terça-feira, 23 de setembro de 2014

Escola Fé, Política e Cidadania de Itaquera Padre Chico Falconi inicia suas atividades em debate com candidatos(as) à deputado(a) federal

por Mônica Lopes
 
A Escola Fé, Política e Cidadania de Itaquera Padre Chico Falconi inicia suas atividades com um debate entre os candidatos(as) à Deputado(a)  Federal e a Juventude da Paróquia Nossa Senhora do Carmo em Itaquera.

O evento aconteceu no último sábado, 20/09/2014 das 19h00 às 22h00 no salão do CIFA e contou a presença  de cerca de 120 pessoas. Entre elas, os candidatos  Valdir Timóteo (PRP) , Giva (PSOL), Caio Bizorzi (PT), Adriano Diogo (PT), José Mentor (PT) e Paulo Teixeira (PT), diversos jovens agentes da Pastoral da Juventude, paroquianos interessados em conhecer as propostas dos candidatos(as), e representantes da REC/SP – Rede de Escolas de Cidadania de São Paulo.
 
 
O Padre Paulo Bezerra fez a abertura do debate e da Escola citando a parábola: O
banquete como convite de Deus – Lc 14, 15-24 -  “Naquele tempo, um homem que estava à mesa disse a Jesus: ’Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!’ Jesus respondeu: ’Um homem deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: ’Vinde, pois tudo está pronto’. Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse:  ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas’. Um outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas’. Um terceiro disse: ’Acabo de me casar e, por isso, não posso ir’. O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Então o dono da casa ficou muito zangado e disse ao empregado: ’Sai depressa pelas praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos’. O empregado disse: ’Senhor, o que tu mandaste fazer foi feito, e ainda há lugar’. O patrão disse ao empregado: ’Sai pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha casa fique cheia. Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete.’”
 
A mediação do debate foi feita por Eduardo Brasileiro, agente da PJ e componente da equipe de coordenação da Escola. O debate foi dividido em quatro blocos, onde os candidatos responderam e comentaram as perguntas sobre os temas: Auditoria da divida pública, reforma política, repressão à manifestantes no período da Copa do mundo, educação, saúde, genocídio de jovens negros e pobres da periferia, entre outros.
 
 
Abaixo um pequeno registro das falas de cada candidato, na ocasião:
 
 
Valdir Timóteo (PRP) – Como portador de deficiência física, enfatiza a  questão da acessibilidade, citando que o Brasil tem 46 milhões de pessoas portadoras de deficiência, e a escassez de políticas públicas que garantam melhor qualidade de vida para esses(as) cidadãos(ãs). “Não há políticas que protejam esses rostos invisíveis que andam pelas ruas, que pagam seus impostos, etc.”  disse Valdir.
 
 
Caio Bizorzi (PT) – Se apresenta como da Esquerda Marxista do PT e não aceita financiamento de empresas na sua campanha. A mesma está sendo realizada com a ajuda dos trabalhadores e da juventude que acreditam nas suas propostas. Enfatiza na sua campanha a questão da dívida pública e a impossibilidade da continuidade desse pagamento, se referindo aos 42% do orçamento da união que são destinados ao pagamento dessa dívida, cujo ônus cai sempre no bolso do trabalhador. 


José Mentor (PT) – Comenta sobre reforma política e o poder da mídia que, segundo ele,
pauta o destino da população brasileira. Parabeniza a iniciativa do debate e comenta o quanto é importante abrir espaços para debates mais sérios sobre as instituições.
 


Adriano Diogo (PT)  -  Parabeniza a escolha do nome da Escola se referindo ao Padre Chico Falconi, grande liderança em Itaquera. Comenta que é a primeira vez que se candidata a deputado federal e sobre as manifestações de junho de 2013 como sendo o reencontro dos brasileiros com os brasileiros.
 
 
Giva (PSOL) –  Parabeniza a iniciativa da abertura da Escola: “A Igreja retoma seu protagonismo no cenário político.“.  Comenta sobre o genocídio da população jovem e de periferia, e sobre a repressão à manifestantes durante o período da Copa pelos governos estaduais e federal.
 


Paulo Teixeira  (PT) – Fala sobre reforma política, juventudes, reforma urbana. Parabeniza a iniciativa da Escola e do debate, e comenta sobre a Escola de Cidadania da Zona Leste Pedro Yamaguchi Ferreira, que leva o nome do seu filho, jovem advogado que trabalhava como assessor jurídico da Diocese de São Gabriel da Cachoeira, a serviço dos Povos Indígenas. Pedro faleceu aos 27 anos, quando ao banhar-se no Rio Negro foi arrastado pela correnteza.
 
No segundo bloco, seis jovens da PJ fazem perguntas a um candidato e outro faz o comentário sobre os temas cultura, educação, saúde, meio ambiente (código florestal brasileiro e agronegócio), políticas para mulheres, reforma urbana, reforma da policia e políticas publicas para as comunidades LGBT.
 
No terceiro bloco, os jovens leram uma carta compromisso com dez itens de reivindicações e sugerem os candidatos a assinarem, caso se comprometam com os mesmos. Dos candidatos presentes somente o Caio Brizorzi e o Valdir Timóteo não assinaram naquele momento e solicitaram um encontro para aprofundarem os temas sugeridos.
 
 
 

Eduardo encerra as atividades da noite, lembrando que no próximo sábado, 27/09 no mesmo horário e local acontecerá o debate com os(as) candidatos(as) à deputado(a) estadual,

E no quarto e ultimo bloco os candidatos fizeram suas considerações finais.

A REC/SP – Rede de Escolas de Cidadania de São Paulo felicita a equipe de coordenação da Escola Fé, Política e Cidadania de Itaquera Padre Chico Falconi e reafirma o compromisso de estar juntos nessa caminhada no incentivo à formação para cidadania apostando no poder transformador que cada Escola tem na construção de uma sociedade mais justa, e fraterna.
 
 
 
Fotos: Paulo Lopes
 

Um comentário:

  1. Mesmo com o pequeno comparecimento de pessoas da paróquia e região,(muito abaixo do esperado) causou-nos extranhêsa, o critério do debate, pois não foi concedido aos que compareceram, o direito de fazer ou sugerir, nenhuma questão, e as questões colocadas pelos jovens da pastoral, passaram distante das prioridades e questionamentos aos candidatos,pois foram perguntas confusas, pouco ou nada compreendidas pelos questionados(candidatos) e até difíceis de serem formuladas(dado os têrmos excessivamente técnicos) pelos jovens da comunidade, e pelo escasso tempo de resposta, e réplicas. A ideia é boa, porem é preciso simplificar estes encontros, e fazê-los produtivos e democráticos. Grato pela atenção, Raí Araujo, da Com. São Paulo.

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