de São Paulo, o Presidente da República em exercício, Café Filho, ofereceu as duas emissoras em OM e OC para a instituição quatrocentona da Cidade e o Cardeal Motta aceitou bem..Para receber a concessão, fundou a Sociedade Comercial Rádio 9 de Julho Ltda. Composta pelo arcebispo, quatro bispos auxiliares e dois padres. Registrada na Junta Comercial com o nº 182.647, dia 29 de julho de 1955. .A concessão da Rádio 9 de Julho à Arquidiocese de São Paulo foi feita pelo Presidente da República, Juscelino Kubitschek, através do Decreto nº 37.744 de 12 de agosto de 1955.

Após a instalação no prédio da rua Wenceslau Brás, no centro da cidade, a operação em caráter experimental, a emissora da arquidiocese entrou oficialmente no ar a 2 de março de 1956.

Nessa inauguração, o atual diretor executivo da 9 de Julho, Francisco Paes de Barros, estava presente nos estúdios, com seus 12 anos, vendo seu pai, deputado estadual, Joaquim Fernando Paes de Barros Neto, fazer o discurso de saudação a dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta pela potente emissora.

A 23 de maio de 1962 a ‘sociedade comercial’ se transformou na Fundação Metropolitana Paulista, mantenedora da rádio e do jornal O São Paulo, que nasceu a 25 de janeiro de 1956, como transformação do ‘Legionário’ de 1929, que substituiu ‘A Gazeta do Povo’ de 1905, 1º jornal da arquidiocese de São Paulo.

Para se tornar entidade de utilidade pública municipal, estadual e federal, em 1968, a Fundação definiu, na reunião de 8 de fevereiro de 1968, que sua finalidade, além de promover a formação do povo pelos meios de comunicação, era também, manter ‘serviços de assistência social’ para o povo em geral.

Essa Fundação existe há 37 anos e foi a chave, o segredo, a entidade que recebeu e facilitou a devolução em 1999 da Rádio 9 de Julho. Porque sua Diretoria continuou fazendo reunião trimestral e prestando conta anual ao Ministério da Justiça (DF), Secretaria da Justiça (SP) e Curador de Fundações (SP).

A lacração dos transmissores em 1973.A Rádio 9 de Julho cobria todo o Estado de São Paulo, Estados do Brasil, muitos paises latinoamericanos e alguns paises nórdicos europeus. Suas duas horas diárias de programação religiosa tinha enorme audiência e grande repercussão. Sobretudo durante o regime militar de 1964 a 1985, quando foi a voz dos sem voz, única esperança do povo, defendendo os direitos humanos, apoiando a resistência popular, clamando contra o silenciamento do Congresso, denunciando a supressão das garantias individuais, as prisões políticas arbitrárias, as torturas no cárcere, o desaparecimento de pessoas...

O jornal arquidiocesano O São Paulo foi censurado por 10 anos (1968 – 1978). Por isso a 9 de Julho fazia autocensura, gravava a programação, não dizia mais do que podia dizer. Por isso o decreto do Governo Médici de 30 de setembro de 1973, declarando peremptas as duas Ondas OM e OC da 9 de Julho, pegou de surpresa toda a arquidiocese, criando indignação. Pois não havia motivos técnicos, fiscais ou administrativos para lacrar os transmissores pelo DENTEL a 5 de novembro de 1973.

A mágoa dessa injustiça marcou a Arquidiocese. Por isso, nos seis primeiros dias, começou o processo para derrogar essa medida injusta, autoritária e arbitrária, sem justificativa. Só a 13 de junho de 1985, Hélio Bicudo, então presidente do Centro Santo Dias, a pedido do Cardeal Arns, entrou com processo no Ministério das Comunicações, sob o nº 29000.004461/85, pedindo a devolução da Rádio 9de Julho de São Paulo para a Fundação Metropolitana Paulista.

A 8 de novembro de 1985, o pais estava em nova fase de esperança democrática e o então Ministro das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães, respondeu que era legal e tecnicamente impossível devolver a 9 de Julho. Mas que o Presidente oferecia emissora em Cotia com um kilowatt em 880 kHz, cujo sinal nem chegava a São Paulo. O Cardeal Arns mandou agradecer!

A devolução começa em 1990.Em junho de 1990, Conferências Internacionais de Radiodifusão aprovaram normas que ampliaram a faixa de Ondas Médias de 1600 a 1700 kHz com potência de até l0 kilowatts nessa extensão. Esta subfaixa possibilitava devolver a Rádio 9 de Julho para a Arquidiocese. Por isso, a 12 de maio de 1993, quando o Presidente Itamar Franco perguntou a dom Mauro Morelli o que poderia fazer pela Igreja naquele momento e o ex-bispo auxiliar de São Paulo pediu a devolução da Rádio 9 de Julho. Cinco dias depois, a 17 de maio de 1993, o então Ministro das Comunicações, Hugo Napoleão, entregava ao Presidente da República parecer favorável sobre a devolução da Rádio. Um ano depois, a 20 de junho de 1994, o secretário para radiofreqüência no Ministério, Lourenço Chehab, enviou fax ao Vicariato da Comunicação em São Paulo solicitando duas coisas à Fundação Metropolitana Paulista. .Pedir ao Presidente da República, 1º anular o decreto do Médici que tornou peremptas as duas Ondas da Rádio 9 de Julho e 2º justificar tecnicamente a possibilidade de dois novos canais entre 1600 e 1700 kHz em São Paulo. Dez dias depois, a 30 de junho de 1994, o Vigário de Comunicação apresentou ao Colégio Episcopal essa dupla solicitação do Ministério das Comunicações. "Essa devolução é uma questão de honra para a Arquidiocese e será grave omissão não lutar por essa possibilidade", concluíram os Bispos.

