sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Semana Nacional da Vida e Dia do Nascituro




Porque a Semana Nacional da Vida e Dia do Nascituro
A Semana da Vida é uma ocasião especial para colocar em evidência o valor e a beleza desse Dom precioso que de Deus recebemos. De modo especial para salientar o valor sagrado da vida humana e da sua dignidade, sem nos esquecermos de todas as demais dimensões que esta abrange. Diante de tantas ameaças que atualmente a vida vem sofrendo é nossa missão reafirmar sua importância inestimável. Ela é o fundamento sobre o qual se apóiam todos os demais valores.

Mas quem é o Nascituro?
É aquele ser humano que está no ventre materno antes que a Mãe lhe dê à luz. Este possui o direito de ser respeitado na sua integridade. Tem dignidade como a de qualquer pessoa já nascida.

Por que o tema: "Vida, Ecologia Humana e Meio Ambiente"
A carta encíclica do Papa João Paulo II, Centésimos Annus, nos números 38 e 39, traz uma proposta que foi um pouco esquecida. O Papa fala da necessidade de uma ecologia humana. Nós demoramos 200 anos para entender que não é possível utilizar todo o poder técnico de que dispomos para depredar a natureza, porque a natureza tem a sua própria finalidade, que deve ser respeitada. Respeitar as águas dos rios, as florestas, as espécies animais, o ar, é fundamental. Do mesmo modo, nós devemos entender que é necessário respeitar limites quando se trata da existência humana. A ecologia humana significa uma atenção para preservar a dignidade. Para preservar especificamente o humano do homem. Para que o homem não vire um animal, onde se devora um ao outro.
Bento XVI na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2007, recordou que "a destruição do meio ambiente, um uso impróprio ou egoísta do mesmo e a apropriação violenta dos recursos da terra... são fruto de um conceito desumano de desenvolvimento. Com efeito, um desenvolvimento que se limitasse ao aspecto técnico-econômico, esquecendo a dimensão moral-religiosa, não seria um desenvolvimento humano integral e terminaria, ao ser unilateral, por incentivar as capacidades destruidoras do homem" (n. 9).
Ao enfrentar os desafios apresentados pela tutela do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável, somos chamados a promover e a "salvaguardar as condições morais para uma autêntica "ecologia humana" (Centesimus annus, 38). Isto, por sua vez, exige um relacionamento responsável não somente com a criação, mas inclusive com o nosso próximo, de perto e de longe, no espaço e no tempo, mas também com o Criador.

Por que motivo a vida é um bem?
No homem, criado à imagem e semelhança de Deus, reflete-se, em cada fase da sua existência, "o rosto do seu Filho Unigênito... Este amor ilimitado e quase incompreensível de Deus pelo homem revela até que ponto a pessoa humana seja digna de ser amada por si mesma, independentemente de qualquer outra consideração: inteligência, beleza, saúde, juventude, integridade, etc. Numa palavra, a vida humana é sempre um bem, porque "ela é, no mundo, manifestação de Deus, sinal da sua presença, vestígio da sua glória" (cf. Evangelium vitae, 34; Dignitas Personae, 8).

A vida ameaçada pelas forças do mal (Ap 12,4)
João Paulo II, profeta da vida, escreveu na Carta às Famílias, que nos encontramos defronte a uma enorme ameaça contra a vida: não apenas dos simples indivíduos, mas também de toda a civilização. A afirmação de que esta civilização se tornou, sob alguns aspectos, "civilização da morte", recebe assim uma inquietante confirmação. E não será porventura um evento profético o fato de o nascimento de Cristo ter sido acompanhado do perigo para a sua existência? Sim, também a vida d'Aquele que é ao mesmo tempo filho do homem e filho de Deus, esteve ameaçada, esteve em perigo desde o início, e só por milagre evitou a morte.
Nos últimos decênios, todavia, notam-se alguns sintomas reconfortantes de um despertar das consciências: isto verifica-se tanto no mundo do pensamento como na própria opinião pública. Especialmente nos jovens, cresce uma nova consciência do respeito pela vida desde a concepção até o seu declínio natural; difundem-se as comissões de bioética e de defesa da vida, os movimentos pró-vida (pro life). É um fermento de esperança para o futuro da família e da inteira humanidade (cf. n. 21). "É urgente uma grande oração pela vida, que atravesse o mundo inteiro" (Evangelium Vitae, 100)
Durante a "Semana Nacional da vida" acontecerão nas diversas dioceses e comunidades do Brasil várias iniciativas em favor da vida, organizadas por paróquias, associações e grupos de trabalho da Igreja Católica, mas também de outras confissões cristãs ou não cristãs, pois, "o Evangelho da vida não é exclusivamente para os crentes: destina-se a todos" (EV 101).

