A Escola de Cidadania da Zona Oeste Dona Xinha, encerrou as atividades do primeiro semestre de 2014, na manhã deste último sábado, 21/06. Mesmo com O frio intenso do inicio de inverno, cerca de 40 pessoas estiveram presentes ao encontro que foi realizado no Centro Comunitário da Cohab Raposo Tavares.
Convidada para apresentar a Análise de conjuntura: Greves, manifestações, criminalização dos movimentos sociais e Reforma Política a Deputada Luiza Erundina provocou um debate muito rico entre os presentes. Todos contribuíram muito positivamente.
A Escola de Cidadania do Butantã como é mais conhecida, tem uma característica muito peculiar que é a de reunir entre seus participantes, representantes de diversos segmentos dos movimentos sociais: Moradia, Racismo, Igualdade de Gênero, Plebiscito por uma constituinte exclusiva e soberana, Idoso, moradores de rua, Migrantes, Economia solidária, Educação, saúde e outros. Essas pessoas estão ali se capacitando cada vez mais para exercerem suas tarefas nos grupos a que cada um faz parte com mais qualidade e empoderamento.
Reunimos algumas colocações apontadas no encontro que consideramos de grande relevancia:
--> Hugo, faz parte da Comissão Regional do Butantã para o Plebiscito por uma Constituinte Exclusiva e Soberana e apresenta o projeto dessa luta (Origem, objetivo..) com muita clareza.
--> Sr.Adão se preocupa com a questão do "Trabalho" e "Trabalho Escravo" e reflete sobre se o congresso de fato conhece a diferença conceitual de um e de outro para entender a emenda constitucional nº 81, de 5 de junho de 2014. E também, questiona sobre a quantidade de negros no congresso Nacional.
--> Dona Tereza afirma que faz parte do Fórum da Terceira Idade e que tem se reunido com diversos grupos para trabalhar a ideia de não se aterem a lei que faculta o voto para as pessoas com mais de 70 anos e procurarem nessas eleições, buscar informações sobre os candidatos a fim de qualificarem esses votos. Diz ela que mesmo já tendo certa idade pensa no que vai deixar para as gerações futuras e levanta a bandeira dos aposentados, uma vez que os salários dos trabalhadores em atividade aumenta anualmente enquanto que com os aposentados isso não acontece. Conta ela que ao se aposentar ganhava o equivalente a três salários mínimos e hoje, ganha um pouco mais que um.
--> Nadir aprofunda a reflexão sobre as politicas publicas para a Economia solidária. Porque não avançam? O que está travando?
--> Muna Zeyn apresenta dados reais sobre mortes de mulheres na hora do parto. No Brasil, ainda no século XXI, 9% de mulheres morrem na hora do parto, onde em outros países como a Alemanha, Estados Unidos esse indicador é muito menor. Diz ela que isso não pode mais acontecer, uma mulher chegar numa maternidade na hora de ter seu filho e não ser aceita porque não tem leito disponível. Na hora do parto, a mulher que já passou pelo acompanhamento no pré-natal tem que já ter certo a maternidade onde ela irá ter o bebê.
--> Felipe solicita a Deputada que expresse a sua opinião sobre o decreto presidencial que institui a Política Nacional de Participação Social (PNPS).
Com essa pluralidade de assuntos discutidos, a Escola de Cidadania da Zona Oeste Dona Xinha encerra suas atividades do primeiro semestre em atuação de forma muito positiva, acendendo muitas luzes de esperança na participação social.
A coordenação da Escola representada por Angélica, Dona Xinha e Felipe, informa que o planejamento para o segundo semestre já está sendo encaminhado e que trabalharão fortemente os temas das Eleições 2014 e a Reforma Politica, e que estão revendo a frequência e a metodologia das aulas.
A Rede de Escolas de Cidadania de São Paulo que esteve representada por Celina Simões (Escola de Cidadania da Zona Sul Santo Dias) e Mônica Lopes (Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo) parabeniza ao grupo da Região do Butantã pelo extraordinário trabalho que vem desenvolvendo na Escola.
“Em uma sinagoga de Nazaré, Jesus inaugura seu ministério recordando a profecia de Isaías: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu e enviou-me para anunciar a boa-nova aos pobres...’ (Lc 4, 18). E Jesus continuou: para pôr em liberdade os cativos...”, destaca padre Camilo ao falar da passagem bíblica que inspirou a escolha do tema “Missão para libertar” e lema “Enviou-me para anunciar a libertação” (Lc 4,18). “A Missão do Messias vem do Deus da vida e por isso, traz libertação para quem sofre algum tipo de escravidão. Hoje, Jesus nos desafia a assumirmos essa mesma Missão”, complementa.
- o cartaz com o tema e o lema;

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