A 5 de julho de 1994, o Vicariato da Comunicação reuniu o diretor de rádio, Francisco Paes de Barros, o engenheiro eletrônico, Cláudio Victor Donato, e o advogado da Justiça e Paz, Dársio Paupério Sério, para encaminhar o duplo pedido, jurídico e técnico, ao Ministério das Comunicações..Depois de muitas reuniões com o Conselho do Vicariato da Comunicação, a 31 de maio de 1995, o então deputado federal, Hélio Bicudo, entrou no Ministério das Comunicações com a reabertura do mesmo processo de 1985, acrescentando a dupla exigência feita à Fundação Metropolitana Paulista.

A 5 de julho de 1996, dom Paulo Evaristo reúne em sua residência 10 comunicadores religiosos para informar a devolução da Rádio e consultar como deveria ser a nova 9 de Julho. Deve ser missionária, evangelizadora, profética, do povo e da arquidiocese, não de religiosos, disseram os participantes da reunião..A 9 de julho de 1996, em Brasília, no Palácio do Planalto, de forma inédita, ao meio dia, com os Cardeais de São Paulo e de Brasília, Governador Covas e políticos paulistas de Brasília, CNBB e Vicariato da Comunicação, participaram daquele ato histórico. Foi solene e emocionante, em que o presidente Fernando Henrique Cardoso anulou o decreto de Médici e homologou a portaria do ministro Sérgio Motta devolvendo a 9 de Julho à Fundação Paulista na freqüência de 1600 kHz com a potência de 10 kilowatts.

A 23 de julho de 1996, Cardeal Arns responsabilizou o Vicariato da Comunicação a encaminhar o projeto técnico e jurídico para a reconstrução da 9 de Julho. A 5 de agosto de 1996, os bispos aprovaram o local da rádio no Seminário da Freguesia do Ó. A 22 de agosto de 1996, foi contratado o engenheiro, Cláudio Victor Donato, para elaborar e executar o projeto técnico..

A 19 de setembro de 1996, os bispos aprovaram o projeto técnico e decidiram pedir aumento de potência. A 7 de outubro de 1996, Cardeal Arns pediu o aumento de 10 kW para 200 kW. A 14 de novembro de 1996, o Cardeal Arns recebeu telefonema de Brasília confirmando o aumento de 100 kw diurnos e 20 kW noturnos com algumas exigências técnicas para evitar irradiação oposta a São Paulo, porque há emissora em 1590 kHz em Cabreúva, Argentina e Uruguai. Esse aumento de potência com exigências técnicas teve portaria a 31 de janeiro de 1997 com publicação no Diário Oficial a 3 de fevereiro de 1997. Logo a seguir, no dia 21 de fevereiro de 1997, o Projeto Técnico foi protocolado no Ministério.

A 4 de março de 1997, o engenheiro mostrou aos bispos no local da Freguesia do Ó como será o projeto da rádio, enviado a Brasília. A 14 de abril de 1997, dom Antônio Gaspar reúne com o Conselho para Assuntos Econômicos da Arquidiocese, o Vicariato da comunicação e publicitários, como Mauro Sales, para captar recursos financeiros em prol da nova rádio. A conclusão foi contratar diretor geral e diretor executivo para fazer pesquisa e projetar programação.

A 24 de junho de 1997, dom Paulo Evaristo nomeia diretor geral da Rádio 9 de Julho, Mons. Dario Benedito Bevilacqua. A 1º de julho de 1997, Mons. Dario nomeia diretor executivo da 9 de Julho, Francisco Paes de Barros, que na década de 70 colocou a Rádio Globo em 1º lugar, na década de 80 colocou a Rádio Record os primeiros lugares e na década de 90 deixou a Rádio América no 2º lugar de audiência em São Paulo.

Nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro de 1996, foi feita a coleta nacional para Obras Diocesanas, que deu à Rádio 100 mil reais. Muitas iniciativas e contatos foram feitos com paróquias e colégios católicos para levantar recursos para obras de terraplanagem, instalação de torres e antenas, transmissores, estúdios, sistema elétrico e de áudio digital. De 1º de outubro a 5 de dezembro de 1997 foi feita ação entre amigos com vários prêmios, como casa e carro, pela loteria federal de 13 de dezembro de 1997.

A 22 de setembro de 1998, dom Cláudio Hummes reúne no auditório da revista Família Cristã, representantes de regiões episcopais, vicariatos, movimentos, associações, pastorais, universidades, meios e organismos católicos de comunicação, além de jornalistas e publicitários para lançar campanha pela Rádio 9 de Julho. A agência de Mauro Salles fez peças publicitárias, divulgando o logotipo da 1600 kHz e campanha para discar 0900 contribuindo com 10 reais. além do nº de conta no Bradesco para a 9 de Julho.

Em janeiro de 1999, a Marplan fez pesquisa para definir o interesse e o perfil do público de nova rádio comercial e católica na cidade de São Paulo, definindo assim a grade de programação da emissora. A 19 de março de 1999 a Rádio 9 de Julho entrou no ar em caráter experimental, com a programação incompleta, procurando qualificar o som. O Boletim do IBOPE de junho a agosto de 1999, coloca a 9 de Julho entre as 10 emissoras AM mais ouvidas em São Paulo. Em setembro de 1999, a rádio da arquidiocese recebeu da Anatel a licença de funcionamento. Por isso, a 23 de outubro de 1999, foi solenemente reinaugurada a Rádio 9 de Julho da Fundação Metropolitana Paulista.

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