Sugestões para celebrar Semana Nacional da Vida e Dia do Nascituro
1. "Com iniciativas extraordinárias e na oração habitual, de cada comunidade cristã, de cada grupo ou associação, de cada família e do coração de cada crente eleve-se uma súplica veemente a Deus, Criador e amante da vida" (EV 100).
2. Convidar biólogos para palestras com os alunos e catequizandos sobre o ecossistema e a atuação do homem na natureza.
3. Programar caminhada com as crianças, acompanhadas por um biólogo e por monitores de universidades para conhecerem espécies animais e vegetais existentes na sua região e participarem de trabalhos de conscientização para a preservação do meio ambiente.
4. Desenvolver atividades com recicláveis encontrados nas ruas e praças da cidade e do bairro e criar uma história sobre os bonecos. Fazer uma exposição na comunidade incentivando visitas para uma conscientização de todos para a necessidade de preservar a o planeta.
5. Caminhada para homenagear os pais através do encontro com os filhos e promover uma educação ambiental. Caminhada é uma atividade de lazer, que ajuda realizar um trabalho de conscientização.
6. Criar faixa com frase como: "Pai eu sou o fruto da sua natureza". O objetivo é conscientizar desde a infância para no futuro haver uma mudança de atitudes. Essa atividade das escolas e da catequese criar na criança, desde cedo, uma mentalidade de preservação.
7. Convidar pessoas para falar sobre a cidade, os rios, o verde os animais, etc.
8. Pedir para catequizando para levarem para os encontros recortes de jornal sobre notícias relacionadas à ecologia;
9. Identificar, em sua comunidade, locais como: floresta, riacho, praça, parque, árvore histórica, conjunto de casas e outros, que, pela sua importância, deveriam ser preservados. Mobilizar a comunidade para esta realização, como a Lei Orgânica Municipal.
10. Organizar um mutirão para recolher o livro das praças. Locais com muito lixo trazem insegurança e não se desenvolvem. A limpeza proporciona a organização do espaço permitindo uma maior harmonia local. Organizar um dia de esporte com as crianças e com a presença dos pais e da comunidade para comemorar o dia do nascituro.
11. Instituir na comunidade um dia por mês de "Oração pela Vida", por exemplo, todo dia 25.
12. Promover encontros de casais, pais e filhos, namorados e noivos.
13. Realizar visitas, palestras e debates nas escolas, colégios, universidades e paróquias sobre o tema: "Vida, Ecologia Humana e Meio Ambiente".
14. Conscientizar a comunidade por meio das homilias e artigos em jornais.
15. Mobilizar os meios de Comunicação Social, escrito e falado, para difundir mensagens que promovem e defendem a vida e a dignidade humana.
16. Visitar asilos, orfanatos e maternidades.
17. Convidar médicos, professores, pedagogos, políticos e psicólogos a proferir palestras e participar de encontros, etc.
18. Caminhadas pela vida e pela família nas comunidades.
19. Incentivar vereadores, deputados, prefeitos, governadores, para que promovam leis a favor da vida e da saúde pública.
20. Apoiar programas, leis e políticas públicas que permitam harmonizar a vida laboral da mulher com seus deveres de mãe de família, com atenção especial às empregadas domésticas, às operárias e similares.
21. Visitar, não apenas às famílias, mas também a todos os demais ambientes, como: os locais de trabalho, às moradias de estudantes, às favelas e cortiços, os alojamentos de trabalhadores, as prisões, os albergues, os moradores de rua onde se experimentam valores humanos profundos, que devem ser reconhecidos e apoiados.
23. Intensificar o trabalho de prevenção contra as drogas e o combate à sua difusão
24. Facilitar a difusão de filmes que enaltecem o amor à família, à vida, aos idosos e aos denotes.


Pe. Luiz Antônio Bento
Assessor Nacional da Comissão Episcopal Pastoral
para a Vida e a Família - CNBB

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